3.3 De sr Alejandro à papai

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"O mundo de um homem pode ser cor de rosa."

Carlos entrou carregando algumas compras de supermercado e presenciou a amiga com um semblante transtornado, seu nervosismo era palpável

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Carlos entrou carregando algumas compras de supermercado e presenciou a amiga com um semblante transtornado, seu nervosismo era palpável. Colocou os pacotes no chão e encarou o homem que estava com um olhar irado. Depois olhou Elena.

- Algum problema? - ele perguntou à amiga.

Ela apenas deu um suspiro cansado.

- Esse é o Alejandro. O pai da Julía.

- Algum problema? - ele repetiu a pergunta incisivo, parecia que Elena não tinha respondido nada.

Alejandro se irritou com aquele homem e antes que Elena respondesse ele se manifestou.

- O problema é que eu descobri que sou pai com sete anos de atraso. - sua voz saiu mais afiada que lâmina.

Disse de braços cruzados sob o peito o que fez com que seus braços fortes ficassem em evidência e seu peitoral se mostrou proeminente mesmo estando vestido. Elena se achou uma louca por observar tais coisas em meio àquela situação.

- Que eu saiba essa foi uma escolha sua, Alejandro González. - Carlos não se intimidou.

- Minha escolha? - ele bufou. - Eu não tive opção nenhuma de escolha. Elena me privou de ser pai. - ele despejou com toda raiva.

- Carlos... - Elena o chamou quase numa súplica para ele não prosseguir mas foi em vão.

- O que você esperava de uma menina de 20 anos? - Carlos também destilava raiva. - Ela se viu acusada de ter engravidado para dar o golpe da barriga. E não foi uma acusação de qualquer um não, senhor hipocrisia, ela foi acusada pelo homem que amava.

- Carlos, por favor... - mais uma vez sua súplica ficou no ar.

Alejandro tinha noção do quanto tinha magoado Elena no passado. A consciência sempre lhe pesava, mas ele não demonstraria isso naquele momento. Não na frente daquele homem que ele nem sabia quem era.

- Quem porra é você afinal de contas? Por que está se metendo num assunto que não lhe diz respeito? - ele alterou a voz.

- Eu sou a porra do cara que esteve ao lado dela quando você a deixou arrasada e grávida. - alterou a voz também. - Eu fiquei com ela juntando os cacos que você quebrou. Eu que segurei a mão dela quando ela entrou em trabalho de parto. Era eu que...

Quando Elena viu eles estavam um de frente para o outro, extremamente próximos e uma briga estava em possível iminência.

- Chega vocês dois. - ela foi para o meio dos dois. - Carlos. - ela se virou para o amigo e ele a encarou. - Tanto eu como o Alejandro temos nossa parcela de culpa. - ela falava vencida. - Não adianta ficar acusando ou se defendendo. O que importa é a partir de agora. - ele assentiu. - Nos deixe a só, por favor.

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