Capítulo 17

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-Me solta.~Falo e Lúcio começa a andar comigo ao seu lado.

-Cadê aquela desgraçada? ~Pergunta olhando para os lados a procura de Kátia.

Eu não era mais a garota indefesa.

-Eu não vou permitir que você faça  isso.~Falo tentando me soltar e ele aperta mais meu braço.

Olho para os lados e meus olhos encontram os dele.

Gustavo estava em pé perto de um balcão e seus olhos exalavam fúria.

Talvez em mim.
Talvez em Lúcio.

Talvez nós dois.

- Eu devia ter feito um trabalho melhor e devia ter te apagado aquela noite.~Ele fala e isso é suficiente.

Puxo meu braço com força e dou uma joelhada nele.

O mesmo cai irritado e quando vai puxar o revólver eu caio em cima dele o socando.

Puxo seu cabelo e então faço o que eu queria ter feito a muito tempo.

Levo minha mão a sua calça e expremo seus ovos com força.

Com muita força.

Com toda força que eu tinha.

Mas não estava bom.

Ele grita com a dor e me dá um tapa na cara caindo em cima de mim.
Vejo quando o revólver cai ao lado e pego o mesmo mais não atiro. Eu bato em seus ovos novamente. Ele era meu alvo.

Foi essa parte de seu corpo que tirou minha inocência e doçura

Eu o odiava.

Ele cai gemendo de dor e eu começo a bater com o revólver no mesmo lugar.

Escuto um barulho estranho mas não paro.

Bato. Desconto toda minha fúria.

Ele tenta me bater mas eu bati com mais força.

Bato com força.

É quando sinto duas mãos  me segurarem me tirando de cima dele.
Eu sabia quem era.

-ME SOLTA. ME DEIXA DESCONTAR O QUE ELE ME FEZ. ME SOLTA.~Grito me debatendo enquanto meus olhos se enchem de lágrimas.

Gustavo me vira e me abraça forte.

-Me solta. ~Sussurro com o rosto colado em seu petio.

Escuto o barulho de vários policiás e deixo o revólver cair no chão.

- Eu sinto muito.~Gustavo sussurra e sinto uma leveza me tomar.

Só sinto quando ele me segura e então tudo escurece.

***

Abro os olhos devagar e vejo que estou em um hospital.

Não havia ninguém na sala.

Levanto e vejo uns fios em meus braços.

Minha cabeça doìa. Muito.

Sento na cama e aos poucos as memórias vão me voltando como socos.

Com certeza aquela hora Gustavo já  sabia quem eu era.

Ele deve ter ouvido em depoimento ou algo do tipo de Lúcio.

Levo a mão ao coração sentindo nojo de mim.

Escuto um barulho e olho para porta vendo que ele está lá. Em seu terno impecável e com os olhos mais azuis que o normal.

Um Olhar  (COMPLETO) Onde histórias criam vida. Descubra agora