5.1 A aposta de Juan

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- Você foi demitida de novo! – Davi, o amigo de Valentina falou estarrecido. – Você não se cansa disso? – ela revirou os olhos.

- Também não quero. Ser paparazzi não dá dignidade a ninguém. – disse Valentina malcriada.

- Pelo menos esse emprego fazia você pagar as suas contas.  – disse Louise, a amiga de infância.

- Só pra lembrar, o aluguel vence na próxima semana. Eu e Louise podemos te ajudar esse mês, mas e os próximos? – ele disse com pesar. – Você já foi demitida de tantos empregos que eu acho que nenhum empregador vai te querer mais mediante a sua fama.

- Você tem que parar de ser tão cabeça dura, Valentina.  – aconselhou Louise.

- Se vocês dois não têm nenhuma sugestão pra me ajudar, não adicionem críticas. Como eu posso me sentir bem assim?

- Ok. Ok. Vamos nos acalmar. – ponderou Davi. – Mas sinceramente, Valentina, como você conseguiu ser demitida do terceiro emprego em menos de um mês? – ele agora falou com humor. – Se você for nesse ritmo vai pro livro dos recordes. – Louise também riu e Valentina amarrou a cara.

- Há há há. Você é tão engraçadinho, Davi. Devia ser comediante e não padeiro.

- Você vai sair dessa, amiga. Sempre sai. – disse carinhosamente Louise.

Nesse instante o celular de Valentina toca. Ela olha no visor, mas não reconhece o número.

- Alô?

- Valentina Merino?

- Sim, sou eu.

- Sou Daniel Zapeda. Gerente da boate La Luna. Diana me deu seu número.

- Sim. Sim. – ela tentou não parecer tão empolgada.

- Estou precisando de garçonete pra uma festa que acontecerá hoje a noite na boate. Está interessada?

- Sim. Estou.

- Ótimo. Então te espero hoje às oito na boate.

- Certo. Estarei na hora exata na boate, senhor Zapeda.

- Aguardo-lhe.

E ao desligar o celular, Valentina fez uma dancinha da vitória.

- Louise, que boca santa. – riu.

- Arrumou outro emprego? – indagou Davi.

- Lembram da Diana?

- Sim. Aquela dançarina linda que conhecemos na festa dos seus 25 anos?

- Essa mesma, Davi. Se você não fosse tão gay pensaria que estava afim dela. – ele revirou os olhos. – Nunca vi um gay reparar tanto numa mulher bonita. – riu. – Mas, enfim, dei meu número pra ela e disse que ela me avisasse caso algo surgisse. – Davi gargalhou.

- Você não leva jeito nenhum pra dançarina.

- Eu não disse que ele está muito engraçadinho hoje. – disse Valentina franzindo o cenho. – É como garçonete.

- Ainda bem. – disse Louise e Valentina a repreendeu com o olhar. – Desculpe, amiga, mas Davi tem razão. Você é uma péssima dançarina.

Já era noite quando Juan e alguns amigos chegaram à boate La Luna. Ele tinha ido à Cidade do México a trabalho já havia três dias. Resolvera tudo o que estava relacionado a empresa e decidira ficar mais alguns dias na cidade para curtir. Conheceu esses amigos no hotel que estava hospedado. Nenhum deles era mexicano e estavam todos na cidade para farra. Os três já eram amigos e viajavam juntos pela América, todos eram chilenos. Raul, Cosmo Francisco. Cosmo que era amigo de um mexicano que estava fazendo aniversário na boate Luna, chamou os outros três.

Contos Modernos (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora