Capítulo 27 - O Que Aconteceu Com Regina

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— Essa menina sofreu demais na mão desses malucos. – Barbosa, com a fisionomia nitidamente cansada, triste, conversava com os dois agentes amigos seus, Assis e Betão, num corredor do Hospital Marcílio Dias, na porta do quarto em que Regina recebia o atendimento médico do Dr. Fausto.

O Dr. Marcos Fortes, o psicólogo e psicanalista que já tratou da Regina, quando soube do ocorrido, veio correndo para colaborar no que fosse possível. O tratamento que o Dr. Fortes fez com ela, foi logo depois que a Regina foi resgatada das mãos do Alemão, pelo Delegado Barbosa e seus agentes. Ela tinha sofrido várias atrocidades. Além de ter sido drogada, com drogas naturais de alta periculosidade. Ficou naturalmente traumatizada. O tratamento do Dr. Fortes era mais que necessário. E ela se comportou bem, em pouco tempo se recuperou. Agora, não muito tempo depois, ela sofreu outros dias de traumas, por outro psicopata.

Regina saiu do Parque da Pedra Branca e caminhava pela estrada, queria pegar um táxi, ou coisa parecida (ela não tinha ido com o seu carro, o Fiat Uno, que ela apelidou, carinhosamente, de "caidinho" – e no estado em que estava, desnorteada, não tinha nem ligado para pedir um veículo para levá-la em casa, tinha vivido emoções demais naquele pequeno período). Foi quando estava quase chegando à estrada principal, faltavam uns 100 metros, que Nelson passou por ela. Porém, mal passou por ela, ele deu uma meia-volta e aplicou a injeção de Propofol no pescoço dela. Não chegou a 10 ml. 10 ml seria o suficiente para os propósitos dele. Conclusão: como sabemos, ele foi obrigado, na casa dele, a aplicar mais outra dosagem, que acabou sendo exagerada, esvaziou a seringa. Isso tudo nós já sabemos, só não sabíamos que ele tinha ministrado nela um antídoto contra o Propofol. O que pouco adiantou, ela continuou drogada até então.

Os exames que ela sofreu comprovaram uma quantidade grande de Propofol e de outra substância desconhecida (com certeza o antídoto feito com outra erva) no seu organismo. Os médicos estavam dependendo de dados sobre a erva. Não conheciam quase nada sobre ela. Não sabiam o que fazer. O jeito, como disse Dr. Fausto, era esperar o efeito do Propofol passar. Regina estava viva e seu estado não estava se agravando, pelo contrário, dava sinais de melhoras. Então, o efeito da droga estava passando.

Nelson contou o que houve e o que ele fazia com as mulheres, com a maior naturalidade. Às vezes, até parecia sorrir. Depois de preso, o seu comportamento mudou bastante. Passou a ficar mais confiante.

Não havia só dois cadáveres, como Barbosa a princípio achou. Foi encontrado um total de oito cadáveres, contando com os dois que Barbosa havia observado. Uns em total estado de decomposição. Havia, também, um cheiro forte de formol, que Barbosa não percebeu, seu organismo, naquele momento, não deu importância, o importante era a Regina. Provavelmente, Nelson banhava os cadáveres, de vez em quando, com esse líquido, para amenizar o cheiro de carne putrificada. O resultado, como sabemos, não foi o dos melhores.

Nelson foi preso por homicídio doloso, mas Barbosa achou que ele poderia ser considerado culposo, pois pelo modus operandi, ele poderia ser considerado um doente metal, um psicopata. E assim ser internado para receber tratamento adequado.

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