Capítulo 25

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-Você já sabe do meu passado. Já sabe quem eu sou e o que eu fiz. Então por que ainda não foi embora? Você não tem nojo de mim?~Gustavo pergunta assim que sentamos no sofá de sua sala.

- Eu não pedi um tempo porque eu fiquei com medo ou porque tenho nojo de você. Eu só precisava pensar e acredite, ficar mesmo que menos de um dia te vendo me olhar daquele jeito frio me fez ver a idiota que eu estava sendo...

- Eu fui uma pessoa mal no passado Juliana mas eu estou tentando mudar. Por você. Não percebe que talvez o certo seja eu me afastar de vez para não trazê-la para essa minha vida infernal?~Pergunta passando a mão em meu rosto.

-Eu quero propor um acordo.~Falo e ele ergue as sobrancelhas.

-Um acordo?~Questiona e eu afirmo com a cabeça.

-A partir de hoje sem mentiras.. Eu sinto muito pelo que aconteceu com seu irmão mas você mudou e eu vejo isso. Quero te dar uma chance e quero que faça o mesmo comigo. Tente conquistar Davi mas como um tio que o ama, ele é pequeno mas vai entender que não tem pai. Tente combinar com Roberta de ir vê-lo com essa condição de tio. Eu vou estar do seu lado e vou te apoiar e espero poder me apoiar em você também.~Falo e ele me puxa para um beijo suave.

-Vamos tentar e dessa vez sem mentiras.~Ele fala e eu sorrio em resposta.

Então nós sentamos em sua sala e eu lhe conto sobre Naty e o bilhete que recebi de Mia. Conto tudo.

Sem segredos daquela vez.

-Não acho prudente que você volte a vê sua amiga naquele lugar. Alí é perigoso demais.~Ele fala e eu afirmo com a cabeça.

-Por isso tomei uma decisão.

-Qual?

-Vou chamar Natálya e sua filha para morar comigo. Eu sei que a casa é pequena mas o lugar onde ela mora é muito mais e eu não suportaria vê-la passar por alguma situação como aquela minha.~Falo me lembrando dos rapazes que quase me fizeram mal se não fosse Gustavo que me salvasse. De novo.

-Acho uma boa ideia. Assim você não fica sozinha também. E tenho outro assunto para conversar com você. ~Fala como se estivesse nervoso com a minha reação.

-Pode falar.~Digo e encosto minha cabeça em seu ombro sentindo seu perfume.

-Você está demitida do seu cargo de empregada.~Fala e eu arregalo os olhos olhando assustada para ele.

-Por que? O que eu fiz? Foram as brigas que eu arrumei com aqueles homens importantes não foi? ~Questiono me lembrando que sempre que algum homem me insultava ou ameaçava encostar um dedo em mim, ele batia no mesmo e encerrava algum contrato ou reunião.

-Talvez.~Ele fala com a sombra de um sorriso.

-Tudo bem.~Respondo desapontada.

-É claro que não. Eu bateria em mil homens se fosse necessário. Eu terminaria mil contratos se preciso fosse mas nunca, me escuta bem, nunca deixaria ninguém te ofender na minha frente.~Gustavo fala e eu sorrio em sua direção.

Dou-lhe um beijo por causa de sua resposta e esqueço que agora estou desempregada.

-Mas então, Kátia vai embora como você sabe. Vai morar em outra cidade e sua mesa de secretária ainda está vazia então é meu direito como chefe colocar alguém aqui da empresa no lugar dela e eu escolhi você.~Ele fala e eu arregalo os olhos.

-Mas eu não sei quase nada sobre essas coisas de computadores e papéis, eu vou bagunçar tudo.~Falo e ele alisa meu rosto.

-Eu vou te ensinar, e sei que você aprende rápido. Claro que vou sentir falta de suas faxinas atrapalhadas em minha sala mas darei um jeito de sempre te convocar para a mesma para me entregar algum papel enquanto eu te roubo algum beijo.~Fala e eu sorrio e volto a beija-lo.

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