Capítulo 17

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Henry narrando

Depois que acabou a aula eu fui direto pro refeitório esperar Nat e Val, assim que eu cheguei vi Renata vindo na minha direção.

Renata: Oi gatinho.

Henry: Eu já te disse pra não me chamar assim. Nunca te dei essa intimidade.

Renata: Calma ai, eu só quero conversar.

Henry: Fala logo que eu tenho um compromisso marcado.- ela não podia saber de forma alguma que eu estava com Nat

Renata: O que você acha de esquecer esse compromisso e ir tomar um banho de piscina lá na minha casa?

Henry: Eu acho uma péssima ideia. Você sabe que eu não estou a fim de você e ainda fica insistindo, porque você se humilha tanto?

Renata: Você pode não gostar de mim, mas eu sempre gostei de você desde a primeira vez que bati o olho em você.- mesma coisa que aconteceu comigo e Nat- Se você não pode me dar o seu amor, me dá pelo menos um beijo.- ela falou isso e se jogou pra cima de mim me beijando na frente de todo mundo da escola, passei um tempo sem reação, mas quando lembrei de Nat empurrei Renata.

Henry: Nunca mais ouse fazer isso de novo, está me entendendo?- ela fez uma cara de choro e saiu.

Fiquei um tempão esperando as meninas e elas não chegaram, será que tinha acontecido alguma coisa? Imediatamente liguei pra ela, pela voz dela percebi que ela tinha acontecido alguma coisa que ela não quis me contar, fui pra casa dela, chegando lá toquei a campainha, quem me atendeu foi Val.

Henry: Cadê Nat? O que foi que aconteceu?

Val: Olha, ela não está bem agora, porque você não volta depois?

Henry: Eu quero falar com ela agora.

Val: Mas você não vai porque ela não quer.

Entrei na casa mesmo com Val tentando me segurar e subi pro quarto de Nat. Pelo visto ela estava pensando que eu não ia entrar de forma alguma porque ela falou como se fosse Val que tivesse entrado, quando ela me viu percebi que ela deu uma travada. Tentei descobrir o que tinha acontecido com ela, mas ela não queria me dizer, depois de muita insistência foi que ela jogou na minha cara que tinha visto o beijo que Renata me deu, eu tentei me explicar pra ela só que ela não quis me ouvir e me mandou sair da casa, como ela estava de cabeça quente eu resolvi sair mesmo e depois ia tentar conversar com ela.

Quando eu estava pronto pra conversar e achava que ela já estava com a cabeça mais fria eu descobri que ela ia se casar com um cara, pra piorar a situação o cara é da polícia e estava envolvido quando me prenderam, eu pirei como ela tinha feito isso comigo sem deixar eu me explicar, ainda ia casar com um cara que já tinha me prendido. Decidi que ia tirar ela da minha cabeça, não ia mais pra escola e ia me dedicar inteiramente aos assuntos da gangue. Se ela não me queria mais por perto agora é ela que não vai me ter. No dia do casamento dela eu estava em Las Vegas jogando muito nos cassinos de lá com várias mulheres ao meu redor, mas mesmo assim eu ainda não conseguia me esquecer dela. Quando terminou a noite e eu já estava com os bolsos cheios (sou muito bom nesses tipos de jogos) eu decidi voltar pra Carson City e organizar um novo plano pra gangue.

Josh também tinha perdido o contato com Val, ela também não ficou bem, pelo que percebi ele estava gostando dela de verdade, isso me motivou ainda mais a organizar o crime, porque assim íamos distrair as nossas cabeças.

Nat narrando

Eu acordei bem relaxada, a cama é bem fofinha e não tive problemas pra pegar no sono. Já que tinha acordado cedo fui pra cozinha fazer o café da manhã, mas quando eu cheguei lá já estava quase tudo pronto, Mat estava fazendo a comida.

Nat: Bom dia Mat.

Mat: Bom dia Nat, dormiu bem?

Nat: Dormi sim, a cama é perfeita. Eu vim fazer o café da manhã, mas já que você está fazendo quer alguma ajuda?

Mat: Não precisa, mas você pode ir arrumando a mesa, colocando a comida e os pratos, essas coisas.

Nat: Ok.

Arrumei as coisas e logo a comida ficou pronta, comemos e conversamos sobre algumas besteiras. Quando terminamos ele ia levantando com os pratos.

Nat: Nem pense em fazer isso,- ele me olhou assustado- você já fez a comida, agora eu vou lavar os pratos.- ele riu e eu também

Mat: Ok, ok, depois de uma ordem dessas eu não posso desobedecer, ele se levantou e foi pra sala, ligou o som e deitou no sofá. Me levantei da cadeira e fui fazer o meu serviço. Quando terminei e cheguei na sala, vi que Mat estava dormindo, eu desliguei o som e sai da casa indo em direção à estufa, Mat me contou que tem vários empregados aqui na fazenda, entre eles o que cuida da estufa, mas por conta da nossa "lua de mel" foram dispensados e só voltariam amanhã, mas eles fizeram o trabalho com maestria, principalmente o senhor que cuida da estufa, estava tudo muito lindo, vários tipos de rosas, orquídeas mais atrás, lírios de várias cores, e uns vasinhos com pequenos pés de tomate. Meus olhos brilharam quando vi aquela imensidão de cores e senti os cheiros. Perdi a noção do tempo que fiquei lá dentro, só me liguei quando Mat chegou na porta.

Mat: Bem legal esse lugar não é?

Nat: É simplesmente perfeito.

Mat: Esse lugar era o preferido da minha mãe, por isso que eu gosto de manter ele sempre organizado.- a mãe dele tinha falecido à algum tempo, não sei exatamente quanto

Nat: Então eu acho que não deveria ter entrado aqui.- falei receosa

Mat: Não, fique a vontade, a única coisa que eu peço é que você não destrua nada.- ironizou sobre meu lado desastrado

Nat: Dou minha palavra de escoteira.

Mat: Você já foi escoteira? Que legal eu também fui um, se lembra do cumprimento?- fiquei em total silêncio e ele percebeu que eu também estava ironizando- Ah, gostei da piada, cai direitinho.- rimos juntos

Nat: Já conseguiu falar com sua namorada?

Mat: É sobre isso que eu vim falar, consegui sim e ela topou vir aqui mais tarde.

Nat: Ai que legal, finalmente vou conhecer ela.

Mat: Teria algum problema pra você se ela ficasse aqui conosco até amanhã?- claro que SIM, não quero ser castiçal pra segurar vela do meu marido

Nat: Claro que não, afinal de contas a casa é sua.

Mat: Mas se você fosse ficar constrangida eu não ia fazer isso.

Nat: Sem problemas- mentira- ela pode ficar sim- pode não

Ele saiu da estufa dizendo que ia ligar pra ela avisando pra trazer mais roupas. Eu sei que não tenho uma relação total com ele e não posso ficar cobrando dele sobre a namorada, mas eu sei que vou ficar totalmente por fora quando eles começarem com esfrega aqui, beija ali e todas essas coisas de namoro.

Depois de um tempo eu fui pra casa e procurei Mat, quando vejo ele está saindo do banheiro só de toalha, meu rosto ficou vermelho na mesma hora.

Mat: Oi, eu estava tomando banho, você estava me procurando?

Nat: Nã... não eu só queria saber onde você estava mesmo.

Mat: Ah, ok, vou trocar de roupa.

Nat: Vai lá.- ele saiu e eu fui correndo pra cozinha tomar água, meu Deus que homem é esse? Corpinho bem definido, barriga bem sarada, mas ele é meu amigo, e marido também, seria um amimarido? Que saco, tenho que tirar esses pensamentos da cabeça, era só o que me faltava, me apaixonar pelo cara que vai trazer a namorada dele pra me conhecer.

Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora