- Capítulo 29 -

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- Vamos Zayn, vai mais rápido! Por favor! Pelo amor de Deus. – Eu estava nervoso, meu terno estava totalmente completo de sangue, Bia tinha desmaiado e estava sangrando muito. Sua cara era de quem sentia dor, estava pálida e suada. Não, não, meu bebê. Minha princesa. Alícia.

- Estou indo mais rápido que posso! – Zayn reclamou, por enquanto driblava de algum carro que buzinou furiosamente por ter sido ultrapassado.

- Vá mais, por favor. – Falei sentindo o meu coração em minha garganta. Sentindo uma tristeza enorme, um medo enorme. Cristo, não faz nada de mal com as duas mulheres da minha vida.

- Justin calma... – Liam que estava no banco da frente, segurando o Bob tentava me acalmar, mesmo eu vendo que ele também estava nervoso. Senti minhas mãos tremerem quando Bia no meio do seu desmaio gritou colocando a mãos não barriga. Senti meu terno ser melado mais ainda com o seu sangue quente. Segurei as lágrimas que queria descer dos meus lábios, eu tinha de ser forte, eu tinha de ser forte por elas duas.

- Não, eu não tenho calma alguma. – Falei com uma voz baixa e rouca, por estar tentando não chorar.

- Chegamos, calma, cuidado. – Zayn falou parando na frente do hospital mais perto de onde a festa estava ocorrendo. Desci as carreiras e assim que entrei no hospital e as enfermeiras viram meu estado, todo melado de sangue, com uma mulher desmaiada em meus braços, elas correram até mim, atendendo Bia, colocando em uma cama por enquanto examinava-a, o médico não demorou muito a chegar, analisando Beatriz rapidamente, observando todo o estado de Bia, eu só ficava ali, imóvel ao lado dela, vendo as enfermeiras colocarem tubos de oxigênio em Beatriz.

- Qual dos dois você ira salvar? – O médico, aparentemente jovem, me perguntou o olhei assustado. Só podia salvar uma? Não, não, isso não, por favor.

- O que? – Perguntei com a voz baixa, olhando no rosto longo daquele médico jovem da minha frente. Ele suspirou.

- A mãe ou o bebê? – Ele perguntou com rapidez e com pena na voz. Não, não, tinha de seres salvas as duas; eu não poderia viver sem nenhuma delas.

- Salve os dois! – Falei agoniado, vendo Bia se contorcer em cima da cama, e enfermeira gritarem algum código.

- Não posso é arriscado. – O médico falou sério olhando-me.

- Por favor, salve as duas. Eu imploro. – Pedi em voz suplicante. Não, ele não podia fazer isso, ele não podia só salvar uma. O médico me olhou hesitante por enquanto que as enfermeiras analisavam Bia, colocavam soro e anestesias nela.

- De quantos meses ela está? – Ele perguntou olhando para Beatriz hesitante mordendo o seu lábio inferior.

- 7 meses e 2 semanas. – Falei rápido.

- Ok. Vamos ter de fazer o parto. – Ele falou e as enfermeiras olharam para ele, começando a fazer os preparativos para tais.

- Parto? – Perguntei abismado, olhando para o médico. Aquilo era perigoso, poderia ser que Bia saísse bem, mas a Alícia já é outra coisa. - Não é muito cedo?!

- Sim, o é, mas é o único jeito de tentar salvá-las. Ambas. – Ele falou me olhando sério, senti uma vontade ainda maior de chorar. Meus pulmões e olhos ardiam, eu sentia minha bolsa seca, e sentia como se minha saliva fosse uma enorme massa dura, de tanto que eu estava sofrendo para engoli-la.

- Tentar?! – Perguntei nervoso, e o médico me olhou com muita pena, começando a andar, seguindo a cama, que as enfermeiras empurravam com Bia em cima, eu o segui.

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