capítulo 6

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Naquele dia cheguei mais cedo na empresa. Tudo estava uma correria por conta de uma festa que haveria.

Eu?
Estava pouco me lixando.

Ia ser uma festa que haveria a noite onde só empresários participariam e eu tenho certeza que meu trabalho aumentaria.

Eu estava tentando não me meter em confusão. Não podia perder o emprego naquele momento.

E Gustavo?
Bom, depois de ter dito que algo o dizia que ele precisaria de mim na empresa ele simplesmente me dispensou.

Se eu entendo ele?

A resposta é não.

-Fiquei sabendo que o Sr.Gustavo brigou com a senhorita Gabi.~Kátia fala aparecendo no banheiro enquanto eu limpo o mesmo.

-Como?~Questiono sem entender.

-A loira de ontem lembra? A que você esfregou a cara dela no chão. Ela é uma das grandes empresárias daqui e se chama Gabi e parece que não ficou nada contente em saber que você ainda não foi demitida. Ouvi rumores que o Sr.Gustavo te defendeu.~Ela responde e eu estreito os olhos.

-Nem me pergunte sobre, porque eu estou estranhando essa história tanto quanto você. ~Respondo e ela sorrir maliciosa.

-Já viu o jeito que ele te olha?
Talvez devesse entender a grosseria dele como um "Estou com ciúmes".~Fala rindo a eu jogo um pano nela que sai correndo do banheiro.

Ciúmes de mim? Ele?
Nunca na galáxia.

Aquilo era um ogro de natureza mesmo.

Logo deu a hora de meu almoço e fui para o refeitório dos empregados.

Eu ainda não havia recebido então só pudi levar uma maçã e um suco aquele dia.

Se eu reclamava ?

Jamais.

Sempre havia alguém pior que eu.
Talvez uma pessoa daria seu melhor sorriso em apenas ter uma pequena maçã para comer.

Me preparei para dar a primeira mordida quando todos do refeitório pararam de conversar e fitaram os olhos em algo atrás de mim.

Tudo ficou em mero silêncio enquanto minha boca estava aberta pronta para a mordida.

Senti um frio percorrer meu corpo mas não precisei me virar para ver quem era.

-Posso sentar aqui com você ?~Gustavo pergunta aparecendo com seu terno impecável como sempre.

Arregalei os olhos.
Kátia disse que ele nunca havia ido lá.

-Vou tomar seu silêncio como um sim .~Responde se sentando e eu fecho a boca.
-Cadê seu almoço? ~Questiona e eu respiro fundo.

-Estava sem fome. Preferi comer uma maçã,  mas se quiser posso comprar um almoço para o Senhor.~Falo e ele nega com a cabeça.

-Também estou sem fome.

- Posso saber por que o senhor veio no refeitório dos empregados? ~Questiono e ele coça a cabeça em um gesto nervoso.

-Preciso que vá a festa de hoje a noite comigo.~Fala observando minha reação.

-Eu? Eu sou a faxineira esqueceu? ~Questiono e ele afirma com a cabeça.

-Sim. Não vai haver empregados la só aqueles escolhidos a dedo por mim. Então quero que vá e represente a empresa ~Fala e sinto um sentimento estranho em mim.

-Não posso Senhor Gustavo.~Falo e ele estreita os olhos.

-Não é um pedido.~Fala em um tom autoritário.

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