Momentos de Tensão - Amor; hot; namoro; policial; suspense; terror...

Capítulo - 9 - Um Novo Amor?

CAPÍTULO 9 – Um Novo Amor?

No dia anterior ao sumiço da Regina Maria, Rita tinha ido fazer uma visita a Eduarda.

Para quem não sabe, Eduarda foi uma das vítimas do serial killer Joseph, vulgo Alemão, que conseguiu ser salva das garras dele, graças à perseverança nas investigações do delegado Barbosa e seus agentes. Ela sofreu múltiplas queimaduras com ferro de passar, principalmente nos seus seios. O psicopata fez isso, a queimou enquanto mantinha relações sexuais com ela. Depois de várias plásticas, os seus seios, que eram manequim 46, passaram para o manequim 40.

Eduarda, por morar muito longe, na pensão de sua família, que se chamava Arara Azul e ficava a uns 200 m, numa estrada mal asfaltada que saía na Rodovia Juscelino Kubitschek, a Br040. Da rodovia, a pensão não era vista, as árvores que ladeavam a estrada e a rodovia, não davam essa permissão. Não era à toa que o pai da Eduarda, Antônio Maria, espalhou pela rodovia, várias placas avisando onde ficava a pensão. Se não as vissem, ninguém saberia da existência dela.

Por morar onde morava, fora do eixo urbano, após receber alta das cirurgias que sofreu, Eduarda ficou morando com a Rita e Regina, pois precisaria ficar no Rio para um acompanhamento psicológico rigoroso. Esse acompanhamento psicológico era para cuidar dos traumas que ela sofreu nas mãos do Alemão. Foi a própria Regina quem fez, aos pais da Eduarda, a proposta para que ela, Eduarda, ficasse na casa delas, da Regina e da Rita. Os pais tiveram que concordar. Era a primeira vez que a filha iria morar sem ser com eles, ela tinha só 15 anos. Não havia saída, era para o bem da filha deles. Antônio Maria queria fazer uma colaboração mensal com dinheiro, fato que foi sumariamente recusado pela Regina. Vai ser um prazer. É mais uma companhia para nós.

Rita estava saindo do hospital quando vinha entrando uma adolescente que chamou sua atenção. Não só pela beleza conceitual da Rita (que, aliás, não seguia um padrão rígido), o rosto era destacado por seu formado delicado com dois olhos azuis acinzentados que encantavam de primeira. O Cabelo bem fininho, num tom claro de ruivo com reflexos suaves, estava preso num coque relaxado, no alto da nuca de onde, alguns fios caíam, talvez até estrategicamente, sobre o seu rosto, dando aquele toque despojado. Corpo bem desenhado, magrinha, media mais ou menos 1,74 m. Ela vestia um vestido amarelo gema (existe essa cor?), que fazia harmonia com a sua pele clarinha, bem clarinha, o vestido era sustentado por alças reguladoras fininhas segurando na borda superior do decote que tinha formato de V, mostrando discretamente o volume dos seus bustos, os quais, no máximo seriam do tamanho 38. O Pescoço era ornado com um cordão de ouro, fininho, quase rente ao pescoço, nele estava pendurado um pingente formado por miúdas pérolas. Nos dedos, em todos, alianças com pequenos detalhes, tipo as pérolas do pingente. Tudo muito delicado, nada de exageros. O mesmo, também, acontecia com as pulseiras, que eram argolas finas, com minúcias semelhantes ao pingente e às alianças.

Para Rita ela lembrava alguém. Não demorou muito, alguns segundos apenas foram o suficiente para clarear a mente da Maria Rita: ela achava que a adolescente, lembrava a modelo Brenda Pivatto. Era muito parecida. Seria ela? Seria a Brenda? Não, provavelmente não. Só que a Rita ainda ficou achando que ela lembrava mais alguém além da Brenda. Não conseguia lembrar quem poderia ser. Alguma amiga? Não, não era, com certeza. Talvez uma ex-amiga da infância.

O que fez Rita (mesmo a desinibida da Rita) sentir um friozinho no estômago e acelerar suavemente suas batidas cardíacas foi o fato de a jovem ficar olhando para ela, dando um sorriso meigo, com os dentes clarinhos. Talvez, ela esteja agindo assim por educação, gentileza, pensou. Porém, o que fez o coração da Rita bater mais forte, parecendo querer sair do peito, foi quando ela percebeu que a magrinha vinha caminhando em sua direção com um andar gracioso, mantendo o sorriso. E, para matar de vez a Rita, ela falou com uma voz macia, delicada: