Eu, um gamer e um bebê

15- As certezas que tenho

Fiquei encarando a cena, por alguns, segundos, antes e ambos de moverem e eu virar rápido, saindo correndo do local. Entrei na primeira porta aberta que vi e a tranquei, ofegante; fechei os olhos e sentei no chão, jogando a cabeça para trás, sem saber nem ao menos como suspirar. Apenas senti meus olhos se encherem de água, e segurei as lágrimas, me inclinando para frente enquanto abraçava meus joelhos e escondia meu rosto, suspirando duramente, segurado o exame pêndulo em uma das mãos.

-Por que... Por que as coisas sempre são assim?... - Eu me encolhia.- Por que não consigo ficar bem por mais que alguns dias?... Isso é algum tipo de castigo para meus erros passados?...

Eu me indagava, sentindo meu coração apertar cada vez mais. Não sabia como agir. No momento, eu não tinha capacidade de fazer nada...

"Ele ama outra garota Ambre, aceite..."

Era somente o que eu pensava, foi somente o que pensei...

Eu tentava me segurar ao máximo, afinal, não queria chorar por um garoto... Mas vontade não faltava. Passei um bom tempo dessa forma, me lamentando em pensamentos, sem derramar uma lágrima sequer. Eu queria ser forte. Não... Eu seria forte! Pelo menos isso eu tinha que ser... Como eu poderia ser uma mãe se não soubesse lidar com situações difíceis?

"Do que adianta se lamentar?... Eu cansei de fazer isso apenas..."

Espera! Eu não quis dizer que farei algo com a Lynn... Ela não tem culpa disso. Na verdade, o Armin também não... Quer dizer, não escolhemos quem amamos ou quem nos ama, certo? Na verdade, acho que a única culpada na história sou eu... Me lamentando por algo que não tem culpado e... Espera, ficou tudo confuso...

-Ai minha cabeça... - Murmurei, suspirando.

Eu estava perdida, então, apenas fechei os olhos até minha mente ficar branca. Acho que acabei cochilando, pois quando abri os olhos estava sonolenta. Ouvi alguém abrir a porta e me assustei, levantando rápido e me virando, esfregando meu rosto. Era o zelador!

-Ora, uma jovenzinha... A escola está fechando...

-A-ah sim, me desculpe... Já estou indo...

-Tudo bem..

Ele sorriu levantando o bigode, o que me fez querer rir, e eu acabei rindo fraquinho mesmo. Suspirei, e me despedi, saindo da sala descendo as escadas enquanto me dirigia a saída da escola. Minha cabeça já estava distante das coisas ruins, e isso me deixava calma. Claramente, eu não tinha esquecido do péssimo dia que tive, mas estava um pouco mais tranquila pois sabia que, ao voltar para casa, somente coisas boas me esperavam...

-Cheguei... - Anunciei ao abrir a porta do apartamento.

-Ambre! Por que chegou agora?... Aconteceu alguma coisa?...

-Félix?...

"É verdade... eu quase não falei com ele nos últimos dias... Que linda amiga eu sou..."

Sorri fechando a porta e segui até ele, o abraçando; Ele pareceu estranhar, mas logo retribuiu. Eu estava carente, talvez, o que acontecera não estivesse mais afetando meu psicológico, mas agora minhas vontades. E no momento, só queria abraçar e ser abraçada... Ficamos assim por alguns minutos, até eu sentir ele acariciar meu cabelo e se afastar, beijando minha testa.

-Como foi seu dia, senhorita?

-...

El e me olhou, sorrindo meigo, esperando uma resposta. O encarei e escondi meu rosto em seu peito, o apertando.