Capítulo 27

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Nat narrando

Eu não acredito que Henry veio roubar a Beaut's, mas eu acho que ele não sabia que eu estava trabalhando aqui. Vi que todos os clientes e os funcionários estavam bem, enquanto eu processava a ideia de Henry ser irmão de Mat, eu ia ter uma conversa com ele, se ele pensa que vai fugir de mim ele está mais do que enganado. Avisei a Valesca pra não deixar Henry sair sem falar comigo, se ele fosse sair pela frente, o que eu acho difícil, porque eu ia pra porta dos fundos onde seria mais provável que ele fosse sair. Com pouco tempo que eu estava lá ele ia saindo desconfiado, me coloquei na frente da porta.

Henry: Me deixa passar Nat.

Nat: Ainda não, nós vamos conversar você queira ou não.

Henry: Eu não vou ficar aqui, eu corro perigo de ser pego aqui, meu irmão é da polícia, a qualquer momento pode chegar alguém do departamento e me ver aqui.

Nat: Então vamos pra minha casa, e isto não é um pedido, é uma ordem, entre no meu carro, agora.

Mesmo com cara feia ele entrou no meu carro, acho que ele devia ter alguém esperando ele porque ele quando saiu ficou olhando para os lados.

Assim que chegamos no meu apartamento, mandei ele entrar e sentar.

Nat: Quer alguma coisa pra beber, comer, sei lá.

Henry: Não, só tô querendo tomar um banho rápido, essa roupa esquenta demais, você se importa?

Nat: Folgado como sempre.

Henry: Não posso perder o costume né. Mas se por acaso for te incomodar...

Nat: Não, o que é um banho né, pode ir, o banheiro é a primeira porta à esquerda, na primeira gaveta tem toalha, vou pegar uma roupa de Mat, acho que ele não vai ligar tanto, vou deixar no quarto de hospedes é a porta de frente do banheiro.

Ele foi pro banheiro e eu peguei as roupas, Mat é mais magro do que Henry mas acho que vai servir, fui pra cozinha esquentar comida, estava começando a ficar com fome, e eu precisava colocar tudo no devido lugar.

Terminei de colocar as coisas na mesa e ele foi chegando na cozinha.

Henry: Até que as roupas do meu maninho não ficam muito apertadas em mim. Um banquete pra me receber? As coisas estão ficando cada vez melhor.

Nat: Não vá ficando muito feliz, eu aproveitei que o que temos pra conversar é um assunto muito longo e eu estava ficando com fome, resolvi esquentar o almoço. Vem vamos almoçar.

Henry: Não vou pensar duas vezes, só estou com medo de você ter colocado veneno na comida, mas acho que você não iria fazer isso comigo.

Nat: Não podemos ter certeza de nada nessa vida.- ele parou e ficou olhando pra mim com cara de susto, não aguentei e comecei a rir- deixa de ser idiota, você acha que se eu fosse te matar eu ia te matar na minha casa?

Henry: É olhando por esse lado você tem razão, agora vamos comer porque o cheiro da comida me deu fome.

Almoçamos e ele me ajudou a lavar a louça e guardar, enquanto nós limpávamos eu me peguei pensando se naquele dia da escola ele não tivesse beijado a puta da Renata, hoje poderíamos estar juntos tomando conta da nossa casa, quem sabe com filho ou filhos, mas na mesma hora eu me obriguei a tirar esse pensamento da cabeça, não podia ceder, não depois da cara de pau dele. Fomos pra sala e quando íamos começar a conversar o telefone dele tocou, fiquei sentada só escutando, não sou curiosa a esse ponto, mas eu precisava saber com quem ele estava falando.

*Ligação de Henry*

-Não porra, eu tô na casa de Nat.

-Pensasse nisso antes de não deixar ninguém me esperando lá, não tinha ninguém dos nossos eu tinha que sair com alguém, você não acha?

-Mais tarde eu chego ai.

-Não precisa, eu dou um jeito de chegar ai. Tchau.

*Ligação off*

Henry: Me desculpe, o Josh ligou dizendo que eu estava demorando demais.- ufa, era o Josh, mas o que eu tenho a ver? Esquece Nat.

Nat: Não tem problema.

Henry: Então posso saber por que a madame me obrigou a vir pra sua casa.

Nat: Deixa de ser criança e vamos ter pelo menos uma conversa como adultos.

Henry: Se você quer... Por onde começamos?

Nat: Por que você foi assaltar a loja que eu trabalho? Por que você não saiu da minha vida de vez?

Henry: Eu não fui roubar o lugar que você trabalha... bem fui sim, mas eu não sabia que você trabalhava lá, muito menos o meu maninho, nenhum dos meus informante viram vocês lá, não tinha como eu saber, a única coisa que me interessa é manter a gangue na posição de primeiro dos EUA, não estava muito afim do dinheiro, eu sei que é duro trabalhar como vendedor, mas temos que estar mostrando as caras de vez em quando senão os Yukon vão querer tomar o nosso lugar novamente. Então como você pode ver minha querida nada disse teve relação com você, estou seguindo a vida como você quis que eu fizesse.- fiquei com mais vergonha do que todos os tímidos juntos e m um único lugar

Nat: Eu não mandei você seguir a vida, você que seguiu enquanto ainda estava comigo.

Henry: Eu sei o que você está querendo insinuar, não fui eu que beijei Renata, foi ela que me beijou, eu te procurei pra conversarmos e o que foi que você gritou? SAI DA PORRA DA MINHA CASA HENRY! Eu tentei ir atrás de você, mas quem não quis mais foi você, eu não tenho culpa, e pelo que u vejo quem seguiu a vida foi você. Foi você que casou com o primeiro cara rico que encontrou...- dei um tapa na cara dele

Nat: Você não sabe metade do que aconteceu Henry, você não tem o direito de me julgar, eu não te devo satisfação, mas como estamos colocando os pingos nos i's vou te contar. Eu não casei porque eu quis, eu casei porque senão eu ia pra cadeia junto com meus pais, eles fizeram um tipo de acordo com Tales e oi eu casava ou todos íamos pra cadeia, Mat foi muito gentil comigo, me tratou como uma amiga de muito tempo e me fez a proposta de passar 6 meses casada com ele, porque assim eu teria direito à metade do dinheiro dele, eu disse que iria pensar, mas o que eu podia fazer, não tinha dinheiro, não tinha como me sustentar, e ele e Mandy me tratavam bem, se eu fiz isso fiz pensando no meu futuro.

Henry: Disso eu não sabia, me desculpe por te julgar.- ele ficou vermelho, sinal que ele estava com vergonha também- Esse desgraçado do Tales só fez atrapalhar a vida de todos!- deu um murro no sofá, aparentemente ele estava morrendo de raiva

Nat: Ainda quero explicações sobre você ser irmão de Mat, que história é essa?

Henry: Minha mãe era garçonete e ela conheceu o Tales, eles tiveram um caso e Mat nasceu, mas depois ela descobriu que ele não era uma flor que se cheirasse e se separou dele, Tales entrou na justiça e pelo fato de ser da polícia conseguiu a guarda dela muito fácil, com pouco tempo depois ela conheceu o meu pai e eu nasci, desde o começo o meu pai tinha dito a ela que era chefe de gangue e mesmo assim ela quis continuar ao lado dele, quando eu estava um pouco crescido a gangue tinha um trabalho pra fazer em algum lugar, Mat e Tales estavam lá, ele descobriu, depois de tanto tempo perseguindo e tentando descobrir sobre a gangue, que uma das chefes era minha mãe, ele ficou com muita raiva dela e disse que não ia ter um filho de uma bandida e deu um tiro na direção de Mat, mas minha mãe percebendo o que ele ia fazer se jogou na frente do filho, depois disso meu pai tirou a atenção de Tales e foi pra perto da minha mãe, tentar ajuda-la de alguma forma, mas Tales também deu um tiro no meu pai e também o matou, fui informado do assassinato dos meus pais pelos pais de Josh, que eram melhores amigos dos meus pais, e eles cuidaram de nós até o dia que tínhamos 16 anos, quando morreram em uma troca de tiros, nessa idade eu já conhecia todos os procedimentos da gangue e assim eu tomei a frente de tudo ao lado de Josh.

Nat: Eu não podia imaginar que aquele desgraçado fez isso, temos que avisar a Mat, ele não pode continuar junto desse nojento.

Henry: Pode ficar tranquila, eu já disse tudo pra ele, basta esperar ele tomar uma atitude.

Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora