Capítulo 24

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Luh:

Sei que posso soar meio precipitada, mas vai ser melhor assim. Se ele não quiser, bola pra frente, seguirei com a minha vida, não será como antes, eu sei bem disso mas nem por isso irei parar. Como diz o ditado "o que tiver de ser, será.". Estou torcendo muito que seja. Vou conversar com meu pai assim que ele chegar. Sei que não sou nenhuma adolescente de 15 anos prestes a apresentar seu primeiro namoradinho, mas gosto de fazer as coisas as claras. Pois odeio interferências, ou pessoa intrometida metendo o dedo e o nariz onde não deve. Minha vida, minhas regras.

Ouço duas batidas na porta do meu quarto.

- Matheus avisou que estava aqui e que perguntou por mim. Como vai filha? Meu pai pergunta entrando no quarto.

- Estou bem pai. Fui ver a mamãe e resolvi passar aqui pra ver o Matheus e conversar com o senhor.

- O que houver filha? Você parece aflita, esta tudo bem com a sua mãe? Vi meu pai ficar pálido ao perguntar.

- Mamãe está ótima pai, esta até namorando. O que quero lhe fala é em relação a mim.

- O que houve?

- Pai eu sei que o senhor tem os seus negócios, sócios e parceiros empresários. Então, o que eu vim lhe falar é que eu estou namorando. Falo sem nem saber que Heitor irá aceitar esse rótulo.

- E que os meus negócios tem haver com o seu relacionamento?

- Pai, eu sei que o senhor sempre quis que eu ficasse com algum filho de amigo seu. E aí é que tá, Heitor, meu namorado, não é do nosso meio social ele é apenas um garçom. Meu pai me olhou sério e baixou os olhos para os meu dedos torcidos no colo.

- Filha, eu realmente sempre quis você namorando com o filho de um dos meus sócios, mas você não escolha por que se apaixona, não mandamos no coração.

- Pai...

- Filha eu sou a prova viva disso. Ele me cortou. - Eu tinha esposa e filha, e nem por isso fui imune de me apaixonar por Ester. Sei que errei em trair sua mãe, mas eu não sabia o que fazer.

- Pai, o senhor não me deve nenhuma explicação da sua vida. São águas passadas.

- Luh sei que você não gosta de Ester, pois ver nela o motivo de sofrimento da sua mãe, mas, o que eu mais queria era que se dessem bem.

- Pai, isso é difícil, sei que ambos seguiram em frente. Mas ainda não consigo, prometo que me esforçarei. O que está em questão em nossa conversa é o seu parecer sobre Heitor.
- Ele te faz feliz?

- Sim. Olhos marejados.

- Você sente seu coração disparar com o simples olhar para ele?

- Sim. Coração acelerado.

- Existe algo que te impeça de ficar com ele?

- Não. A não ser por ele ser meio misterioso.

- Nos homens nunca nos abrimos cem por cento. Diz sorrindo. - Tome cuidado para não se machucar querida.

- Sei disso pai. Então por você tudo bem?

- Claro! Mas exijo conhecê-lo.

- Tudo bem prometo apresenta-los.

- Não tenha medo da opinião dos outros, mesmo que esse outro seja seu pai. Viva e seja feliz filha, sua felicidade é a minha felicidade. Minhas lágrimas começam a rolar.

- Obrigado pai! Ele me abraça forte.

- Você vai ficar para o jantar? Sei que ele está tentando me fazer passar um tempo à mais perto de Ester.

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