Capítulo -10 - Betão E Carlota, Um Novo Encontro

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— Olá, Carlota! Como tem passado? Aqui é o Adalberto...

— Fala Betão, meu garanhão! – Carlota não deixou por menos, não queria formalidade com aquele macho. — Estou indo bem, agora melhor ainda, a falar (às vezes, Carlota falava com o seu sotaque de portuguesa, principalmente quando ficava excitada) com você. Estou com muitas saudades de você, do nosso último encontro. Só a lembrar fico excitada.

Betão já esperava aquela reação dela. Sabia que ela corria atrás do que queria. E ela estava sempre (ou quase sempre) querendo sexo. Ele já tinha tido essa experiência no primeiro encontro que tiveram. Por isso mesmo resolveu mudar o tom da conversa. Entrou na dela. Tinha que ser.

— Também tenho saudade... Só em conversar com você o sangue corre mais rápido no meu pênis. – Betão, de sacanagem, foi técnico.

— Podemos resolver isso. Aliás, só nós podemos – Carlota foi taxativa. Ainda mais depois do que o Betão falou sobre o seu pênis, isso a perturbou mais ainda. Passou pela cabeça dela a visão, o contato que ela teve com aquele pênis há alguns dias.

— Como podemos...

— Diga onde você está e mando José Maria te pegar... Ou melhor, eu vou junto e nós vamos para o "Meu cantinho". – Carlota não deixou Betão completar.

Betão disse que estava na sede da polícia federal e que ia esperá-los lá embaixo. Ele não queria que Carlota subisse, pois poderia rolar sexo, como aconteceu da última vez: eles tiveram relação no gabinete do Barbosa. Se ela subisse e o provocasse (isso seria quase certo), ele não tinha certeza se conseguiria resistir (isso, também, seria quase certo). E rolar sexo no seu ambiente de trabalho não era apropriado. Com certeza prejudicaria a sua carreira. Dependendo de quem o pegasse nesse ato, ele poderia ser expulso da corporação (convenhamos, cá entre nós, um exagero burocrático. Nos dias de hoje, nesse caso específico, achar que sexo é um atentado ao pudor. Essa seria a alegação para a expulsão do betão? Ridículo!).

— Em 1 hora, no máximo, estaremos aí. – marcou Carlota.

Betão só queria saber do filho dela, mas já que ia rolar um sexo com ela (isso seria certo), não seria nada mal. Ele estaria, como se dizem: unindo o útil ao agradável. Fazer sexo com aquela mulher era algo que não se podia deixar passar. Betão deixou recado que ia entrevistar a Carlota sobre o Albert. O que não deixava de ser uma verdade. Claro que se Barbosa visse o recado, saberia do algo a mais que poderia rolar.

Carlota não conseguiu cumprir o prometido. Demorou 1 hora e 20 minutos para chegar. Esse maldito trânsito, nunca se pode combinar nada com perfeição. Carlota normalmente não tinha rancor por chegar atrasada a qualquer encontro, o rancor vinha, com certeza, quando o encontro era para sexo. E aquele encontro, pelo menos para ela, era para rolar sexo.

Betão, ao entrar no BMW, já foi recebido com um tremendo chupão na língua e sentiu a mão dela apalpar o seu pênis, que já estava ligeiramente ereto. Pelo pouco que ele conhecia da Carlota, já tinha notado que ela era imprevisível (ela era previsível no fato de querer sexo, porém imprevisível no fato de como seria esse sexo), e isso o excitava.

— Já estais com o taco meio encaminhado? – Carlota falou com uma voz bem meiga, como se falasse com uma criança, olhando os olhos do Betão. Ao falar, mordeu o lábio inferior fazendo cara de sexy e massageando o pênis. Betão sentiu um arrepio pela coluna e começou a chupar o pescoço e a orelha da Carlota, enquanto a sua mão colocava aquele vasto seio para fora. Nisso o BMW já partia.

José Maria certamente já sabia (pelo menos imaginava) o que estava acontecendo no banco traseiro, só não podia ver, pois entre o banco da frente e o traseiro havia uma divisória de metal à prova de som. Não que Carlota se importasse muito que José Maria, seu motorista, ou alguém, escutasse a sua relação, aquilo até a excitaria, mas o problema era ele, o José Maria, ficar excitado e perder a noção do trânsito. Ela não sabia era que só em pensar que poderia estar ocorrendo algo no banco traseiro (mesmo se não estivesse) já deixava José Maria levemente excitado. Quer dizer, levemente excitado ele ficava de qualquer maneira. Mas pelo menos deixando ele só levemente excitado, ele não perderia a noção do trânsito.

Momentos de Tensão - Amor; hot; namoro; policial; suspense; terror...Onde histórias criam vida. Descubra agora