Capítulo 26

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Henry narrando

Henry: Você!?

Josh: Que porra!- Josh já foi engatilhando a arma e mirando nele

XXX: Calma ai cara, nós não vamos fazer nada, baixa essa arma.

Josh: Não me manda abaixar a arma não, seu idiota.

Henry: Baixa essa arma agora Josh.- olhei pra ele e tirei a máscara

XXX: Henrique!?

XXX: Vocês se conhecem?

Henry: Sim Nat, nós nos conhecemos, nós somos irmãos, não é Mat?

Mat: Mas que porra vocês estão fazendo aqui?

Nat: Eu não estou entendendo nada do que está acontecendo, Henry você veio assaltar aqui, onde eu trabalho?

Henry: Eu não sabia que você trabalhava aqui, nem que meu irmão estaria aqui.

Mat: Eu e Nat somos donos disso aqui.- Josh tirou a máscara

Josh: Dá pra parar o papinho de família e resolver o que temos pra resolver.

Henry: Josh desce e leva todos embora, quero conversar com meu irmão.

Josh: Como assim? Tanto trabalho pra organizar isso e você vai dar pra trás agora?

Mat: Eu não vou deixar vocês saírem, vou chamar o departamento, isso que vocês fizeram foi tentativa de assalto, isso é crime.

Nat: Por favor Mat, não faz isso, deixa eles irem, eles não fizeram nada.

Mat: Eles devem ter rendido todos lá embaixo e você quer deixar isso impune?

Josh: É Nat, você acha que ele vai deixar uma gangue fugir da loja que ele estava, como o nome dele vai ficar depois disso, ele tem que dar uma de herói e deixar o papaizinho orgulhoso.

Henry: Cala a boca porra! Faz o que eu estou mandando, eu ainda sou o chefe por aqui, me obedece, eu me ajeito com meu irmão.- Josh desceu

Mat: Não temos nada pra conversar, saia daqui também antes que eu me arrependa.

Nat: Henry vai embora, por favor.

Henry: Não Nat, o que eu tenho pra resolver com meu irmão é mais importante pra mim do que você.

Nat: Muito obrigada pela consideração, idiota. Mat vou descer pra ver como estão os funcionários e os clientes. -ela desceu e só ficou eu e Mat na sala

Mat: Diz logo o que você quer e vai embora.

Henry: Olha só, agora quer me escutar, naquele dia você não quis me escutar e nem olhou pra minha cara, o que fez você mudar de opinião irmãozinho?

Mat: Deixe da sua ironia Henrique.

Henry: Henry, por favor, Henrique morreu assim que você me jogou naquela cela e me deixou lá pra apodrecer, se não fosse por Josh eu ainda estaria lá sem receber nenhuma visita.

Mat: Você acha que foi fácil pra mim, ter que te deixar lá, sem nenhum parente vivo além de mim, mas a corporação estava em cima do departamento e eu não podia dar bobeira, você acha que quem foi que avisou a Josh que você estava preso?

Henry: Eu não estou nem ai se foi você ou seja lá quem for que avisou, o que me interessa é que foi você que me colocou lá.

Mat: Quem desonrou o departamento foi você, o comandante exigiu que eu te prendesse, ele disse que se não fosse você iria ser eu...

Henry: O seu papai?

Mat: Vamos deixar ele fora disso.

Henry: É bem melhor acabar com a vida do irmão do que com a sua própria? Pode ter certeza que se fosse eu no seu lugar eu teria ido preso, ao invés de deixar meu irmão junto daqueles caras que não tem medo de nada e fazem o que querem com quem eles querem.

Mat: Eu não sabia o que fazer. Estava com ciúme de você porque a mamãe não me contou sobre a gangue, mas depois eu me arrependi muito e não podia mais fazer nada porque você já ia ser transferido, você assim que entrou na delegacia já era, como eles dizem, posse do FBI.

Henry: Você tem ideia do que fizeram comigo naquele lugar? Quantas vezes eu pensei em me matar depois do que aconteceu lá?

Mat: Eu não sabia que iam colocar você no setor de alta periculosidade.

Henry: Você acha que chefe de gangue vai pra onde? Eu quase morri sendo espancado, por vingança e porque eu era novo demais pra ser chefe de gangue, como eles disseram. Eu fui estuprado Mat, você tem noção de como isso me feriu? Enquanto eu era torturado por aqueles idiotas você estava onde? Chupando o pau do sargento ou do coronel...- ele me deu um soco no rosto e eu cai no chão

Mat: Cala a sua boca, você não sabe por onde eu passei pra poder estar onde eu estou hoje, tudo que eu sofri na mão do meu pai por ele dizer que eu era o culpado pela morte da mamãe.- me levantei e fiquei cara a cara com ele

Henry: Ela morreu porque amava um filho ingrato que não estava nem ai pra ela só porque o papai dele se achava o dono do mundo e achava que podia ter tudo e todos na hora que quisesse.

Mat: Não foi culpa dele Henry.

Henry: Você não quer acreditar, mas você sabe que é a verdade, porque será que o caso da morte dela e do meu pai foi arquivado, porque o seu pai estava no meio, e a justiça desse país não é exemplar.

Mat: Eu não posso acreditar nisso que você está me dizendo, meu pai sempre me disse que o culpado foi o seu pai, ele queria me matar.

Henry: Você estava desacordado e não podia ver nem ouvir nada, mas eu estava lá e vi e ouvi tudo, ter que ver nossa mãe sangrar até morrer, porque um filho da puta ficou com raiva do filho que tinha com ela quando descobriu que ela era sua maior rival.

Mat: Pare de contar mentiras sobre a morte da nossa mãe, eu não posso acreditar que o meu pai fez isso.

Henry: Porque você acha que eu estava infiltrado na polícia? Era pra saber os passos do seu pai, ele estava cada vez chegando mais perto de descobrir sobre a mamãe e sobre a gangue, ele ia fazer algo mais cedo ou mais tarde, o que me assustou foi ele querer matar um filho dele com uma mulher que ele diz que amou tanto.

Mat: Eu não posso acreditar nisso.

Henry: Eu te deixo livre pra acreditar em que você quiser, só te contei porque mesmo com tudo que você me fez eu ainda te amo, você sempre terá um lugar no meu coração e pode me procurar sempre que precisar. Posso ir ou você vai me prender novamente?

Mat: Vai se fuder.

Quando eu cheguei lá embaixo não tinha ninguém na loja, eu ia saindo pelos fundos como foi combinado, estava torcendo pra que alguém estivesse me esperando, mas Nat apareceu na frente da porta.

Henry: Me deixa passar Nat.

Nat: Ainda não, nós vamos conversar você queira ou não.

Henry: Eu não vou ficar aqui, eu corro perigo de ser pego aqui, meu irmão é da polícia, a qualquer momento pode chegar alguém do departamento e me ver aqui.

Nat: Então vamos pra minha casa, e isto não é um pedido, é uma ordem, entre no meu carro, agora.

Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora