Momentos de Tensão - Amor; hot; namoro; policial; suspense; terror...

Capítulo 7 - Ela Será Só Minha; A Organização; O Psicopata.

Ela Será Só Minha

Albert, quando soube que a Regina estava no açude, exigiu um carro para ele (isso ainda no momento da fuga com Walmir e o resto dos capangas). Albert rumou para o açude, tinha esperança de encontrar Regina, antes dos capangas do Walmir. E queria fazer isso sozinho (bem do feitio dele). Walmir até se ofereceu para acompanhá-lo. Porém ele o dispensou veementemente.

A Organização

Walmir, só bem mais tarde, viera saber sobre a prisão dos perseguidores da Regina. A informação que teve foi que os perseguidores não conseguiram pegá-la.

Walmir ficou, em parte, tranquilo, porque pelo menos ele não iria contrariar o sobrinho da Katharina. A tranquilidade só não era total, pelo fato de que a prisão deles poderia causar problemas para Katharina e, consequentemente, para ele. Poderia causar problemas, era só uma hipótese, era mais provável que nada acontecesse. Em razão dos elementos saberem que não poderiam falar nada sobre o ocorrido. Esta era a lei, quem trabalhava para o Walmir (leia-se Katharina), sabia disso. Se falasse o que não deveria, correria risco de vida, mesmo se para quem falasse, houvesse a promessa de proteção policial. Haveria o risco de a promessa não poder ser cumprida. Era sabido, entre eles, que mesmo dentro da polícia – até no alto escalão – havia pessoas que recebiam altas propinas do Walmir (leia-se Katharina). Não só na polícia, mas também muitos juízes e políticos faziam parte dessa "panelinha". O esquema era grande, muito grande. E, também era sabido, que não havia necessidade de se preocupar, advogados (sem nenhuma ligação com Katharina, óbvio) estariam prontos para agir na defesa dos membros, melhor dizendo, dos capangas da Katharina. Esse era o conforto, esse era o acordo. E isto, a defesa dos membros, no caso atual da Regina, libertá-los, não seria difícil, não havia provas contundentes contra eles. Só provas circunstanciais. Regina poderia dizer que eles estavam atrás dela, que haviam tentado matá-la. Mas seria a palavra dela contra a deles. Ela não podia provar nada (como veremos adiante). E Regina ainda poderia ser processada por agredir fisicamente aqueles homens que passeavam inocentemente pelas trilhas do Açude do Camorim. Podia ser hilário, mas era uma verdade. Ela usou técnicas de lutas marciais para feri-los. Feri-los gravemente, diga-se de passagem. Ham, mais eles estavam armados! Estavam armados sim, mas eles tinham porte de armas, eram policiais da ativa ou aposentados. Só isso, teoricamente, justificava eles estarem portando as armas que portavam. E outro detalhe, todos eles eram "ficha limpa". Uma das exigências para trabalhar com a Katharina era esta: não ter nenhuma passagem pela polícia. Ela pagava bem a todos, mas tinhas as suas regras, suas leis que tinham que ser seguidas à risca.

Barbosa já sabia que, as cápsulas das balas e os projéteis, os quais, certamente, seriam encontrados na busca feita no trajeto pela Regina, lá no açude, e o vestígio de pólvora encontrado nas mãos dos elementos, de nada serviriam como evidência de que eles teriam atirado nela. Por dois motivos:

O primeiro: o álibi. Logo quando puderam falar alguma coisa (os que levaram a surra da Regina demoraram mais a falar), no ato do interrogatório (o qual foi feito com cada elemento separadamente, com é de hábito), foi que foram atacados por uma jaguatirica e, para assustá-la, deram alguns tiros para o alto. Eles foram orquestrados para argumentar dessa forma. Tudo foi muito bem planejado mesmo (só não contavam com a reação da Regina).

O segundo motivo: falta de testemunhas. As únicas testemunhas só poderiam ser as amigas de Regina. Só que Regina, por sua vez, não iria querer envolver as amigas, para que elas não corressem riscos. Lidar com aquela turma era perigoso demais. Decididamente ela não iria querer isso para as suas amigas – Barbosa tinha essa convicção. Ele não poderia contar com o testemunho das amigas da Regina. E ponto final.