Os cinco irmãos González: Lorenzo, Murilo, Alejandro, Pablo e Juan não imaginavam que seu destino fossem se cruzar ao de cinco mulheres tão diferentes deles, mas que lhes deram uma coisa que eles pensaram que nunca poderiam ter: amor verdadeiro.
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- Como assim no estado dela? - Lorenzo falou preocupado.
- Sua esposa está grávida, senhor González. - Será que ele estava escutando direito, ele pensava.
- Doutor, é a notícia mais maravilhosa que o senhor poderia me dar. - disse por fim saindo de seu estado de letargia.
Lorenzo não se continha de tanta felicidade. A mulher que ele amava o presenteava com um filho, um fruto do amor deles. O médico explicou que mediante ao pico de estresse, Olivia poderia demorar um pouco a acordar, mas que estava bem. Lorenzo saiu do quarto por um instante quase que explodindo de felicidade para contar à família sobre o bebê. Todos ficaram felizes com o primeiro neto e sobrinho que estava por vir. Lorenzo pediu que voltassem pra casa que ele levaria Olivia assim que ela acordasse.
Lorenzo ficou velando o sono da esposa, de repente a viu se mexer e ficou alerta. Quando Olivia abriu os olhos, se depara com Lorenzo.
- Anjo! - ele tem um brilho diferente nos olhos que Olivia não percebe.
- Eu estou com muita sede. - sua voz era quase um murmúrio, Lorenzo se apressou em trazer um copo dágua para esposa e ela tomou toda.
- Está se sentindo bem, anjo? - os olhos de Olivia estavam ainda pesados.
- Onde eu estou? - perguntou olhando ao redor.
- Num hospital. Você desmaiou.
- Eu quero ir embora. - disse se levantando da cama.
- Claro. O médico disse que assim que você acordasse podia ir pra casa. - ele a segurou mas ela o repeliu.
- Eu não preciso da sua ajuda. - sua voz era cortante como lâmina.
- Me perdoa, anjo, por favor. - ela não deu ouvidos à sua voz suplicante.
- Tem alguma roupa pra mim? - sua voz era mais fria que gelo.
- Sim. - falou num sussurro.- Minha mãe trouxe. - deu uma bolsa a Olivia.
Ela pegou e se trancou no banheiro. Lorenzo ficou arrasado. Ela jamais o perdoaria, ele tinha certeza. Olivia chorou no banheiro ao tomar banho, ela queria desesperadamente que a água levasse embora aquela tristeza toda, mas sabia que não era possível. Se recompôs e acabou o banho. Trocou de roupa e saiu do banheiro, Lorenzo se levantou assim que a viu sair.
- Podemos ir? - ele perguntou e ela apenas assentiu.
Os dois saíram do hospital calados e foram em silêncio até em casa. Quando chegaram, haviam balões por toda a sala-de-estar e mensagens: "Parabéns, mamãe e papai". Olivia ficou estática, ela nem percebeu que Lorenzo já sabia, certamente ela fizera exames no hospital quando estava desacordada e o médico constatara a gravidez. Todos vieram abraçá-la, mas Olivia não esboçava um mínimo sorriso.
- O que foi, filha? - disse dona María Julía ao se aproximar e lágrimas começaram a se formar. Olivia abraçou a sogra e foi consolada.
- Eu vou embora, dona María Julía. - disse olhando para sogra com os olhos ainda marejados. Procurou por Alejandro na sala e o achou. - Alejandro? - ele se aproximou.
