Natasha (Nat), uma jovem de 17 anos, conhece Henrique (Henry) na escola, brigam muito, mas mesmo assim percebem que se gostam. Mas Nat não sabia que Henry escondia um segredo que talvez não fosse muito bem aceito pela sociedade, e quando ela descobr...
Hoje era o dia do meu casamento forçado, minha mãe está radiante, está parecendo que o casamento é dela e não meu. Val ficou aqui em casa também para nos arrumarmos juntas e quando minha mãe saiu com meu pai pra ver os preparativos da igreja eu contei a ela toda a conversa que eu tive com Mateus, ela ficou doida e disse que eu tinha que aceitar, mas eu ainda estava pensando, por enquanto eu não tinha decisão formada. Quando terminei de me arrumar faltava 10 minutos para o casamento, Val tinha ido na frente com minha mãe e eu fiquei com o meu pai, ele estava com um terno branco combinando com a cor da decoração, que eu e Mat tínhamos combinado em ser vermelho com branco mesmo. O que eu estava gostando mais até agora era do meu vestido, é longo com cauda, tomara que caia com detalhes de renda da cintura pra cima, todo vermelho.
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(mais ou menos esse da imagem, só muda a cor)
Assim que cheguei na casa de Mat (local do casamento) escutei a música que tínhamos escolhido para a entrada que seria Set fire to the rain – Adele, escolhemos pelo ritmo lento dela. Meu pai estendeu o braço, me olhou no olho e falou:
Carlos: É agora filha, obrigado por isso.
Nat: Sim pai, mas coloque na sua cabeça que eu só estou fazendo isso por mim, se eu não fosse presa por quebrar o contrato eu não estaria aqui.- falei a realidade, o que eu estava sentindo, ele não falou mais nada e me conduziu pra entrada do jardim.
Quando entramos vi as poucas cadeiras no jardim, só com alguns familiares mesmo. As testemunhas (Val e um amigo de Mat que não lembro o nome), o juiz e Mat no altar me esperando, ele como meu pai estava de terno branco a diferença era a flor branca que ele usava no bolso. Cheguei no altar e segurei o braço de Mat.
O juiz fez toda a cerimônia e trocamos as alianças, foi uma cerimônia bonita, depois fomos para um salão que Mat e o pai dele tinham alugado pra fazer a festa de comemoração, decidi não fazer igual às outras noivas e trocar de vestido, escolhi o meu de um modelo que a saia era removível e ficava com uma saia curtinha só de uma cor diferente, a cor que eu escolhi foi preta, no carro de Mat em direção ao salão eu tirei a saia.
Mat: Calma ai mocinha, a lua de mel é mais tarde.- gelei, tinha me esquecido dessa parte do casamento, e eu acho que ele percebeu- Calma, eu não vou fazer nada com você, eu tenho uma pessoa, quer dizer acho que tinha, não sei, mas isso é outra história.
Nat: Sei muito bem como é isso, mas hoje é dia de alegria, eu acho, e não vamos deixar isso acabar com essa comemoração.- por incrível que pareça eu sentia que podia confiar nele, sentia uma grande amizade começando a ser formar.
No salão estava tudo lindo, o bolo de três andares e os variados docinhos em uma mesa chamaram a minha atenção, estava muito ansiosa para ver quantos ia sobrar pra poder cair de boca naqueles doces. Como todo casamento, o meu não poderia deixar de ter a valsa dos noivos, já que eu estava me divertindo com o casamento (não sei como se casar forçado faz graça) ia morrer de rir com a valsa, por que eu não sei dançar direito. Começou a tocar a música e Mat veio na minha direção e começamos a dançar na mesma hora todos os convidados fizeram um círculo ao redor de nós, com pouco tempo depois alguns convidados começaram a escolher pares e dançaram conosco, eu já tinha perdido a conta de quantas vezes eu tinha pisado no pé de Mat, mas mesmo assim ele ainda estava morrendo de rir igual a mim.
Quando a festa acabou (depois de eu comer muitos docinhos e salgados com champanhe), estava na hora de irmos pra lua de mel, mesmo ele tendo me prometido mais cedo que não iria fazer nada comigo eu estava com muito medo. Subimos no carro dele e eu ainda não sabia para onde iriamos.
Mat: Eu escolhi passarmos essa "lua de mel"- fez aspas com as mãos- na fazenda do meu pai, vai ser bom pra nós, o verde, o rio, e o melhor: tem três quartos, ou seja, não vamos dormir no mesmo quarto.- me tranquilizei e ri sem graça
Chegamos na fazenda vinte minutos depois, um local enorme, tinha alguns animais que eu não vi direito quais eram pelo fato de estar de noite, mas o que chamou atenção foi a casa: um primeiro andar feito de madeira num tom claro, simplesmente perfeita. Quando entramos parecia que estávamos em um palácio e não em uma fazenda, tudo decorado com coisas de cristal. Fiquei maravilhada com tudo, lá em cima ele me mostrou a minha suíte e disse que ia me ajudar a arrumar minhas roupas no closet, já que ele pretendia passar dois dias aqui. Depois que arrumamos as minhas roupas e as dele (tive que ajudar também, né?), fomos para a sala e ele falou:
Mat: Você já se decidiu sobre o divorcio?
Nat: Ainda não, mas eu acho que vou seguir o seu conselho.
Mat: Bem, você é que escolhe. Mas eu acho que pra termos um relacionamento, digamos assim, temos que saber pelo menos um pouco sobre o outro.
Nat: É, realmente, diz ai o que você quer saber de mim?
Mat: Nem sei por onde começar...- ele pensou um pouco- você gosta de alguém?- já ia começar por ai?
Nat: Digamos que não sei.
Mat: Como assim, não sei?
Nat: É que peguei o meu namorado beijando uma das minhas colegas de classe no meio da escola.
Mat: Ah desculpe.
Nat: Não, tudo bem. Mas e você? Gosta de alguém?
Mat: Antes do meu pai inventar essa história eu namorava com uma menina que conheci na faculdade. Quando eu contei a ela sobre a história ela não quis aceitar bem, mas depois ela entendeu o meu lado e estamos juntos.
Nat: Que bom, quero conhecer ela, se não for constrangedor pra vocês, lógico.
Mat: Por mim tudo bem, vou falar com ela pra ver se ela aceita.
Nat: Minha vez. Comida preferida?
Mat: Amo salmão.- ficamos conversando tanto que quando olhei já era madrugada.
Nat: Eu acho que eu vou dormir. Estou morrendo de sono.
Mat: É, eu também vou.- nos levantamos- Se precisar de alguma coisa pode me chamar, você sabe onde fica o meu quarto. Boa noite.
Nat: Boa noite.- ele me deu um beijo na testa e foi pro quarto dele
Até que eu estava gostando dele, pelo meu visto a nossa amizade ia ser boa.