2.3 Murilo apaixonado pela secretária

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Os dois voltaram à Madri em silêncio

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Os dois voltaram à Madri em silêncio. Um turbilhão de sentimentos passava pelo coração de ambos. Catarina não se permitia sentir o que estava em seu ser, ela não queria, não podia, não se entregaria mais a nenhum homem, não depois de tudo o que lhe aconteceu. Aquilo tinha sido há tanto tempo, porém as cicatrizes ainda doíam e machucavam. Não porque ela ainda amasse aquele infeliz, mas porque ele corrompeu todos os homens para ela, ele a destruíra para o amor.

Murilo estava olhando para Catarina de uma forma diferente. Claro que ele pensava em se apaixonar, ter uma família e ter filhos, mas não com sua secretária. Isso seria antiético. Jamais seria acusado de seduzir uma funcionária. Ele sempre fora tão correto, não seria agora que mudaria. No passado tinha demitido uma secretária que ousou se insinuar. Desde então ele só contratava secretárias mais maduras e já casadas para evitar tal constrangimento. E agora Catarina tinha chegado e com seu jeito atrapalhado estava tomando conta de seus pensamentos. Ela era linda, não havia como negar. E antes que caísse na tentação, iria redirecioná-la a outro setor. Isso estava decidido.

No outro dia Murilo chegou muito cedo à empresa, Catarina provavelmente ainda estava na cama. Pensar nela envolta em lençóis o fez ficar duro como pedra. Isso precisava ser resolvido imediatamente, talvez se não a vendo, não convivendo com ela, as coisas voltariam ao seu normal e ele teria controle de sua vida novamente,

Catarina chegou e como não sabia da chegada tão cedo de seu chefe, permaneceu em sua mesa resolvendo assuntos pendentes da agenda de Murilo.

Murilo. Ah... Suspirou. Ela ficou pensando em como ele tinha sido gentil em Barcelona. Como ele fora rabugento, mas como mudara ao saber que ela estava com dor. Ficou pensando como ele seria carinhoso e afetuoso se eles estivessem numa cama e se fossem... Não deu tempo nem de terminar o pensamento e foi interrompida.

- O que essa cabecinha linda está pensando? – ela se assustou.

- Não estou pensando nada, seu engraçadinho. – Alejandro deu uma risada gostosa.

- Ah, estava sim. Olha como ficou vermelhinha. – ela sentiu o rosto esquentar ainda mais. – E não eram pensamentos puros. – gargalhou com vontade. - A senhorita não me engana, dona Catarina.

- Alejandro, eu não sei como a Olivia te aguenta. – falou querendo fazer cara feia mas foi em vão.

- Minha cunhadinha me ama. Confessa que você é louquinha por mim também. – os dois riram. – Você sabe, Catarina, eu sou um homem que atraio todas as mulheres, não é minha culpa. É culpa da dona María Julía, ela me fez o filho mais bonito. - Catarina ria mais ainda.

- Alejandro, você não existe. - falou rindo.

- Existo sim. Quer provar? - fez cara de safado.

- Deus me livre. E se eu provar e me apaixonar? O que você vai fazer a respeito? – Catarina entrou na brincadeira.

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