Capítulo 25

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Nat narrando

Eu, Mat e Mandy nos reunimos na sala pra assinar o divórcio.

Mat: Aqui está toda a papelada do nosso divórcio, aqui está descrito tudo que você tem direito, se você quiser ler fique a vontade.

Nat: Não Mat, fica tranquilo, eu confio em vocês dois.- assinei as duas cópias sem ler mesmo

Mandy: Parabéns amiga!

Nat: Pelo que? Por que eu tô solteira novamente?

Mandy: Não sua bobinha, você se tornou sócia de uma loja de fama, você deveria estar feliz com isso.

Nat: Como assim?

Mat: Você deveria ter lido o divórcio, nunca mais assine nada sem ler, por mais simples que você ache ser. Nós, eu e Mandy, te demos 33,33% da nossa loja, isso te torna uma dona, nós três temos igualmente a posse da loja.

Nat: Que loja é essa que vocês não falam o nome.

Mandy: Faz pouco tempo que você nos falou o local que estava trabalhando, quando você nos disse nós estranhamos e ficamos surpresos.

Nat: Por quê?

Mat: Nós somos donos da Beauty's.- meu queixo caiu

Nat: Então você está me dizendo que agora eu sou uma das donas de uma das lojas mais famosas da América do Sul? A loja que eu passei quase seis meses trabalhando sem saber quem eram os donos.

Mandy: Isso mesmo, nós quase nunca vamos lá, o Mat vive muito na delegacia e eu fico nos sets de gravação, deixamos toda a direção da empresa nas mãos de Graça.

Depois de um tempo eu fui para o meu apartamento, liguei pra Val contando tudo que aconteceu e fui tentar assimilar que agora eu seria uma mulher com a vida estruturada e independente, ia finalmente poder me afastar definitivamente da minha família.

Estava deitada quando decidi ir na loja, me arrumei e chamei um uber. Quando cheguei lá todo olharam pra mim, parei, observei minha roupa e estava tudo normal, cheguei perto da Valesca, uma amiga do tempo de vendedora.

Nat: Valesca o que tem de errado comigo, por que está todo mundo me olhando? Eu nem estou menstruada.

Valesca: Bom dia senhora Natasha, não tem nada de errado na sua roupa.

Nat: Por que está me chamando de senhora? Para com isso.

Valesca: Sim sen... Natasha. Mas você agora é uma das donas e todos estão surpresos por ver um dos donos aqui na loja, ainda mais um dos donos que trabalhou aqui conosco.

Nat: Eu conheci diretamente os donos daqui e não sabia quem eram, só descobri à alguns dias atrás, e posso afirmar que se eles não veem aqui é porque além de confiar muito em vocês , eles são bastante ocupados.

Valesca: Não pense que eu estou me queixando Natasha, acho até melhor trabalhar sem ter alguém colocando pressão em você, mesmo que indiretamente.

Nat: Eu entendo, mas não vim aqui pra ficar avaliando trabalho de ninguém, até porque eu sei na prática como cada um de vocês trabalha, eu vim falar com Graça, você sabe se ela está?

Valesca: Eu vi ela chegando, se ela saiu não cheguei a ver, mas a senhora pode ir lá, já que a senhora é a dona.- ela deu uma risadinha- me desculpa Natasha.

Nat: Não precisa se desculpar Valesca, eu não vou ser aquela chefe carrasca, até porque eu ainda estou tentando assimilar essa história de ser chefe. Eu quero que todos os funcionários se sintam livres para poder vim e falar abertamente comigo sobre qualquer coisa.

Valesca: Se você me der licença eu vou atender aquela cliente que chegou.

Valesca foi atender a cliente e eu subi pra me encontrar com Graça, mas nem ela nem Welington estavam na loja, fui pra sala dos donos, como é estranho falar isso, fiquei vendo algumas planilhas no computador.

Henry narrando

Estava tudo certo entre Josh e Val, finalmente eles conseguiram se acertar, ele só não ia contar os nossos planos pra ela pra não coloca-la em risco. O nosso novo plano está quase pronto, falta só organizar alguns tópicos de fuga e encontro, mas Josh está fazendo isso neste exato momento, eu estou aqui vistoriando os nossos carros e vendo se eles estão devidamente organizados: sem placa, com as armas dentro, se tem algum cabo fora do lugar, essas coisas. Josh entra na garagem.

Josh: Eai mano, tudo certinho ai?

Henry: Pelo que eu vi tudo está no seu devido lugar, falta só saber se os caras estão prontos.

Josh: Acabei de falar com eles na reunião e eles me disseram que estão todos prontos, eles subiram pra colocar o uniforme e já estão descendo.

Henry: Então vamos também, que eu odeio atrasos.

Subimos e colocamos nossos uniformes (que consistiam em: casaco preto de manga comprida e capuz, calça preta, luvas pretas e máscara preta.), sabíamos que esse estilo de roupa chama atenção, mas essa era nossa intensão, sermos vistos sem ser reconhecidos.

O plano estava pronto: entrar na loja, render os funcionários, ir pra terceira sala do terceiro andar (onde fica o cofre), arrombar o cofre e sair pelos fundos onde os carros já vão estar esperando por nós. Quem ia subir pro terceiro andar ia ser eu e Josh, e os outros iam ficar com os funcionários embaixo.

Chegamos nos arredores da loja, terminamos de colocar as máscaras e luvas e entramos na loja com armas nas mãos, os nosso olheiros escolheram uma hora em que tinham poucos clientes na loja, o pessoal rendeu eles e os funcionários e eu e Josh subimos para o terceiro andar, isso tinha que ser feito o mais rápido possível antes que alguém notasse o movimento dentro da loja e ligasse para a polícia, tinha que ter alguém que fosse experiente em arrombar cofres e portas, nós dois somos os melhores nisso então fomos, sempre alertas com qualquer movimento, aqui em cima fica o estoque e as salas dos chefões, e pelo que os olheiros viram eles não veem aqui com frequência. Chegamos lá na terceira porta e quando abrimos eu fiquei paralisado.
Henry: Você!?

Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora