Vigésimo Capítulo [Bônus]

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Peço desculpa se o capítulo tiver erros.
Comentem e votem, motiva muito mais a escrever.
Kiss

Acordei

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Acordei.
Poderia dizer que tinha sido tudo um sonho, mas a arma que ainda estava na minha mão e o colchão duro trouxeram-me à realidade.

Fui até lá fora e já tinha escurecido.
Acendi as velas que estavam em cima da mesa e comi um pouco de pão.

Teria de ir embora! Mais tarde ou mais cedo poderia vir mais homens e não queria ficar presa novamente, de modo nenhum.

Mais à frente, num canto, estava uma mochila bem grande, corri até lá e para a minha sorte havia mais comida e cobertores. Amarrei nela e coloquei toda a comida, uma lanterna, fósforos e tudo o que tinha ao meu dispor. Peguei nas duas armas e na faca e deixei-as num bolso à mão.

Queria ir embora agora, mas ficar lá fora poderia ser tão perigoso como ficar aqui.

Voltei a sentar-me com a mochila à minha beira.

Ainda não sabia como tinha feito o que fiz.

Matei uma pessoa.

Creio que tenha sido por uma boa razão. Ele ia-me fazer mal, logo tive que me defender. Certo?

Ouvi barulhos vindos do quarto em que me mantiveram presa, ele deve ter acordado!

Tirei do bolso uma das armas e abri lentamente a porta.
Olhei devagar e ele tentava ir ao seu bolso buscar alguma coisa.
Porra, eu tinha-me esquecido de ver os bolsos dele.

— Para.

Entrei e apontei para ele.
As minhas mãos estavam trémulas e ele riu de lado, debochando de mim.

— Rafaello certo? — eu disse para ele.
— Sim senhorita.
— Porque te ris?
— Porque não foi embora? — ele perguntou.
— Não sei onde estou e muito menos sei para onde ir.

— Ele deve estar quase aí!
— Ele quem?

Ignorou-me e foi novamente tentar ir ao seu bolso.

— Para e fala.

Gritei para ele.

— Para. — Disse novamente e aproximei-me dele.

— Apenas vai embora, aqui não estás segura.
— Porque me estas a ajudar?

Ele retraiu o olhar mas disse por fim:

— Não gosto que pessoas inocentes sejam assim tratadas. — ele parou e olhou sereno para mim.

— Tem um telemóvel aqui no meu bolso.

Não sabia se podia confiar nele, mas ao saber que ele tinha em seu poder algo que me poderia ajudar a sair deste lugar fez-me caminhar até ele em passos trémulos e bem devagar.

— Eu não o queria matar. — disse apontando para o seu colega.

— Fez uma coisa que eu queria ter feito à muito tempo.

Mesmo não entendo o rumo da conversa apalpei o seu bolso e retirei o telemóvel.

— Não acredito!

Falei para mim mesma quando o visor mostrou que a bateria tinha acabado.

— Onde eu estou? — perguntei para ele.
— Longe da tua cidade.
— Quão longe?
— A pé, uns cem quilómetros mais ou menos.

Sentei-me ao pé dele e desatei as cordas do pé dele.

— O que estás a fazer? — ele perguntou confuso.
— Levanta-te — ignorei a sua pergunta e ele pôs-se em pé como eu mandei.

— Se tenho de ir embora, eu não vou sozinha. Tu sabes o caminho, certo?
— Porque eu iria te ajudar a ir para casa. Se eu o fizer ele mata-me assim que me encontrar.

— E se não me ajudares eu mato-te agora! — ele olhou para mim irritado mas cedeu e começou a andar.

Amarrei na mochila e na lanterna e pusemos os  pés ao caminho.
Ele ia ao meu lado encaminhando-nos e eu apontava a arma para ele.

— Eu sei que não sabes mexer numa coisa dessas.
— Ah?
— A arma. Tu não sabes como a usar e também sei que não me queres matar.

Parei por uns momentos, ele sabia que eu não a sabia usar e muito menos ter coragem para atirar nele.

— Então porque vieste? Se tinhas assim tanta a certeza que eu não iria fazer nada disto porque vieste?

Ele parou de andar e olhou-me profundamente. Os seus olhos eram de um tom de azul maravilhoso que prendiam a minha atenção.

— Eu já disse. Pessoas inocentes não devem sofrer.

Eu abri a boca para lhe responder mas fui interrompida com um barulho de arbusto e apontei a minha arma para onde eu pensava que vinha o ruído.

— Chhh. — ele mandou-me calar. E mesmo com as mãos atadas ele tentou ver o que era.

Não resisti e fui com ele. Não queria ficar lá sozinha.

Um tiro!

Dois tiros!

Três tiros!

Lentamente andei para trás ainda assustada com o que se passou.

Rafaello gemeu de dor e virou-se para mim dando me a visão do seu olhar de dor e da mancha vermelha que captou de imediato a minha atenção.

MERRY CHRISTMAS

Este foi mesmo pequenino mas queria postar um antes do Grande Capítulo.

Ah ah ah
Riso maléfico.
Love you guys

Olhos de um Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora