Capítulo 9

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-Humm, está delicioso.~Falo enquanto repito pela segunda vez.

-É parece que você realmente gostou.~Gustavo fala me olhando com a sombra de um sorriso.

Eu ia dar outra garfada quando paro com o garfo no ar.

Arregalo os olhos vendo que eu estava comendo igual uma louca.

Ele mal havia tocado na comida de seu prato.

Bebo um pouco de suco me sentindo envergonhada. Que culpa eu tinha que a comida estava deliciosa?

- Não vai mais comer?~Ele pergunta.

-Já estou satisfeita.~Respondo e o vejo balançar a cabeça em negativo e juro que o vi sorrir.

Então me oferece um pedaço de bolo de morango.

- Isso por acaso está envenenado? ~Pergunto e ele franze as sobrancelhas.

-E por qual motivo estaria ?

-Bom, eu sou a faxineira, estou almoçando na sala de meu chefe que basicamente devia me odiar porque derrubei as cinzas de seu irmão e o mesmo a quem eu vivo respondendo mal. Então sim, acho que seria um bom motivo para me envenenar.~Falo observando aquele delicioso bolo de morango.

-Bom, digamos que precisávamos conversar. ~Ele fala me olhando sério.

-Pode falar, enquanto isso vamos ver se o bolo está mesmo envenenado.~Brinco enquanto como um pedaço.

Ele apenas me olhava.

-Queria apenas te perguntar algo .~Fala olhando em meus olhos.

Paro de comer.

-O quê exatamente?~Questiono começando a prestar atenção na conversa.

- Seja sincera e lembre que sua resposta não irá influenciar em nada com relação ao seu trabalho.~Ele começa a falar e sinto minhas mãos suarem.

-Ok.~Falo meio insegura.

-Você tem certeza, absoluta certeza que nós nunca nos vimos antes de você vir trabalhar aqui? ~Pergunta com uma mão no queixo.

Meu coração acelera.

-Não. Nunca nos vimos.~Respondo com a voz trêmula.
-Acho que já são duas horas. Tenho que ir.~Falo me levantando.

Ele levanta e para a poucos centímetros perto de mim.

-Você esta falando a verdade?~Pergunta.

-Estou.

-Então por que está tão nervosa?~Pergunta pegando em minha mão e levantando a mesma me fazendo ver o quanto eu estava tremendo.

Seu toque parecia queimar.

Eu não gostava de homens me tocando. E ele era o único que andava fazendo isso.

Tiro minha mão da sua rapidamente e o olho irritada.

Não me pergunte por que mas meu interior me dizia para não confiar nele.

-Eu não estou nervosa. Você chega me interrogando e como quer que eu fique?
Ontem me tratou mal e vive me ofendendo então não espere atitude diferente.
Bom, agradeço pelo almoço e se quiser pode descontar de meu salário. Mas agora se me dá licença. ~Falo e me viro para sair.

Ele segura em meu braço me impedindo.

Me preparo para lhe dá um tapa quando ele simplesmente Responde:

- Parece que todo uniforme lhe cai bem. Tenha uma boa tarde.~Fala e passa por mim saindo pela porta.

Fico parada ainda pasma por alguns minutos.

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