16- Doces sentimentos- parte 1

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Quinta-feira, 8:45

Depois de tudo o que aconteceu ontem, e de eu ter finalmente percebido quem eram as pessoas que estavam do meu lado, passei um tempo com elas, agradecendo a todos que me ajudaram; ficamos conversando por muitos e prazerosos minutos, isso até o sinal tocar e então, nos separarmos. Antes de eu ir, Nathaniel me puxou para um abraço, enquanto dizia e prometia que nunca mais deixaria ninguém fazer algo assim comigo. Apenas fechei os olhos e retribuí a ação, o agradecendo entre múrmuros. Logo a diretora o chamou, e ele depositou um beijo na minha testa antes de ir. Sorri fraco o observando e respirei fundo, saindo da sala. Assim que pisei no corredor, as pessoas voltaram a me olhar estranho, dessa vez com menos sussurros e fofocas; comecei a andar, um tanto incomodada, e baixei a cabeça. Entrei na sala de aula, como sempre, mas a reação das pessoas foi a mesma. Enquanto algumas pessoas me olhavam com satisfação e orgulho, outras me encaravam com dúvida e preocupação. Aquilo me deixava confusa... A manhã toda foi a mesma coisa, e a cada segundo que eu passava sendo alvo de conversas e observações, meu coração apertava e eu me sentia mais mal... O que, provavelmente, algum dos meus amigos percebeu, pois quando o sinal do recreio bateu, fui chamada a diretoria com a notícia de que um primo meu havia vindo me buscar.

"Primo?"...

Ajeite minhas coisas meio confusa, e segui para fora, onde dei de cara com Félix, soltando um riso fraco.

-Ah, esse primo...

Ele me recebeu com um abraço carinhoso, explicando que meu irmão havia lhe ligado e falado toda a situação; pedindo assim para que ele fosse me buscar. Junto a tudo isso, também me confortou em palavras e mais abraços, enquanto me convencia que era melhor eu descansar mais um pouco... Em resumo: passar o próximo dia em casa.Na verdade, é o que estou fazendo...

Acordei há poucos minutos, e no momento estou me dirigindo a cozinha (afinal, já fiz minhas higienes matinais). Cocei os olhos sonolenta e me sentei, pegando um pouco de leite enquanto observava o relógio.

"A essa hora... Eles já devem estar na segunda ou terceira aula..."

Suspirei.

Após o café, voltei para o quarto, me deitando na cama; peguei meu celular e fiquei checando minha caixa de mensagens de cinco em cinco minutos. Como a essa hora da manhã a maioria das pessoas está ocupada, o dia parecia parado, a ocasião perfeita para um dos meus pequenos cochilos. Fechei os olhos, e adormeci. Não muito tempo depois, acordei ouvindo batidas distantes, provavelmente vindas da porta principal. Respirei fundo me revirando sonolenta.

-Félix, atende a...Ele foi ao mercado...

Suspirei, levantando sonolenta e me espreguicei, saindo do quarto caminhando pelo corredor até a porta de entrada, a abrindo.

-Posso ajud-

-Ambre! - Fui interrompida por um abraço rápido e apertado.

-R-Rosalya? O que você está-...

-O professor Boris faltou, então nos liberaram mais cedo (pelo menos minha turma)!- Sorriu entrando, se jogando no sofá.

-Entendo... - Bocejei, fechando a porta e indo me sentar do lado dela.- E então, o que faz aqui?...

-Bem... Além de vir ver como você está, vi m conversar um pouco. Sabe, um tempinho entre amigas...

-Isso soa como algo bom...- Ri fraco, levantando.- Quer comer algo?

-Claro! Mas só se você deixar eu te ajudar a fazer algo!

-Ajudar? Não vejo problema algum!

Trocamos sorrisos e logo seguimos a cozinha. Peguei alguns frios na geladeira enquanto ela procurava um pano, uma faca e os pães. Iríamos comer lanches naturais! Separei as coisas e comecei a cortar o alimento, entregando um para a garota 'rechear'. Não demorou muito para uma conversa se iniciar.

Eu, um gamer e um bebêOnde histórias criam vida. Descubra agora