Miranda tem alguém?!

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— Ah, não —  queixei-me ao notá-la.

Seus cabelos estavam diferentes, mais rebeldes e com leve ondas nas pontas. Ela usava um short jeans, folgado e botas de montaria, a camisa branca estava cortada nas mangas, revelando um sutiã preto rendado. Notei que estava acompanhada de Suzana. Miranda acenou para mim, e eu fechei a cara. Então subi as escadas, pisando com raiva.

Tof tof tof

Cadú, que não falou nada, entrou comigo no banheiro, encostando a porta. Eu arranquei a blusa roxa pela cabeça, ficando apenas com o body preto que estava vestindo por baixo. Alguém bateu à porta.

— Está ocupado — gritei. Meu rosto estava vermelho e eu me sentia envergonhada.

— Não tem como fazer nada, Alexia. Fique com só com o body mesmo. Ele é meio sensual, mas é melhor do que passar a noite com uma mancha na blusa fedendo à cerveja. 

Concordei, balançando a cabeça enquanto me olhava no espelho. Alguém bateu na porta de novo. Revirei os olhos. Então lavei as mãos, molhando minha testa e pescoço para me resfriar.

Meus olhos estavam brilhantes, o delineado gatinho fazendo eles se tornarem mais chamativos do que realmente eram. Meu batom havia saído, mas eu ainda estava decente. Mas aquela aparência não condizia comigo, eu estava insegura. Procurei por mim naquele reflexo.

Cadú colocou a blusa molhada na minha bolsa que ele estava carregando.

— Acho que Marcelo fez isso de propósito — falou, olhando-me pelo reflexo do espelho.

— Acho que eu agitei a cerveja sem perceber — murmurei, me sentindo idiota. Cadú riu e eu o acompanhei. A pessoa insistente bateu na porta novamente e eu me encaminhei pra ela, girando a maçaneta e puxando a porta com força.

— Tem gente!

Miranda levou um susto, mas então abaixou os olhos pros meus.

— Preciso falar com você — pediu, enquanto girava o maldito isqueiro e soprava a fumaça para longe. Sua boca formando um delicioso O.

— Está desculpada, tchau.

Senti Cadú passar por mim, saindo de fininho. Miranda revirou os olhos que estavam multicoloridos sob a luz do corredor.

— Não seja idiota — proferiu, me empurrando pro banheiro e entrando junto, fechando a porta.

Eu comecei a ficar nervosa por estar sozinha com ela em um local pequeno. Senti as palmas das minhas mãos transpirarem e o coração acelerar ainda mais. Ela fechou os olhos, mostrando uma sombra cintilante. Olhei sua boca rosada, parecia que estava fazendo beicinho, então soprou uma bruma branca.

— O que você está fazendo ao André? — disparei, antes que ela pudesse falar o que parecia estar se preparando.

— O quê? — Enrugou a testa, surpresa.

MirandaOnde histórias criam vida. Descubra agora