Te Amo Meu Alpha-2° volume.

cap 33

Acordo com o barulho do liquidificador no andar de baixo e a risada de July, eu sempre amei a energia dela. Sempre quis ter um irmão para ter uma conexão única, singular. Levanto preguiçosamente e arrumo a cama, foi de fato uma noite muito confortável. Tomo uma ducha fria para me ajudar a acordar e me visto com um jeans escuro cintura alta e um boddy vermelho levemente decotado, calço meus tênis de sempre e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Hoje eu iria aprender a atirar.
Conforme vou descendo as escadas um cheirinho de café e panquecas invade minhas narinas, e faz meu estômago roncar.

- bom dia! - cumprimento.

- bom dia, amiga - July sorri - como foi a noite? - ela faz um sinal para que eu me sente ao seu lado.

- foi ótima! - suspiro confortável - obrigada por me deixarem ficar aqui!

- não precisa agradecer - Nic coloca um prato na minha frente - você é da família - ele dá um sorriso aberto.

Nic e July eram meus amigos de longa data, realmente. Acho que nos conhecemos desde crianças, mas nos afastamos um pouco com o passar do tempo. Inclusive, lembro-me de ter uma quedinha pelo Nic quando era menor, o jeitinho dele sempre me encantou.

- animada para aprender a atirar? - July pergunta.

- estou sim - tomo um gole de suco.

- que nojo, Nic! - July faz uma careta ao ver o liquido pegajoso que ele derramava dentro do copo.

- é um suco proteico, Ju - ele bufa - você deveria se alimentar melhor.

- eu jamais tomaria uma gororoba dessas - ela fala com nojo.

- gostaria de provar, Emy? - ele pergunta esperançoso.

- ham... Eu prefiro não me arriscar - falo com humor, visto que era realmente algo de embrulhar o estômago.

- viu só? - July sorri vitoriosa - você tem problemas, irmãozinho.

- você que terá problemas futuramente se não parar de comer igual uma faminta o tempo todo! - ele rebate.

- cale a boca, idiota - ela revira os olhos.

Continuo comendo minhas panquecas e assistindo ao entretenimento, mas logo acaba quando July me chama para a sala de armas. Mas antes de ir, pego um celular descartável e mando um SMS para meu pai, não quero imaginar o desespero que eles estão agora.

Oi, mamãe e papai.
Estou bem, juro.
Prometo voltar em breve.

Ps: digam para Daniel parar de falar na minha cabeça, é assustador.

Com amor, Emily.

- ok, vamos começar por luta - July fala me dando um par de luvas de box.

- acho melhor eu ensinar luta para ela, irmã - Nic fala entrando na sala.

- por que? - ela coloca as mãos na cintura e arqueia as sobrancelhas.

- porque você ainda esta aprendendo a lutar, não quero que nenhuma das duas se machuque - ele explica e pega as luvas que July segurava.

- ok, você tem razão - ela se da por vencida.

Treinamos cerca de duas horas alguns golpes básicos e formas de defesa. A cada soco que dava eu imaginava um rosto diferente: Leon, Line, Daniel... Minha lista era um prato cheio e farto.
Estendemos o treino até a hora do almoço, e depois Ju me ensinou a atirar com algumas armas. Eu sempre achei que era algo simples, mas cada arma tem um peso diferente, potência diferente... Quase perdi um olho quando tentei atirar com uma espingarda de caça, fala sério, aquela coisa dá um solavanco muito forte para trás.