4.2 A proposta de Pablo

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Pablo conduziu Serena até seu carro ainda segurando em sua mão. Ela estava nervosa, mas sabia que não era porque se atrasaria para o trabalho e sim porque seu coração acelerara com o toque daquele homem. Ele abriu a porta cavalheiramente para ela e depois contornou o carro para entrar e se estabelecer bem ao seu lado.

- Pablo, eu realmente não posso ir almoçar com você. – ela falava apreensiva. - Dona Redonda vai me demitir se eu chegar atrasada mais uma vez.

- Você ouviu isso? – ela olhou atônita pois não tinha escutado barulho algum.

- Não ouvi nada. – ele sorriu e ela achou aquele sorriso lindo.

- Seu estômago roncou. – ela crispou os lábios e levantou uma sobrancelha. – Relaxe, Serena. Deixe que com a dona Redonda eu me entendo.

Ele arrancou com o carro e ela suspirou vencida. Pablo ligou o rádio e tocava uma música que Serena gostava. Ela foi cantarolando a canção até chegarem ao seu destino.

- Poderíamos ter vindo a pé já que era tão perto.

- Poderíamos sim, mas esse sol tá de matar. – ela sorriu.

Ao entrarem no restaurante, Serena pôde perceber o quanto o ambiente era requintado.

- Serena, você pode me esperar aqui enquanto vou ao banheiro?

- Claro.

- Não fuja, hein! – ela apenas sorriu e ele saiu.

Serena olhava tudo ao seu redor. O ambiente era todo decorado de maneira rústica, mas tudo muito fino. Pessoas conversavam e comiam em suas mesas. Ficou analisando a clientela do local. Ela adorava criar histórias sobre as pessoas com quem se deparava. Coisas de escritora.

- Vamos nos sentar? – ela saiu de seus devaneios quando Pablo lhe falou. Sorriu assentindo e o seguiu.

 Sorriu assentindo e o seguiu

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- Boa tarde ao jovem casal. – o garçom falou, porém nenhum dos dois viu necessidade de esclarecer ao garçom que não eram um casal. – Já estão prontos para o pedido? – Pablo olhou para Serena.

- O que você quer comer, Serena?

- Por favor, surpreenda-me. – ela disse sorrindo e Pablo mais uma vez constatou como seu sorriso era belo e doce.

Pablo fez então o pedido e o garçom se retirou.

- Você parecia tão compenetrada quando voltei do banheiro. Em que pensava? Não vá me dizer que era em dona Redonda. – ela riu.

- Não,não. Não posso lhe dizer. Você vai me achar uma louca.

- Agora você me deixou ainda mais curioso e vai ter que me contar sim senhora.

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