Capítulo 8

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-Já eu amo morango.~Falo sorrindo e todos da cozinha caem na risada.

Após a discussão com Gustavo eu resolvi ajudar a garçonete na cozinha e descobri que seu nome era Amanda e que ela era um amor de pessoa.

Só tinha 18 anos e disse que nunca tinha visto alguém enfrentar Gustavo como eu enfrentei.

-Minha filha odeia morango. Mas ama os doces do mesmo.~O pai dela responde enquanto lava os pratos.

Todos voltamos a rir e é quando vejo Amanda voltar do salão de olhos arregalados.

-O que houve filha? Ele brigou com você de novo?~O pai dela pergunta preocupado.

Amanda senta em uma cadeira e respira fundo três vezes.

-O Sr. Gustavo se desculpou comigo e pediu que eu chamasse a senhorita Juliana la no salão.~Ela fala e todos da cozinha arregalam os olhos.

-Ele se desculpou? ~O pai dela pergunta assustado.

-O NOSSO CHEFE GUSTAVO? ~Escuto uma mulher lá no fundo.

-Sim.~Ela responde como se nem a mesma estivesse acreditando.

-Ele nunca pedi desculpas a ninguém. ~Falam surpresos e eu franzo as sobrancelhas.

Será que ele era tão mal assim?

-E ele estava te chamado Juliana.~Amanda fala e eu sorrio negando com a cabeça.

-Não se preocupe. Com ele eu me resolvo depois.~Respondo e logo voltamos a limpeza.

-Seu cabelo é tão lindo.~Amanda fala pegando no mesmo.

-Nunca quis cortà-lo.~Respondo e ela sorrir.

Continuamos com tudo e logo a festa acaba.

Meus pés já  estavam doendo do salto e sentei em uma cadeira.

-A maioria já foi embora e agora vamos fazer a limpeza do salão.~Amanda fala pegando panos e baldes.

A sigo e ao sair dei de cara com ele.

Estava em pé encostado em uma parede e estava de braços cruzados.

Seus olhos não denunciava que ele estava zangado e sim calmo e pensativo.

Pego o pano e me abaixo esfregando o chão.

-Juliana! ~Ele chama e eu finjo não ouvir.

Ainda estava irritada por ele ter dito que não queria ter me levado lá sendo que foi ele mesmo que fez questão que eu fosse.

-Juliana.!~Ele chama e vejo que está se aproximando.

Cadê Amanda e o pessoal numa hora dessa?

Do nada todos voltaram para a cozinha.

Continuo limpando e quando vou enfiar o pano no balde ele puxa o balde com o pé e eu o olho irritada.

Finalmente levanto ficando cara a cara com ele.

-Por que me trouxe aqui afinal? ~Pergunto segurando uma mecha de meu cabelo com força.

-Porque eu quiz.~Responde.

-Nem sempre as coisas são como você quer.~Falo e ele se aproxima mais com o mesmo olhar frio de sempre.

-Você vai ver que sim.~Fala e eu o encaro desafiante.

-Isso é o que veremos.~Respondo e saio andando.

Antes que ele me alcance eu pego um táxi e vou para casa.

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