3.10 Alejandro é preso

3.1K 290 16
                                    




                  

A luz do sol que entrava pelas frestas da cortina fez Elena acordar e automaticamente ela sorriu. Estava vivendo um sonho. Um sonho que se iniciou há quase oito anos, deu uma pausa triste e retornou com mais clareza e felicidade. Ela estava deitada no peito do homem que amava. Aliás, do homem que nunca deixara de amar. E descobrir que ele também a amava transcendia todas as expectativas de uma vida feliz.

Elena inalou o perfume de Alejandro e começou a dar-lhe beijos por toda a extensão de seu tórax. Ele acordou, mas não abriu os olhos. Apenas sorriu.

- Quero acordar assim todos os dias. – ele disse com a voz rouca.

Abraçou sua mulher e ela deu uma gargalhada abafada no peito do amado.

- Prometo te acordar assim todos os dias, meu amor.

Ele a olhou e sorriu mais uma vez. Alejandro estava grato por tamanha felicidade.

- Mesmo quando você estiver chateada comigo? – ela riu mais ainda.

- Quer dizer que o senhor já está tentando barganhar pelas brigas que ainda nem tivemos.

- Não disse briga. Disse quando você estiver chateada comigo. – ele fingiu estar sério.

- Então me diga, senhor González, quais as prováveis causas de minha chateação com o senhor. – ela falou divertindo-se.

- Bom, você sabe que eu sou um homem bonito, charmoso e chamo a atenção das mulheres mesmo sem querer. Você não pode descontar em mim quando elas se insinuarem.

-Ah. Entendi.- disse sorrindo. - Prometo que só ficarei chateada se meu marido lindo e charmoso resolver dar atenção a elas.

- Isso nunca, meu amor. – ele sorriu e roçou os lábios aos dela. – Também não precisa ficar com ciúme da Gostosura. Afinal, nosso caso é antigo. – Elena gargalhou.

- Tudo bem. A Gostosura é a única que eu vou admitir. – disse sorrindo. – Ah, sabe quem eu encontrei esses dias no shopping?

- Quem?

- Páris. – ela gargalhou e ele ficou sério.

- Aquele idiota que deu em cima de você da última vez que fomos juntos ao shopping?

- O próprio.

Alejandro se sentou na cama, mas Elena permaneceu deitada.

- E você deu conversa pra ele? – ela riu mesmo em meio a seriedade dele.

- Quer dizer que eu tenho que relevar as mulheres que caírem aos seus pés, mas o senhor nada? – ela falava ainda divertida.

- Elena, não estou brincando.

Elena se levantou rindo e beijou-lhe várias vezes o rosto de Alejandro.

- Não dei conversa não, senhor ciumento. Até porque eu tinha acabado de descobrir que estava grávida.

Ele permanecia sério.

- Temos que estabelecer alguns limites, Elena.

- Mesmo? – ela tentou se mostrar séria apesar de estar se divertindo horrores.

- Sim. Não quero você de conversinha com homem que eu não conheço. Afinal, eles precisam saber que você é minha. E aquele tal de Ugo que trabalha com você no centro comunitário. Eu sei que ele não quer ser somente seu amigo. – Elena gargalhou com vontade e ele permaneceu sério.

- Desculpa, meu amor, mas você tem que entender que eu sou uma mulher bonita, charmosa e que chamo a atenção dos homens mesmo sem querer. – ela disse numa seriedade fingida.

Contos Modernos (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora