Vivendo o Acaso

Casados

Música: Afterlife- Ingrid Michaelson.

A noite anterior poderia ser considerada sem sombra de dúvidas a mais especial de toda a minha vida e eu acordei com um sorriso imenso, embora ainda estivesse cansada. Ed e eu estávamos ainda abraçados na cama, enquanto ele acariciava meu cabelo e eu apenas curtia seu toque, me lembrando da nossa festa de casamento, seguida por nossa noite de núpcias.

-Eu amaria ficar aqui com você, mas estou com fome.- Quebrei o silêncio, rindo.

-Café da manhã?- Ele sugeriu.

-Vou me vestir...- Me afastei de seu abraço, me espreguiçando.

-Ou a gente pode simplesmente pedir a comida aqui.- Ele me puxou outra vez para perto.

-Você liga para fazer o pedido.- Dei um beijo em sua bochecha.- Eu ainda não gosto de falar no telefone.

Ed revirou os olhos rindo, antes de esticar o braço e alcançar o telefone.

-O que quer comer?

-Pede o café nupcial...

-Isso é sério?- Ele tinha um sorriso irônico nos lábios.

-Eu me casei, quero a experiência completa, o que inclui o café de núpcias.- Dei de ombros com seriedade, mas acabei sorrindo também.

-Você nem sabe o que vem nesse café da manhã.

-Experiência completa, Edward.- O encarei ainda sorrindo, antes de me levantar.- Vou tomar um banho.

-Não demora, eu estou com fome.- Ele disse antes que eu entrasse no banheiro.

Ignorei o pedido de Ed e tomei um longo e demorado banho, onde deixei que minhas lembranças vagassem pela noite anterior, fazendo com que um sorriso se instalasse outra vez na minha expressão, saí do banheiro e encontrei Ed roubando um pedaço de bolo.

-Meu marido está tomando o café nupcial sem mim?- Fingi uma expressão e tom ofendidos.

-Você demorou tanto que eu achei que tinha se afogado e eu já fosse viúvo.- Ele riu pegando outro pedaço.- Resolvi não ser um viúvo com fome.

Gargalhei me aproximando e sentando na cama, para podermos comer juntos, mas o café acabou rendendo em uma pequena guerra de comida, seguida por outro banho, mas no qual eu tive companhia.

Acabamos saindo do quarto apenas para almoçar, encontrando alguns dos vários convidados da festa, que acabaram por se hospedar ali mesmo. O clima era amigável e aos poucos as pessoas trataram de se despedir e seguir em viagem.

No final da tarde, foi a nossa vez de nos despedir e deixamos ali nossas famílias, que passariam mais uma noite no hotel e seguimos para a nossa casa em Londres, com Ed dirigindo.

-Estamos indo para a nossa casa, oficialmente.- Franzi o cenho no banco de carona.

-Algum problema nisso?- Perguntou confuso.

-Problema nenhum... Mas é estranho.- Soltei uma risada.- Agora não é mais só a casa do meu namorado, é a casa do meu marido, quer dizer, a nossa casa.

Ele riu, sem tirar os olhos da estrada e me deixou com meus pensamentos malucos sobre o meu recém status de casada.

Eu tentei ao máximo me manter acordada, mas o sono me venceu e já estávamos quase em casa quando recobrei a consciência.

-Bom dia.- Ele arqueou a sobrancelha com um sorriso maroto.

-Eu sempre durmo.- Fiz bico.- Me desculpa.