Capítulo 11

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Nat narrando

Ahhh, surtei, COMO ASSIM BRASIL? TINHA QUE VIR PRA ESSE PAÍS ANTES.

Nat: Claro que aceito seu bobo!- dei um beijo nele

Henry: Eu estava já surtando aqui na poltrona, pensei que você fosse recusar o meu pedido.

Nat: Nunca que eu faria isso.

Começamos a comer e ele se melou.

Henry: Que merda! Nat me dá um guardanapo, por favor.

Peguei um dos guardanapos e tirei das argolinhas, quando tirei o susto foi maior ainda.

Henry: Eu acho que tinha que ter algo para marcar esse dia.

No lugar das argolinhas eram dois anéis, um meu e o outro dele (lógico), ele pegou o meu e colocou no meu dedo, fiz o mesmo com ele. Terminamos de comer o bolo e voltei pra minha rotina: colocar o fone e deitar, agora no peito de Henry.

Henry me acordou quando estávamos chegando.

Henry: É minha ruivinha, está quase na hora da nossa despedida.

Nat: Eu acho que vou voltar a dormir pra ver se assim nós voltamos para Fernando de Noronha onde você disse que me amava, me idolatrava e não saberia mas viver sem mim.

Henry: Juro que eu não lembro de ter falado isso.

Nat: Mas eu usei meu poder psíquico secreto e li sua mente.- estava me segurando pra não rir

Henry: Tomara que você não leia minha mente agora e descubra o que eu estou com vontade de fazer com você. - dei um beijo nele

Nat: Já estou ficando com saudade.

Henry: Também estou, acho que quando sair do avião já vou ter que dar um jeito de te encontrar de novo.

Nat: Ok, vamos para senão eu choro.

Descemos do avião e encontramos Val nos esperando.

Val: Pensei que vocês não fossem voltar mais.

Henry: Por mim eu ficaria lá pra sempre.

Val: Mas minha amiga aqui,- falou pegando no meu ombro- nunca ia deixar eu enfrentar aqueles meninos e meninas com hormônios a flor da pele que chamam de escola.

Nat: Uau, você teve que pensar bastante pra formular essa frase?- ironizei

Val: Ai amiga, não sei se eu iria conseguir viver sem as suas ironias.- ela ironizou também

Henry: Bem, temos alguns assuntos para conversar e eu estou morrendo de fome, que tal unir o útil ao agradável e irmos para uma lanchonete?

Val: Bom, como vi que já estou sendo excluída, e também não quero ficar de vela, então estou indo embora, tchau galerinha.

Nat: Nada disso, você também vai participar da conversa, e sei que você não ia dispensar alguém que está pagando um lanche pra você.

Val: É por isso que eu te amo, você me conhece tão bem!

Fomos para o Mc'Donalds que tinha no aeroporto mesmo. Pedimos o lanche e Henry pagou todos, ainda tinha que perguntar a ele se como chefe de gangue ele ganhava bem, se sim, comecei a pensar nessa hipótese.

Val: Vamos lá,- ela falou se dirigindo à Henry- você já pagou o meu hambúrguer então podemos começar a nossa conversa.

Nat: Eu nem sei por onde começar...- ela me interrompeu

Val: O que você acha do começo, ele é tão legal.

Henry: Acho que estou começando a me arrepender de ter pagado o lanche pra você.- nós rimos

Comecei como ela disse: do começo, ela riu litros sobre o nosso assalto, e também ficou com muita inveja dos livros que Henry me deu, contei de tudo mesmo, até que chegou a parte do "segredo" de Henry.

Henry: Você tem que me prometer que não vai falar nada pra ninguém.

Val: Não me diga que você é um dominador igual ao Christian Grey, já dominou minha amiga e agora está querendo fazer uma festinha a três, sinto muito, mas não vou assinar o seu termo de confidencialidade.

Nat: Eu te disse que você estava parecendo com ele.

Henry: Não é nada disso, mas sabendo como ele se dá bem e como todo mundo achando que eu sou igual a ele, estou pensando em ficar igual a ele mesmo.

Nat: Se você ousar em ficar igual a ele pode se considerar um homem solteiro, eu não sou mulher pra ficar levando chicotada e apanhar de cinto.

Val: Own, que lindo, primeira DR do casal.

Henry: É Val, é só a primeira de muitas, e Nat talvez só um pouquinho dele durante alguma noite dessas por ai.- nós três rimos

Val: Se você demorar mais a contar esse seu grande segredo, eu vou querer outro hambúrguer porque o meu já está acabando.

Ele contou tudo pra ela, sobre a festa de aniversário dele, sobre onde ficava a sede da gangue (que nem eu sabia ainda).

Val: Nossa, nunca imaginei isso de você. Amiga você tá podendo viu?

Nat: É Val, mas fazer o que se nós não escolhemos quem vamos amar. Mas decide se você vai poder nos ajudar ou não?

Val: Eu acho que seria muito arriscado pro meu lado...- me frustrei com a resposta dele e percebi que Henry também- mas como você sabe que as coisas que eu acho o amor a coisa mais linda desse mundo eu vou ajudar você sim.

Nat: Sabia que podia contar com você.

Val: Mas tem uma condição.

Henry: Bem que eu desconfiava que você não era tão amiga de Nat assim.- ele não devia ter falado isso, Val se levantou e colocou o dedo no rosto de Henry

Val: Escuta aqui, você nunca mais ouse falar da minha amizade com Nat, ela veio muito antes de você, já fiz muita coisa que você duvidaria por conta de nossa amizade e não vai ser você, um carinha qualquer que por acaso estuda na mesma sala que nós e nos conhece a seis meses que vai duvidar dela, entendido?- ela se sentou e continuou a comer

Henry: Ok, desculpa ter falado da amizade de vocês, essa não foi minha intenção. Qual é a sua condição?

Val: Em alguma das saídas de vocês, não as mais românticas claro, mas de vez em quando eu quero ir com vocês, não segurando vela, Henry, você me apresentaria algum amigo seu e sairíamos como dois casais.

Nat: Quem diria, você querendo um romance tão "errado" como você dizia.

Val: É, mas como você disse não escolhemos quem vamos amar.

Henry: Já sei quem vou te apresentar, acho que já podemos marcar o primeiro encontro.

Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora