Capítulo 35

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Nat narrando

Eu os Allens voltamos para a sede deles, de certa forma tínhamos ficado tristes pela morte de Tales, não por ele, mas sim por Mat, ele não merecia ter o pai que tinha.

Henry: Nat, nunca mais eu vi você falando sobre a escola você já se formou?

Nat: Ah, desculpa, as aulas terminaram, teve a formatura do pessoal, só que nem eu nem Val quisemos nos formar, só pegamos o nosso certificado e pronto, vamos ver se conseguimos entrar na faculdade.

Henry: Você ainda continua querendo fazer engenharia?

Nat: Não sei, tem uma dúvida me cercando se eu faço engenharia civil ou arquitetura, mas deixa esse assunto pra depois, quando as cartas das faculdades chegarem.

Henry: Tá certo, eu vou falar com Josh, você vai pra casa ou vai ficar?

Nat: Eu vou ficar um tempo aqui.- ele saiu, liguei para Val e contei tudo que aconteceu, pouco tempo depois ela chegou lá pra ver Josh e nós duas dormimos lá mesmo

Assim que acordamos, fomos com os meninos para o meu apartamento, iriamos tomar café da manhã, não ia ser tão legal ficar lá com toda a gangue. Pouco tempo que nós estávamos lá Mandy me liga.

*Ligação on*

Mandy: Miga?

Nat: Oi, tudo bom?

Mandy: Mais ou menos, Henry acabou de descobrir que tem uma irmã, Tales e Maria tiveram uma filha, ela mora no Brasil, Henry já pediu pra Maria entrar em contato com ela pra vir pro enterro de Tales.

Nat: Como assim? Desde quando? Como ele não sabia?

Mandy: Tales estupro Maria um dia que estava bêbado, e ela nasceu, e foi morar com uma tia no Brasil, hoje ela tem quase vinte anos.

Nat: Nossa, e como ele está com tudo isso?

Mandy: Ele está meio abalado, mas está ansioso pra conhecer a irmã, pelo que Maria disse ela sabe da existência dele, só ele que não sabia dela, ele ficou meio sem reação depois que soube que o pai era bastante presente na vida dela.

Nat: Imagino, o velório vai ser amanhã ou hoje?

Mandy: Amanhã, por causa de Rute, Mat quer dar um tempo por causa da viagem dela.

Nat: Ok, amanhã nos vemos, manda um abraço pra Mat.

Mandy: Tá certo, mando sim, tchau amiga.

*Ligação off*

Contei essa história pra Henry, ele ficou meio abalado também, mas acho que não atingiu ele da mesma forma que atingiu Mat.

Mat narrando

Quando estava anoitecendo Maria me avisou que Rute estava chegando no aeroporto, sugeri que nós (eu, Mandy e Maria) fossemos pegar ela, elas concordaram, nós saímos e fomos pra lá.

Chegamos lá e Maria nos mostrou quem era, uma menina baixinha, nem gorda, nem magra, cabelo castanho escuro (eu acho, nunca fui bom com isso), parda e quando chegou mais perto eu vi que o olho era castanho claro.

Maria: Mandy, Mat, essa é a Rute.

Rute: Olá.

Mat: Oi Rute, é um prazer te conhecer.- falei dando um abraço e um beijo no seu rosto

Mandy: Olá Rute, seja bem vinda.

Rute: Obrigado pessoal, Mateus é bom te conhecer pessoalmente, tenho certeza que nós teríamos nos dado bem desde cedo.

Mat: Eu também acho isso, pode me chamar de Mat se quiser. Uma pena nós só termos nos conhecido depois do que aconteceu, mas espero que nós consigamos repor boa parte desse tempo que nós não tivemos.

Rute: Eu também quero que isso aconteça.

Mandy: Vamos pra casa? Rute deve estar cansada da viagem.

Mat: Vamos.

Mostrei pra Rute onde ela iria dormir, jantamos e ficamos conversando um pouco sobre as nossas vidas.

Rute narrando

Nunca convivi direito com minha mãe ou com meu pai, desde que me entendo por gente moro com minha tia no Brasil, mas minha mãe e meu pai vinham me visitar sempre, desde cedo aprendi a falar inglês, pois minha mãe e meu pai não falavam o português fluente, conclui o ensino médio muito nova e assim que terminei o meu pai pagou a melhor faculdade e faz pouco tempo que me formei, por causa do estágio que temos que fazer comecei a trabalhar, a empresa que fiz o estágio gostou muito de mim e me contratou. Dois meses depois aconteceu isso com meu pai, minha mãe me ligou e pediu pra mim ir para os Estados unidos e disse que meu irmão iria pagar tudo, finalmente ia conhecer ele, sempre pedi para meus pais mas eles nunca deixaram.

O velório do meu pai foi muito doloroso, tinha muitos oficiais lá, mesmo convivendo pouco com ele eu o amava muito, ele nunca me deixou exatamente só e sempre fez de tudo para que eu me sentisse bem. Mat me apresentou a Natasha e Valéria e assim que nós saímos de lá eles me apresentaram Henrique e Josh, achei estranho eles não terem ido no enterro do meu pai, fiquei chocada quando Mat me disse que Mat era líder de uma gangue e Josh era braço direito dele. Nunca pensei que Mat fosse ser irmão de um dono de gangue, eles me explicaram tudo que aconteceu e pelo tempinho que pude passar ao lado deles percebi que eles não tinham nada de pesado, digamos assim.

Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora