Miranda #25

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Eu sentia meu corpo suspenso, tenso. O sangue correndo rapidamente nas veias, o cheiro doce dela me inebriando e me deixando tonta, desorientada.

Miranda gemeu quando eu mordi seu lábio inferior, então enfiou a língua em minha boca e eu chupei, com vontade, sentindo seu sabor doce, viciante, marcante. O metal deixando o beijo diferente. Eu nem conseguia pensar mais em nada, apenas ela ocupava meu corpo e minha mente, me pressionando contra a porta.

Ela entranhou a mão esquerda em meu cabelo, puxando-o com força e eu mudei nossa posição, passando a pressioná-la contra a porta. Nosso beijo violento, as línguas digladiando entre si. Pressionei seu pescoço, lhe tirando o ar e isso pareceu excitá-la mais ainda, pois seu beijo se tornou mais apaixonado, intenso, fazendo-a puxar mais forte meu cabelo a ponto de quase tornar a dor insuportável, mas eu apenas senti o tesão me engolfar. Soltei sua garganta e ela parou o beijo, tomando fôlego. Desci pro seu pescoço delgado chupando com força, fazendo-a se retorcer, excitada, gemendo. Mordi a pele macia e depois lambi, notando a marca que deixei ali, mas Miranda apenas respirava rápido, entregue. Eu estava tão enlouquecida quanto ela, o mundo poderia cair ali que eu não perceberia.

Subi o nariz para a sua orelha, cheirando, me embevecendo com seu aroma. E então me afastei, olhando seu rosto. Os olhos totalmente dilatados, a boca aberta, convidativa, mostrando a língua rosada. Seu rosto e colo estavam rosados, quentes, apertei seu pescoço novamente, pressionando meu corpo contra o dela, apertando-a contra a parede, voltando a beijá-la com fogo, raiva, paixão, angústia. Tudo tão misturado... Miranda desceu as mãos e apertou minha bunda com força, os dedos me trazendo ainda mais apertado contra ela. Soltei seu pescoço e desci a minha mão contra seu seio, sentindo a carne pequena e macia encher a minha palma. Ela parou o beijo, tomando ar e roçando o queixo e a boca abaixo da minha orelha, me fazendo arrepiar. Inclinei mais o pescoço e ela mudou novamente a posição, vindo me apertar, a parede fria contra as minhas costas.

Meu coração batia acelerado no peito. E minha pele estava sensível, arrepiada. Senti os lábios formigarem e fechei os olhos quando ela mordeu com força a pele acima da clavícula, me fazendo gemer de dor, subiu o rosto pro meu e mordeu meu queixo, depois meus lábios, passando a língua em seguida. Nos beijamos de novo, os dentes se chocando. 

Eu imaginara várias vezes essa cena antes e era tudo tão doce e terno, que essa violência toda me assustava e excitava. Ao mesmo tempo que eu queria beijar o corpo inteiro de Miranda, eu queria mordê-lo. Ao mesmo tempo que eu cheirava seu pescoço, também queria enforcar. Ao mesmo tempo em que eu sentia vontade de alisar sua pele macia, eu queria pressioná-la contra a parede. Era amor e raiva, era carinho e tesão, era angustia e realização.

Penetrei sua boca com a língua e ela chupou intensamente, apaixonada. Apertei uma coxa contra a outra, me sentido molhada e palpitante entre as pernas. Trouxe ela mais para mim, apertando-a com força, enquanto ela girava sua língua na minha, pressionei sua cintura fina com as mãos, descendo-as pelos quadris arredondados, sentindo o bumbum macio. Tive vontade de bater ali até a pele ficar rosada como a do seu rosto. Apertei seu traseiro, sentindo meus dedos sumirem na carne delicada. Miranda puxou meu cabelo, enquanto tomava folego. Olhei seu rosto, as pálpebras baixas, a boca inchada, vermelha. Peguei a barra da sua blusa fina preta e puxei para cima até revelar seus seios. Estava sem sutiã, os peitos eram pequenos e brancos, veias azuis entrecortavam-se sob a pele fina. Os mamilos eram de um tom de rosa claro, pequenos e delicados. Senti minha boca salivar e desci meu rosto, lambendo o pequeno botão. Miranda tremeu contra mim e eu mordi a carne tenra em volta, dando chupões, marcando-a. Ela segurava minha cabeça, entregue. E eu a fitei, então olhei o que eu estava fazendo e tudo ruiu.

Senti a dor tomar o meu peito. A dor do abandono. A dor que eu poderia sentir caso ela penetrasse minha frágil armadura novamente. Miranda inclinou a cabeça para mim, me sentindo rígida, estranha. Eu abaixei sua blusa, o peito com o mamilo direito rubro e a pela cheia de chupões sendo escondidos dos nossos olhos.

— O que foi? — ela segurou meus ombros, olhando dentro dos meus olhos, preocupada. Ela ainda tinha aquele olhar embriagado, apaixonado. As pálpebras baixas, as bochechas coradas e a boca extremamente apetitosa. Virei o rosto e tirei suas mãos quentes dos meus ombros. Girei a maçaneta da porta e corri para a sala, pegando a bolsa que ficava largada numa mesinha perto da porta sempre que eu chegava da faculdade. Miranda tentou me seguir, mas eu bati a porta da frente, trancando-a do lado de dentro. Ela teria que ir no quarto de Luana pegar a chave para conseguir vir atrás de mim. Não era uma dianteira considerável. Por isso disparei escada abaixo.

Eu não estava fugindo apenas dela, mas do que ela carregava. Miranda era sinônimo de dor. Uma dor excruciante que eu já senti à noite antes de dormir. Ela era uma maldita droga que você passaria um bom tempo de recuperação, mas nunca estaria curado. Nunca...

Saí na calçada, respirando em haustos e corri. Meus sapatos machucando os pés, a bolsa balançando loucamente contra o quadril. Não olhei para trás. As pessoas me assistiam. Uma menina com regata de alcinhas, short e sapatos que pareciam sapatinhas correndo como se tivesse sido atacada. O sol machucava os meus olhos, eu sentia cada pedrinha contra o solado, mas não parei. Corri até sentir meus pés latejarem e meu pulmão arder, corri até minhas pernas começarem a falhar. Corri até não pensar nela...

MirandaOnde histórias criam vida. Descubra agora