Capítulo 9

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Mais cedo eu tinha pesquisado sobre lugares bonitos pra ir a noite, achei um bem legal, saímos da balada e fomos para lá, não sei o nome, mas era uma praça bem legal.

Nat: Você me trouxe aqui pra escutar samba?

Henry: Não, eu te trouxe pra dançar samba.

Nat: Eu não sei dançar samba, só um pouquinho que aprendi assistindo o desfile das escolas de samba.

Henry: Então hoje é o dia de aprender.

Fomos em direção a uma roda de samba que faziam todo final de semana começando da quinta-feira, ou seja, hoje. Mesmo sem saber muito eu comecei a dançar ao redor de Nat.

Nat: Para, eu não sei sambar.

Henry: Eu te ensino, olha como é: pé direito, pé esquerdo, pé direito, é fácil, só 1,2,3; 1,2,3.

Nat: Tá bom, vou tentar.

Quando ela começou eu parei na hora, pra quem disse que não sabia, ela estava literalmente sambando na cara da sociedade, sambou tão bem que as pessoas que estavam apreciando o trabalho dos músicos se viraram pra nós.

Nat: Vai Henry, dança comigo.

Como eu não ia ficar parado, no "centro das atenções", comecei a dançar com ela, assim que a música terminou todos que estavam lá nos aplaudiram, um dos músicos veio na nossa direção.

XXX: Olá, meu nome é Silvio, sou o líder do grupo.- eu e Nat nos apresentamos- gostaria de saber se vocês queriam ficar um tempinho aqui dançando enquanto nos apresentamos.

Aceitamos, afinal o nós queríamos era se divertir, e como Silvio pensou, mais pessoas estavam ficando ao redor, passamos só uns 10-15 minutos, quando já estávamos muito cansado e íamos embora eles queriam dividir os lucros conosco, mas não aceitamos, afinal, só estávamos lá pra nos divertir. No táxi eu me lembrei do que Nat falou.

Henry: Você ainda disse que não sabia sambar.

Nat: E não sei, aquilo que eu fiz não foi nem a metade do samba.

Henry: Mas não deve ser tão difícil pra você, se lembra lá na balada? Dançou tão bem que atraiu a atenção daquele cara lá.

Nat: Ih, ficou com ciúmes foi? –fiz uma cara de deboche- dançar em uma balada qualquer coisa serve, diferente de sambar na frente dos outros. Mas já que você lembrou de algumas coisas, eu também me lembrei de outras, quando você vai me falar o... é... sei lá o que você tinha pra falar.

Henry: Agora eu não posso, tenha certeza que amanhã eu conto tudo o que você preguntar.

Eu sei que tinha que contar tudo pra ela, mas eu estava com medo de contar e ela querer se afastar de mim, mas ela precisava saber pra fazer a decisão dela.

######Nat narrando######

A minha noite foi mais do que perfeita, por incrível que pareça eu estava gostando de ter a companhia de Henry, mas eu estava tentando usar a lei do desapego, porque se eu me apegasse e ele fizesse a mesma coisa que fez depois da festa. Assim que me deitei veio na minha cabeça que hoje era a última noite em que eu e Henry iriamos ficar no mesmo quarto e ele não tinha tentado nada, ainda bem, logo depois dormi feito uma pedra.

Henry me acordou dizendo que o voo tinha sido adiantado 30 minutos, ou seja, eu só tinha 2 horas pra estar pronta e no aeroporto. Corri feito uma louca e Henry com uma lerdeza matinal, eu já estava me estressando, pelo menos ele se disponibilizou pra ir fechar a conta do hotel. Chegamos no aeroporto 20 minutos antes do voo, pelo menos chegamos na hora. Eu estava com fone, acho que por isso que eu não escutei, mas Henry disse que tinham chamado o voo, eu fui, estranhei, mas fui, ele não devolveu minha passagem, no avião aumentei o volume e dormir, já acordei com Henry me chamando dizendo que estávamos chegando, olhei peja janela e só tinha água.

Nat: Como assim Henry? Estamos chegando onde? Como é que eu estou vendo água pela janela? Pra onde você me trouxe?

Henry: Calma, isso vai ser mais uma coisa que eu vou te explicar, estamos quase chagando sim, mas não nos Estados Unidos, mas sim em Fernando do Noronha. Quando eu pedi sua passagem eu mudei o destino, e as de volta estão compradas para amanhã, então aqui é só pra passar um tempo e eu poder te explicar tudo, e lógico ir pra praia.

Nat: Eu estou começando a achar que você me sequestrou, vai me esquartejar e fugir, já que aqui é um arquipélago não tem pra onde eu fugir.

Henry: É tipo isso, só tira a parte do sequestro e esquartejamento, só contra isso.

Não achei essa idéia dele tão ruim, gostei do lugar que ele escolheu, mas não posso negar que estou começando a ficar com medo. Quando já estávamos instalados no hotel ele me chamou pra ir pra praia, eu aceitei, queria saber de que hora ele ia me contar a história.

Entramos na água um pouco e depois sentamos na areia, o que já estava ficando comum pra gente, até que ele fala:

Henry: Bem, acho que se eu não contar agora não vou ter coragem depois.

Nat: Sou toda ouvidos.

Henry: Eu só peço que você não tire conclusões precipitadas e escute até o fim da história.

Nat: Ok.

Henry: Mais uma coisa, peço pra que você não conte nada do que eu te disser pra ninguém, nem mesmo pra Val.

Nat: Nossa, isso tá muito cinquenta tons de cinza, só falta você me dizer que é dominador feito o Sr. Grey.- ele me olhou com um rosto de desaprovação e eu percebi que não era o momento pra brincar- é... certo, prometo.

Henry: Quero que saiba que se eu não falei com você depois da festa, foi simplesmente para te proteger.- estranhei e ele percebeu- sim, eu não sou um simples aluno de uma escola de ensino médio, os meus pais era chefes da maior gangue dos Estados Unidos...- agora sim eu estava começando a ficar assustada- eles morreram há dois anos atrás baleados pela gangue rival que quer tomar o nosso lugar, se lembra no dia da festa que eu disse que foi um mal entendido? Eu menti, eram eles que estavam tentando me matar pra tomar o meu lugar, eu não falei com você na escola porque eu sei que lá tem informantes e eu não quero que eles pensem que temos algum tipo de relação, não quero que você corra riscos.

Nat: Uau, nunca que eu ia imaginar isso, mas você não me conhece, não temos nada, então porque você quer me proteger?

Henry: Olha se depois que eu disser isso você nunca mais quiser falar comigo eu vou te entender, mas isso ia me machucar muito porque eu estou apaixonado por você.- Como assim Brasil? Que revelação foi essa?

Nat: É... eu... você... você me deixou sem palavras.

Henry: Só te dei aquele beijo no dia da festa porque eu não estava mais aguentando me segurar, mas não quero que você corra risco por minha causa.- ele se levantou e ia saindo

Nat: Espera! Henry!- levantei, corri atrás dele e segurei o seu braço- e se eu quiser correr esse risco?- dei um beijo como se fosse a única coisa que fosse me manter viva naquele momento.


Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora