5.6 Juan rendido à Valentina

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Os dois se despediram de todos e se dirigiram à saída.

- Juan?! – ela deu um beliscão na lateral da barriga dele.

- Ai. – ele resmunga.

- Como é que você me envergonha daquele jeito? – ele dá um sorrisinho.

- Eu não te envergonhei, eu só disse que você não é nenhuma mocinha que pode ser amedrontada, ao contrário, você amedronta. – disse parecendo óbvio.

- O que sua mãe vai pensar de mim? – eles entraram no elevador e ele enlaçou sua cintura a encarando sorrindo.

- Vai pensar a verdade. Que você é uma mulher forte. Por isso que estou completamente rendido a você. – ele roçou os lábios aos dela. – Se você fosse uma mocinha em apuros não teria a menor graça pra mim.

- Às vezes eu quero esganar você, sabia? – disse sorrindo.

- Sabia. Por isso que eu sou louco por você. – deu-lhe um beijo quente.

Os dois saíram da maternidade e alcançaram a moto.

- Quer conhecer o meu apartamento?

- Não dá, Juan. Eu fiquei o dia todo fora. Preciso ir ao café. – ele assentiu. – Mas antes me leva a uma farmácia.

- Você está sentindo alguma coisa? Você está doente, Valentina? – ele desandou a falar visivelmente apreensivo.

- Calma, Juan. – disse sorrindo. – Eu só preciso comprar uma coisinha. – ela não queria ser tão explícita. – Nada de importante.

- O que é?

- Não é da sua conta. – disse ainda rindo.

- Eu só te levo se você me disser o que vai comprar? – ele estava preocupado.

- Ai, meu Deus, Juan. Você é insuportável. Eu quero comprar pílula do dia seguinte. Satisfeito? – ele franziu o cenho.

- O que é isso? – ela bufou. Teria que ser ainda mais explícita.

- Nós transamos sem camisinha e eu não tomo anticoncepcional. A pílula do dia seguinte é pra evitar uma gravidez indesejada.

- Ahhhh. – ele deu um sorrisinho cafajeste fazendo-a revirar os olhos.

Os dois passaram numa farmácia antes dele levá-la de volta. Quando chegaram ao café de Valentina, ele fez questão de entrar e agradecer à Louise por ter dado a oportunidade de encontrar Valentina naquela cachoeira. Louise sorriu satisfeita com a notória felicidade da amiga e Valentina corou envergonhada principalmente quando Davi apareceu e ficou fazendo piada em cima dela.

- Louise, será que posso contar com você pra mais uma coisinha?

- Claro, cunhado. – ela disse fazendo graça. – Qualquer coisa pela minha irmãzinha.

- Você é tão fofa, Louise. – ele disse fazendo-a gargalhar.

- Você cuidaria do café por uns três dias?

- Ei, parem de falar como se eu não estivesse aqui. – os dois não continuarão a não dar atenção a Valentina.

- É que eu quero sequestrar Valentina pra passar uns dias na praia.

- Com certeza. Claro que eu cuido de tudo por aqui.

- Pronto. Resolvido. – disse ele olhando pra Valentina. – Amanhã vamos pra casa de praia da minha família.

Valentina cruzou os braços e fuzilou com os olhos o namorado e a amiga.

- Quem disse que eu vou?

- Nós dissemos. – disse Davi. – Vá ficar um pouco de pernas pro ar, Valentina. Desde que chegou à Espanha você não tem descansado. Deixe o café comigo e Louise. – ela bufou. – Nós cuidaremos de tudo por aqui.

Contos Modernos (Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora