Peço desculpa se o capítulo tiver erros. Comentem e votem, motiva muito mais a escrever. Kiss
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Acordei. Poderia dizer que tinha sido tudo um sonho, mas a arma que ainda estava na minha mão e o colchão duro trouxeram-me à realidade.
Fui até lá fora e já tinha escurecido. Acendi as velas que estavam em cima da mesa e comi um pouco de pão.
Teria de ir embora! Mais tarde ou mais cedo poderia vir mais homens e não queria ficar presa novamente, de modo nenhum.
Mais à frente, num canto, estava uma mochila bem grande, corri até lá e para a minha sorte havia mais comida e cobertores. Amarrei nela e coloquei toda a comida, uma lanterna, fósforos e tudo o que tinha ao meu dispor. Peguei nas duas armas e na faca e deixei-as num bolso à mão.
Queria ir embora agora, mas ficar lá fora poderia ser tão perigoso como ficar aqui.
Voltei a sentar-me com a mochila à minha beira.
Ainda não sabia como tinha feito o que fiz.
Matei uma pessoa.
Creio que tenha sido por uma boa razão. Ele ia-me fazer mal, logo tive que me defender. Certo?
Ouvi barulhos vindos do quarto em que me mantiveram presa, ele deve ter acordado!
Tirei do bolso uma das armas e abri lentamente a porta. Olhei devagar e ele tentava ir ao seu bolso buscar alguma coisa. Porra, eu tinha-me esquecido de ver os bolsos dele.
— Para.
Entrei e apontei para ele. As minhas mãos estavam trémulas e ele riu de lado, debochando de mim.
— Rafaello certo? — eu disse para ele. — Sim senhorita. — Porque te ris? — Porque não foi embora? — ele perguntou. — Não sei onde estou e muito menos sei para onde ir.
— Ele deve estar quase aí! — Ele quem?
Ignorou-me e foi novamente tentar ir ao seu bolso.
— Para e fala.
Gritei para ele.
— Para. — Disse novamente e aproximei-me dele.
— Apenas vai embora, aqui não estás segura. — Porque me estas a ajudar?
Ele retraiu o olhar mas disse por fim:
— Não gosto que pessoas inocentes sejam assim tratadas. — ele parou e olhou sereno para mim.
— Tem um telemóvel aqui no meu bolso.
Não sabia se podia confiar nele, mas ao saber que ele tinha em seu poder algo que me poderia ajudar a sair deste lugar fez-me caminhar até ele em passos trémulos e bem devagar.
— Eu não o queria matar. — disse apontando para o seu colega.
— Fez uma coisa que eu queria ter feito à muito tempo.
Mesmo não entendo o rumo da conversa apalpei o seu bolso e retirei o telemóvel.
— Não acredito!
Falei para mim mesma quando o visor mostrou que a bateria tinha acabado.
— Onde eu estou? — perguntei para ele. — Longe da tua cidade. — Quão longe? — A pé, uns cem quilómetros mais ou menos.
Sentei-me ao pé dele e desatei as cordas do pé dele.
— O que estás a fazer? — ele perguntou confuso. — Levanta-te — ignorei a sua pergunta e ele pôs-se em pé como eu mandei.
— Se tenho de ir embora, eu não vou sozinha. Tu sabes o caminho, certo? — Porque eu iria te ajudar a ir para casa. Se eu o fizer ele mata-me assim que me encontrar.
— E se não me ajudares eu mato-te agora! — ele olhou para mim irritado mas cedeu e começou a andar.
Amarrei na mochila e na lanterna e pusemos os pés ao caminho. Ele ia ao meu lado encaminhando-nos e eu apontava a arma para ele.
— Eu sei que não sabes mexer numa coisa dessas. — Ah? — A arma. Tu não sabes como a usar e também sei que não me queres matar.
Parei por uns momentos, ele sabia que eu não a sabia usar e muito menos ter coragem para atirar nele.
— Então porque vieste? Se tinhas assim tanta a certeza que eu não iria fazer nada disto porque vieste?
Ele parou de andar e olhou-me profundamente. Os seus olhos eram de um tom de azul maravilhoso que prendiam a minha atenção.
— Eu já disse. Pessoas inocentes não devem sofrer.
Eu abri a boca para lhe responder mas fui interrompida com um barulho de arbusto e apontei a minha arma para onde eu pensava que vinha o ruído.
— Chhh. — ele mandou-me calar. E mesmo com as mãos atadas ele tentou ver o que era.
Não resisti e fui com ele. Não queria ficar lá sozinha.
Um tiro!
Dois tiros!
Três tiros!
Lentamente andei para trás ainda assustada com o que se passou.
Rafaello gemeu de dor e virou-se para mim dando me a visão do seu olhar de dor e da mancha vermelha que captou de imediato a minha atenção.
MERRY CHRISTMAS
Este foi mesmo pequenino mas queria postar um antes do Grande Capítulo.