cap 23- parte 1

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Eu não estava suportando aquilo, era como se eu fosse explodir!.
Algo dentro de mim estava em um verdadeiro caos, eu podia sentir isso. Corro na forma humana até um pequeno riacho no interior da floresta, e paro bem na ponta. Lágrimas quentes de puro desespero banhavam todo o meu rosto, juntamente com essa maldita sensação de morte.
Sento e abraço os joelhos, caindo no choro como um bebê. Flashes do ocorrido não paravam de vir na minha cabeça, eu ainda podia ver o olhar de desespero do meu pai. Mas não era desespero por ele, e sim por mim... Sempre foi por mim!.

- por favor!... - ergo a cabeça e olho para a Lua - se significo algo para você, faça alguma coisa sobre isso! - imploro para poderes divinos.

Uma mistura de tristeza e raiva guerreavam no meu interior, eu queria tanto voltar a uma hora atrás. Me levanto e passo as mãos pelos cabelos. A raiva estava me sufocando.

- por que você não fez alguma coisa?! - grito enraivecida - se é tão poderosa, por que não nos ajuda?! - falo entre lágrimas.

Me transformo e corro pela floresta, implorando mentalmente que tudo isso não passasse de mais um pesadelo. Tinha que ser!. Sei que deveria estar em casa agora, mas não poderia ajudar ninguém se não consigo nem me ajudar agora.
Corro em direção a casa de Leon, saio da forma lupina quando me aproximo.
Bato três vezes na porta e escuto sua voz abafada e seus passos se aproximando da porta. Assim que a porta é aberta, seu semblante muda completamente.

- o que houve?! - ele pergunta comigo completamente envolta em seus braços.

- uma coisa horrível aconteceu... - falo com a voz num fio.

Encostada no peito de Leon, ouvia as batidas de seu coração aumentar.

- vêm... - ele me puxa com carinho para dentro da casa - está frio aqui fora.

Leon não me soltou em momento algum, era evidente o quanto eu precisava daquele abraço. Sentamos no sofá macio, e deito a cabeça em seu colo.

- quer me contar o que aconteceu...? - ele pergunta acariciando meus cabelos.

- meu pai... - deixo mais algumas lágrimas caírem, mas não consigo terminar a frase.

Me sento no sofá, e quando ele vai abrir a boca para falar algo, seu celular começa a tocar. Ele tira o aparelho do bolso impacientemente e franze as sombrancelhas.

- creio que seja melhor voltarmos para a sua casa... - ele me mostra o visor do celular.

Havia 22 chamadas perdidas da minha mãe.

- merda! - passo as mãos pelo rosto.

- não sei o que está acontecendo. Mas juro não sair do seu lado - Leon segura minhas mãos - você não está sozinha, eu prometo - ele fala olhando nos meus olhos.

Faço que sim com a cabeça, e entramos em seu carro. Me esforço para me recompor, mas em 15 minutos não dava para fazer muita coisa.


Te Amo Meu Alpha-2° volume.Onde histórias criam vida. Descubra agora