Alexia, uma garota de cidade pacata, se vê encantada e atraída por uma forasteira nada esquisita.
Entre a curiosidade e o temor, ela se apaixona sem ao menos conhecer a estranha garota surgida do nada.
Em meio ao seu drama familiar, abandono mater...
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— Não quero essa cor. Parece sangue!
— Mas combina na sua mão, no seu tom de pele. Saia do nude, Alex! Arrisque! Mude!
Eu ouvi aquelas frases da Luana sobre a cor do esmalte, mas levei para um lado, digamos, pessoal... sentimental. Eu queria ser ousada. Eu queria arriscar. Balancei a cabeça, concordando. Olhei meu celular no braço do sofá e já sabia o que fazer. Com a mão livre eu peguei o aparelho e procurei pelo seu contato.
Q sair hj? Fzr alguma coisa se estiver livre?
Lua me olhou enquanto pincelava minhas unhas. O esmalte me era estranho, não condizia comigo. Eu espelhava por fora o que eu era por dentro. Uma menina sem graça, sem cor. Entre tons de nude e bege eu seguia e fazia as minhas escolhas. Ouvi o telefone vibrar e o peguei.
Oi, Alexia. Como vc ta? O q ta pensando em fzr?
Em minha pressa, notei que nem tinha cumprimentado, fui direto ao ponto. Mania do jovem de hoje em dia...
To bem e vc? Eu tava pensando em a gnt ir em um barzinho q fica aq perto de casa. A cerveja é gelada. Vc bebe cerveja né?
Lua pediu a minha mão direita e eu pedi que ela me desse mais uns minutos.
S, eu bebo cerveja, mas n em uma quarta
— Pera, Lua!
Se arrisque! Vou te mandar o endereço, nos vemos lá 19:30.
Larguei o telefone de volta no sofá e entreguei as minhas unhas para Luana continuar seu trabalho.
— Que cara é essa? Cara de quem vai aprontar...
— Estou apenas tomando novos rumos — murmurei, me sentindo inspirada, renovada. Lua não fazia ideia de que suas frases motivacionais sobre a mudança na cor de um esmalte pudesse causar tanta comoção. Foi como um botão de START. E eu o apertei.
Quando eu cheguei no bar, haviam alguns homens com as blusas de linho aberta no colarinho, tomando uma cerveja após o trabalho. Encontrei Filipe em uma mesa no canto, estava olhando o relógio, impaciente. Quando ele me viu, se levantou e notei que sua expressão estava de alguém impressionado com o que via. Eu havia caprichado no visual. Eu sabia disso. Tinha contado com a ajuda de Lua e tentei não ser vulgar, nas estava sexy.
EU ESTAVA SEXY!!!
Nos cumprimentamos com beijinhos, Filipe estava cheiroso. Seu perfume amadeirado era agradável. Nem um pouco parecido com o dela...
— Você tá linda — me elogiou e eu sorri, um pouco sem graça sentindo que minhas bochechas coravam. Eu não era acostumada a receber elogio, e nunca sabia reagir bem a eles.