Barbosa, em seu apartamento em Copacabana, descansava na cadeira de balanço que ele herdara do seu pai. Era uma cadeira toda de palhas. Ele certa vez procurou no Google e não encontrou esse modelo de cadeira, para ver o quanto ela era antiga. Para ela estar no estado em que estava, ele já tinha mandado um empalhador (aqueles empalhadores de assento de cadeiras que fazem das ruas suas oficinas) consertá-la umas duas vezes. Barbosa lia um livro, "Uma janela em Copacabana", do Luiz Alfredo Garcia – Roza. Ele gostava de ler para se distrair, principalmente livro policial, principalmente do Garcia – Roza. Mas nem o livro estava conseguindo fazê-lo esquecer do desaparecimento da Regina.
Deixou o livro aberto sobre o seu colo e recostou a cabeça na almofadinha que ficava presa no encosto. A função dessa almofada era essa. Ela estava ali desde o tempo do seu pai. O forro dela tinha um zíper, que facilitava tirar o enchimento para ele ser lavado. Barbosa fechou os olhos e começou a lembrar da Regina. Ela sorrindo, beijando, os dois fazendo sexo. Lembrou-se deles, certa vez na praia (era na praia do Meio, em Guaratiba, a praia estava completamente deserta), ele a levava nas costas: os braços dela contornando o pescoço dele, as pernas dela nas laterais do corpo, na cintura dele, onde ele as segurava com as suas mãos nas coxas rígidas da sua amada, na altura do joelho. Ele corria pela areia próximo ao rebentar das ondas. Ela gritava sorrindo:
— VAI, CAVALINHO, VAI!!
Depois de muito se divertirem, não só com essa corrida onde Barbosa era o cavalinho, mas também jogando bola, frescobol, e nadando (Regina nadava muito bem). Pareciam dois adolescentes (Regina não deixava de ser uma adolescente, mas Barbosa já tinha os seus 50 anos, apesar de estar completamente em forma, ele não se descuidava da sua saúde), eles sentaram sobre uma toalha estendida na areia para fazer o que eles fizeram questão de chamar: o piquenique. A toalha (que era de plástico), para a Regina isso era primordial, era branca com xadrez vermelho: piquenique sem toalha com xadrez vermelho não é piquenique – dizia se divertindo com a sua exigência infantil.
Depois de comerem, e tomarem umas duas taças de vinho, cada um, eles continuaram sentados sobre a toalha conversando, trocando amenidades. Nisso Barbosa resolveu se deitar e ficar escutando Regina contar uma história sobre a mãe dela. De repente Regina percebeu que estava falando para um cara que já estava até ressonando. Regina compreendeu: ele vinha de muitas noites pouco dormidas. O trabalho não o deixava descansar direito.
Barbosa, ainda sonolento, acordou se deliciando com Regina lambendo o seu pênis. Foi prazeroso acordar assim. Ele resolveu fingir que ainda dormia para ficar sentindo aquele prazer que Regina lhe proporcionava. Eram lambidas lentas que contornavam todo o seu pênis, parecia que ela chupava um picolé num sol abrasador e, portanto, não queria que o que derretia do picolé caísse no chão, e assim ela ia lambendo aquele pênis rígido. Parecia ter esse cuidado. Vez ou outra, circundava com a sua língua a glande e tentava, pelo menos parecia, querer enfiar a língua na uretra. Os testículos não eram esquecidos. Ela os engolia e no mesmo instante sua língua os lambia. Era algo inexplicável, no sentido do prazer. Enquanto tudo isso ocorria, a mão esquerda da Regina masturbava o pênis com movimentos lentos.
Barbosa foi se deixando ser seduzido. Era bom demais sentir aquelas carícias sendo feitas pela pessoa amada.
Barbosa já estava sentido o seu pênis pulsar, era hora de acordar.
— Bom acordar assim... – Barbosa falou, quase murmurando e levantando a cabeça. Regina só lançou um olhar e um sorriso, para depois voltar a trabalhar o pênis. Barbosa tentou se mexer, mas ela com a mão esquerda sobre o abdome dele, o manteve deitado.
— Eu estou no comando – falou com a fisionomia séria, como se não estivesse a fim de brincadeiras. Apesar de o Barbosa ter percebido um sorriso nos olhos da amada
— Mas...
— Nem mais nem menos. – foi autoritária.
— Se é assim que você quer...
— É. E assim que vai ser.
Barbosa sentiu o pênis vibrar mais ainda, Regina deve ter percebido, e parou apertando o pênis com os dedos indicador e polegar, bem perto do testículo.
— Ainda não é hora... Relaxa. Vamos brincar o máximo – falou isso olhando nos olhos do Barbosa e com um sorriso sacana.
Barbosa revirou os olhos olhando para o céu. Foi aí que ele percebeu que começava a escurecer. Procurou se distrair e com isso colaborar com a Regina no seu divertimento. Ficou olhando para o céu (ele sentia que se olhasse para ela poderia se excitar mais). Logo ele começou a sentir a língua da sua amada percorrer o seu pênis, e tudo começou de novo. Essa brincadeira, de parar na hora "h", durou pouco, pelo menos para Regina, na terceira vez em que ela foi parar, o pênis explodiu, jorrando, como um chafariz, esperma para tudo quanto era lado. Não havendo solução, ela masturbou com movimentos rápidos e apertando mais o pênis. Sua boca também quis participar naquela chuva de esperma e fez isso com a ajuda da língua. O corpo todo do Barbosa tremia com movimentos descontrolados.
Até uns 30, 35 anos, ele, ao sofrer uma felação, ou mesmo ter relações sexuais com mulheres diferentes, era muito prazeroso antes do orgasmo. Muitas vezes no ato que ele estava chegando ao orgasmo ele já estava arrependido de estar ali, com aquela pessoa que não tinha nada a ver com ele. E quantas vezes mulheres que pareciam ser sensuais, ao chegarem na hora, eram sem graça, repetitivas nos atos, pareciam seguir numa diretriz, um roteiro, portanto eram cansativas. Depois dessa idade, ele resolveu selecionar mais as suas mulheres. Com isso ele mais se masturbava do que saía com uma mulher. Estava difícil para ele chegar a um consenso. Continuava saindo com mulheres, porém começou a ser esporadicamente. Ele não estava mais pensando só em sexo, estava começando a querer uma mulher que fosse companheira, que lesse livros, como ele, para poder trocarem ideias. Que lesse, pelo menos eventualmente, um jornal que soubesse, não precisava ser profundamente, só o que estava acontecendo na política, não só nacional, mas alguma coisa, bastava ser alguma coisa, da política mundial. Que gostasse de sexo, isso também era importante. Enfim, uma mulher que não fizesse das novelas da televisão o seu programa favorito. Às vezes Barbosa achava que estava sendo muito radical. Só que ele estava cansado de sair com mulher só para fazer sexo. Podia, e até deviam, jogar conversa fora num bar, mas ele precisava saber que estava com uma mulher por algo a mais. E depois de alguns anos, de ter tomado essa posição, ele achava que tinha encontrado a sua parceira. E agora ela estava sumida, talvez até morta. Ele não queria pensar (admitir) naquilo, porém sabia que era uma probabilidade.
Esses pensamentos foram interrompidos, o celular dele começou a tremer no seu bolso. Era Rita ligando.
Depois que ela contou as novidades, foi Barbosa quem comentou:
— Eu já estava desconfiado desse filho da puta. Tanto que mandei um agente ficar sobreando ele. – Barbosa parou de falar alguns segundos, meditava o que ia fazer. — Vou pedir ao Betão para pedir um mandado de busca com dada retroativa. Tem um juiz, o Guimarães, que faz isso sabendo que é para uma boa causa. E essa é uma boa causa. Vou agora mesmo apertar esse tal de Nelson.
Rita sentiu uma sensação de satisfação e de medo.
***
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Momentos de Tensão - Amor; hot; namoro; policial; suspense; terror...
RomanceMOMENTOS DE TENSÃO Um complexo programa de resgate consegue libertar Alemão, no mesmo instante em que Regina é perseguida, numa floresta semivirgem, por pistoleiros com intenção de matá-la. Albert, mas conhecido pela alcunha de Alemão, é o serial ki...