Capítulo 7

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-Como estou Maria?~Pergunto e ela arregala os olhos.

Eu estava tão horrível assim?

-Maria?~Volto a chamar mas ela não me escuta. Começa a chorar.

Corro em sua direção quase caindo e sento ao seu lado.

-Maria ? O que houve?

-Nada menina. É que você  mudou tanto. Se tornou um pessoa incrível. E uma linda mulher.~Fala me abraçando.

As vezes eu queria chamá-la de mãe.

-Então isso quer dizer que estou linda ?~Pergunto sorrindo emocionada e ela afirma com a cabeça.

-Maravilhosa.~Concorda.

Kátia havia dito que nesse tipo de festa havia muitas mulheres metidas e arrogantes. Então me fez usar  vestido vermelho longo, que valorizava bem as minhas curvas e deixava a parte de trás exposta.

Eu resolvi soltar meus cabelos que cobriam toda abertura atrás do vestido.

Talvez o certo fosse fazer um coque mas eu trabalho de coque. Dormia de coque. Vivia praticamente com meus longos cabelos presos.

Eu sabia que não devia ir na festa, mas era teimosa demais.

Eu sabia que deveria ir como a  faxineira que eu era, mas eu era ousada demais.

Após conversar mais com ela escuto alguém bater na porta.

Levanto e arrumo o vestido.

Por que eu estava tão nervosa?

Abro a mesma e vejo Gustavo olhando para o relógio.

Ele levanta a cabeça e seus olhos pecorre meu corpo até que encontram os meus.

-Está Linda ~Fala quase em um sussurro.

Mais que merda de coração. Por que havia acelerado?

Era o nervoso.

-Obrigada.~Respondo no mesmo tom.

Me despeço de Maria e o acompanho ao carro.

Aquilo estava errado. Muito errado.

Eu não era esse tipo de pessoa. Era um simples empregada...

Dentro do carro ele não tirava seus olhos azuis de mim.

-Nunca imaginei que seus cabelos fossem tão compridos.~Fala quebrando o silêncio.

-Eu evito deixá-lo solto.~Falo e afirma com a cabeça.

-Pois devia solta-lo mais. Fica linda assim.~Fala me deixando surpresa.

Desde quando ele era gentil?

Resolvo mudar de assunto e pergunto sobre a festa.

Segundo ele, eu não precisaria fazer muito. Só o acompanhar.

- E depois fazer a faxina. ~Falo e ele respira fundo.

- Não precisa se não quiser. Só usei isso para ter certeza que iria vir comigo.~Responde me surpreendendo.

-Mas eu não vim por isso.~Falo me lembrando que foi o pedido dele que me conveceu.

- Sim e acredite ou não fiquei muito feliz em saber disso. ~Responde com a sombra de um sorriso.

Assim que chegamos na festa ele desce e estende o braço para mim.

Temo em aceitar mais acabo sedendo.

Entramos e é quando eu realmente quero voltar para casa e me enfiar embaixo da cama.

Todos começam a olhar para nós.

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