5.2 Juan reencontra Valentina

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Juan estava sentado em sua mesa no grande escritório da empresa conversando com Pablo.

- Você voltou diferente dessa viagem ao México.

- Impressão sua. – disse examinando os documentos em suas mãos sem olhar o irmão nos olhos.

- Serena também notou. – Juan encarou o irmão.

- Como ela está? – quis mudar de assunto.

- Bem. – respondeu ainda desconfiado.

- Ela já está quantos meses mesmo?

- Faz nove semana que vem. – Juan assentiu. – Já estamos esperando porque a qualquer momento nosso bebê chega.

- Que bobagem vocês não quererem saber o sexo. Se fosse meu filho eu iria querer saber logo.

- Você não tem paciência pra nada, Juan. Eu tenho. – Juan sorriu.

- Realmente. Você é o cara mais paciente que eu conheço.

- Mas voltando a você. – Juan revirou os olhos. – Já faz três meses que você voltou do México e todos notamos sua mudança. Não está mais farrando como se fosse um adolescente sem noção. Mergulhou no trabalho desde a sua volta. Eu e nossos irmãos estávamos comentando sua mudança drástica.

- Vocês tem um monte de filho pra criar e ainda têm tempo pra comentar sobre a minha vida? – Pablo riu.

- Ora, mano, você sabe que isso é o que a família González faz de melhor. Nos metemos na vida um do outro sem o menor constrangimento. Temos tempo pra família, então me conte o que houve.

- Minha mudança foi para melhor?

- Claro que sim.

- Então se contentem com isso e deem um ponto final nessa história.

Antes que Pablo dissesse algo mais, ouvem duas leves batidas na porta e a secretária de Juan entra.

- Desculpe interrompê-los. – deu um sorriso sério.

- Tudo bem, Clara.

– Senhor González, falei com a dona da fazenda e ela disse que não vai vender.

- Como assim ela não vai vender? – Juan franziu o cenho irritado.

- A senhorita Fuentes disse que a fazenda não está a venda. – Juan bufou.

- Faça uma proposta melhor, então.

- Eu já fiz e ela também recusou.

Juan tamborilou os dedos em sua mesa. Não esperava um contratempo como esse. Sua proposta era realmente boa e aquela mulher simplesmente a recusava. O que essa mulher estava pensando? Quem em sã consciência recusava uma oferta tão boa para uma fazenda em decadência? Talvez ele tivesse que ser mais persuasivo.

- Aceite, mano. Por que tem que ser essa fazenda? Procure outra. – disse Pablo, mas parecia que Juan nada tinha escutado.

- Você acha que essa tal Fuentes descobriu de alguma maneira que quem quer comprar sua fazenda seja um González? – indagou.

- Quem sabe? – a secretária deu de ombros. – Mas eu acho que não. Acredito que ela só não quer vender. Simples assim. O corretor foi discreto como o senhor ordenara.

- Bem. Quero que você descubra tudo sobre essa mulher. – ordenou a secretária. – Absolutamente tudo. Eu quero essa fazenda e a terei. – disse confiante.

A secretária assentiu e saiu da sala.

- Por que tem que ser essa fazenda, mano?

- A fazenda é linda e perfeita, Pablo. Uma cachoeira está a poucos metros da casa grande. Eu quero morar lá.

Contos Modernos (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora