Capítulo 13

47.8K 4.2K 1.3K
                                    

Carlos me beijava e dizia me amar mas me abandonou.

No dia da festa vários homens me beijavam e ainda assim me fizeram mal.

E ali estava Gustavo.

Eu já sabia como aquilo ia terminar.

Com o fio de juízo que me restava eu coloco as duas mãos em seu peito e o empurro.

-Juliana Eu...

- VAI BEIJAR SUA MÃE SEU IDIOTA.
O QUE PENSA QUE EU SOU?
UM PASSATEMPO LEGAL?
NUNCA MAIS TOQUE EM MIM NOVAMENTE.~Falo batendo a porta e vejo Maria acordar assustada.

-O que houve? ~Questiona ela enquanto eu ainda estou com a mão  no coração.

-Eu preciso dormir.~Falo indo para o meu quarto.

Deito olhando para o teto e penso se o que fiz foi certo.

Mas ninguém me entendia.

Eu estava quebrada. Meu coração despedaçado e congelado.

Não sei em que momento acabei dormindo mas acordo com Maria me chaqualhando.

-Juli. Acorda. Já estou indo trabalhar. Depois passo lá na casa nova.~Fala e eu resmungo ainda de olhos fechados.

-Tudo bem minha flor. Vai com Deus.~Falo e ela me dá um beijo na testa e sai.

Alguns minutos depois acordo e tomo um longo banho.

As memórias do dia anterior pertubavam minha mente.

Visto um vestido azul  florido, e solto meus cabelos molhados que pareciam estar de bem comigo aquela manhã.

Vou para a casa nova levando comigo, tinta, pincéis, vassouras e baldes.

Ao chegar lá vejo que ainda está cedo e sinto um pequeno frio percorrer meu corpo.

Eu também senti a sensação de estar sendo observada mas preferi achar que era a brisa leve da manhã que arrepiou meu corpo.

Comecei limpando por dentro. Varri,  lavei e tirei todo o pó.

Minutos depois saio saltitante de dentro e vejo quem eu menos queria ver aquela manhã.

Gustavo estava parado na frente da empresa do outro lado da rua conversando com a vagaranha.

Ela leva a mão ao ombro dele sorrindo descaradamente.

Ele não esboça nenhuma reação. Mas então do nada após ela falar algo ele sorrir e a abraça.

Ele a abraça.

O IDIOTA ABRAÇA ELA.

Com certeza o beijo não tinha significado nada para ele.

Eu o odiava tanto.

Viro irritada e começo a pintar a casa de vermelho.

Pinto com força.

Tanta força que sinto minhas mãos  doerem.

Coloco mais força e corro de um lado para o outro pintando tudo.

Ele abraçou ela.

Aquilo ia demorar muito. Então resolvi pegar um balde e jogar de  vez na parede.

Não tava dando certo.

Ele abraçou ela. Idiota.

Eu tinha que pintar melhor.

-Preciso de mais tinta. ~Falo baixo e começo a jogar mais tinta na parede.

- Acho que essa não seja a melhor maneira de pintar uma casa Juliana.~Escuto a voz dele atrás de mim.

Um Olhar  (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora