— Me livrei dos caras.
Fui obrigada a dispensar os agentes enviados por você. Depois te conto tudo. Estou indo para o Açude, e de lá vou sair daqui do parque.
Vou para casa. Tenho que saber das minhas amigas.
— Foram essas as últimas mensagens enviadas por Regina. – Barbosa mostrava o visor do seu iPhone para Rita. Na sua voz sentia uma leve opressão. Parecia alguém preocupado com o filho que já era para ter chegado em casa há mais de uma hora e nada. — Depois disso ela não me ligou mais. Nem mandou nenhuma mensagem. Tentei ligar, porém, chama, chama, chama e ninguém atende...
— Caraca! Onde essa menina está metida? – Rita falou com a voz embargada. Sentia que algo poderia ter acontecido — Ela não me mandou nenhuma mensagem. Estou sem saber dela desde ontem.
— Ela não dormiu em casa?
— Dormiu, de ontem para hoje, foi quando eu a vi pela última vez... Quando acordei hoje, ela já tinha saído para ir fazer a tal caminhada no Açude. Saiu bem cedo, me parece.
Quando Barbosa comentou os primeiros telefonemas da Regina (o que ela falou, sobre os caras atrás dela), Rita já estava sabendo. Uma das amigas da Regina, Camila, que estava com ela lá no Açude, já havia contado, e contou mais ainda, que antes de chegar a casa, quando ela tentava, com as amigas, ligar para o 190, Regina havia mandado para ela uma mensagem muito sucinta: Está tudo bem. Estou indo para casa. Então elas desistiram de ligar para o 190.
— Só que até agora ela não chegou. – disse Rita ainda com a voz embargada. — E não mandou nenhuma mensagem para mim. "Eu retornei para Camila e ela disse que não tinha recebido mais nenhuma mensagem. Ela queria ligar para o 190, mas como eu já estava ligando para você, disse que não havia necessidade" — Muito estranho...
— Estranho demais. Ela não age assim. – Rita falava e balançava a cabeça para os lados, confirmando que essa não era uma atitude da Regina — Não mesmo.
— Vou precisar do endereço delas, das amigas da Regina – Barbosa não queria perder tempo.
Enquanto Rita procurava papel, caneta, e anotava o endereço das amigas da Regina, Barbosa continuava argumentando:
— Nós prendemos quatro elementos. Três tinham sido nocauteados por ela.
— Isso era de se esperar, para quem se mete com a Regina – comentou Rita com um sorriso de sarcasmo.
— Sei nisso. Nem te conto...
— Se é sobre a chave de braço que ela te aplicou, nem precisa contar. Regina me contou, preocupada, ia quebrar o seu braço...
— Isso é verdade...
— ... Se você não grita.
— A culpa foi minha, cheguei sem avisar. Ainda mais que estava escuro pra cacete. Maior breu.
— Lição aprendida. – Rita ria orgulhosa da sua irmã. Mas ainda havia tristeza na sua voz.
— Mas como eu ia falando sobre os elementos. – Barbosa continuou — Eles argumentaram que estava faltando um dos seus amigos que, segundo eles, também tinha ido caminhar pelas trilhas do Açude. Eles devem ter se separado para procurar Regina. Esse outro elemento deve ter ido embora. Pelo menos ele não foi encontrado pelos nossos agentes.
— Eles confessaram alguma...
— Esse que é o problema: eles dizem desconhecer Regina. – Barbosa atropelou a Rita — E não temos nada contra eles. Eles alegam que estavam passeando pelas trilhas. Só pudemos detê-los porque encontramos três elementos nocauteados, tínhamos que socorrê-los, e o outro, que não estava nocauteado, os agentes desconfiaram, pois ele estava com a arma na mão e falava nervosamente no celular...
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Momentos de Tensão - Amor; hot; namoro; policial; suspense; terror...
RomanceMOMENTOS DE TENSÃO Um complexo programa de resgate consegue libertar Alemão, no mesmo instante em que Regina é perseguida, numa floresta semivirgem, por pistoleiros com intenção de matá-la. Albert, mas conhecido pela alcunha de Alemão, é o serial ki...