6- Mentes Confusas

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Passei o resto da noite acordada, sentada em minha cama abraçada ao travesseiro, pensando em o que faria com o bebê.


"Eu não posso ficar com você... Não sei cuidar nem de mim mesma direito (por mais incomodada que eu fique em admitir isso, é a verdade...). O que eu faço? Eu também não posso contar com meus pais para cuidar, ou me ajudar a cuidar de você. Nem ao menos falar isso pra eles eu consigo... O que eu faço? Será que deveria pedir ajuda?... Mas a que-"


Nesse momento, me lembrei que não estava mais tão sozinha assim, e sorri.


-Nathaniel...


Levantei e peguei meu celular, discando o numero dele e esperando. Já tinha feito duas ligações e ele não atendia, estava ficando irritada! Até que finalmente...


-Alô...?- Ele atende em voz cansada.


-Nathaniel? Bom dia! É a Ambre!


-Ambre?... O que está fazendo acordada? São 4:40 da manhã...


-Dormi a tarde toda ontem e perdi o sono agora...


-Humm...Entendo...- O ouço bocejar.- Então... O que quer? Aconteceu algo?...


-N-não, quer dizer... Sim!... Não sei dizer... Podemos nos encontrar?


-Agora?...


-Sim...


O ouço ficar em silêncio por um momento e balanço o pé impaciente.


-Nath? Nath? Nathaniel?


-Oi? Me desculpe... Estava me trocando. Aonde quer me encontrar?


Sorri.


-Tudo bem para você abrir a escola mais cedo? (Digo, você pode fazer isso, né?)


-Não! Mas posso entrar mais cedo!


-Não é a mesma coisa?- Arqueei a sobrancelha.


-Não, tem diferença...


-Bem... Tanto faz! Posso te encontrar lá?


-Como quiser!


-Obrigada... Até!!!


-Até lá!


Desliguei e me troquei, me arrumando como sempre. Sai do quarto e atravessei os cômodos vazios indo até a porta. Sai de fininho, fazendo o mínimo de barulho possível, e saí de casa. A neblina da madrugada ainda se dissipava e o frio desaparecia aos poucos, conforme a intensidade do sol se expandia pela cidade. caminhei devagar, até a escola e me preparei para esperá-lo mas, quando cheguei ele já estava lá. Me aproximei e o cumprimentei, e ele fez o mesmo. Entramos na escola e ele fechou o portão; seguimos a biblioteca. Enquanto íamos, fui contando tudo o que tinha acontecido no dia anterior, desde o momento que acordei até o momento em que dormi de vez. Ele me ouviu e me encarou atento, e logo soltou um suspiro, fazendo algumas perguntas e logo tentando me aconselhar. Prestei atenção, esperando que talvez ele pudesse me dar a resposta que eu precisava. Ele era um ótimo conselheiro! Chegamos a biblioteca e nos dirigimos aos fundos, sentando no sofá que tinha lá. E então, eu perguntei.

Eu, um gamer e um bebêOnde histórias criam vida. Descubra agora