4.10 Pablo escolhe a borboleta ao invés da larva

2.9K 277 28
                                    







- Sente-se. – ele se afastou e puxou a cadeira para que ela se sentasse.

Serena sentou e o olhou sem ainda entender aquele beijo. Ele se sentou à sua frente.

- Então minha linda esposa terá uma noite de autógrafos? – indagou sorrindo.

- Dá pra acreditar? Às vezes me belisco pra ver se é tudo verdade e não estou num sonho.

Pablo sorriu e tocou-lhe a mão que estava em cima da mesa.

- Você merece tudo isso, Serena. Trabalhou muito e está colhendo os frutos. – ela assentiu um pouco envergonhada. Aquela mão quente sobre a dela estava fazendo seu coração acelerar. – Vamos escolher nosso jantar? – ela assentiu.

Os dois começaram a olhar o menu.

- Escolhi esse restaurante porque sei que você adora massa.

- Adoro mesmo. – disse olhando ainda o cardápio e Pablo a olhou apaixonado.

O jantar chegou e os dois conversavam sobre o livro e os últimos dias de aula na faculdade. Serena, enfim, se formaria há pouco tempo. Os dois saboreavam o vinho quando Pablo começou a falar o que estava entalado em sua garganta.

- Serena?

- Hum.

- Eu gostaria de... – ele olhou pra baixo criando coragem e depois a encarou. – Eu gostaria de te pedir perdão por todas as vezes que eu fui idiota com você – Serena estreitou os olhos. – Eu te deixei só algumas vezes. Eu te disse coisas que te magoaram. E, acredite em mim, por favor, eu me recrimino por tudo o que eu te fiz. Você nunca mereceu nada que eu te fiz ou falei.

- Pablo...

- Não. – ele segurou novamente a mão dela por cima da mesa. – Eu preciso desabafar tudo o que tá aqui. – bateu no peito. - Eu descobri que o amor não é o que eu sempre pensei sentir. Eu tinha uma obsessão louca por Martina, mas eu percebi que aquilo nunca foi amor. Porque o amor não pode fazer a gente se sentir mal do jeito que eu me sentia com ela. O amor nos deixa leve e feliz. Eu nunca me senti feliz ao lado dela. Pelo contrário, eu ficava pra baixo e infeliz. – Serena suspirou. - Além de você ser linda por fora. – tocou-lhe levemente o rosto. – É ainda mais linda por dentro. – tocou em seu coração. – Você é a mulher mais linda e doce que eu conheço e eu me apaixonei por essa mulher. Essa mulher maravilhosa.– Serena o olhou incrédula. – Eu demorei pra perceber o que estava na minha frente. Você me conquistou. Eu te amo, Serena.

- Pablo, você... – ela queria muito que aquilo fosse verdade, mas não acreditava nele. Ele fizera de tudo por Martina e não por ela.

– Eu sei que eu fui um idiota. Acredite. Alejandro disse certa vez que eu fugia a regra dos irmãos González. – ela franziu o cenho sem entender. – Que todo González faz idiotice e quase perde a mulher amada. Mas eu não fugi a essa regra. Eu fui idiota e demorei a perceber que por mais que nosso casamento tenha começado de maneira errada, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. – os olhos dela marejaram. – Será que você pode passar por cima de todas as bobagens que eu fiz e dar a esse idiota uma chance? – lágrimas de emoção transbordavam em seu rosto. – Serena, você quer namorar comigo? – ela riu em meio às lágrimas e sem conseguir emitir nenhum som, assentiu sorrindo.

Pablo se aproximou dela e tocou-lhe a face.

- Obrigado, minha doce Serena.

O sorriso não saía dos lábios dos dois. Então ele a beijou de maneira carinhosa, mas avassaladora. Segurava nua nuca e conduzia aquele beijo cheio de amor e esperança de uma vida feliz. Ao término, encostou sua testa à dela e sorriu.

Contos Modernos (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora