Henry narrando
Polícia: Se rendam, o banco está cercado, não tem como vocês saírem ilesos.
Henry: Se eles pensam que vamos nos entregar facilmente estão muito enganados. -Falei pra Josh -Fiquem calmos que não vamos fazer nada com vocês, mas pra garantir a nossa saída vamos ter que levar um refém conosco.- As pessoas começaram a se agitar.- Quem vai conosco é você.- apontei pra Nat.
Nat: Mas porque eu cara? Tem tanta gente aqui e você me escolhe.- não entendi se ela estava com medo ou se estava fazendo um teatrinho
Henry: Não adianta argumentar, quem vai é você.
Peguei ela e coloquei no meu ombro, ela começou a se debater, e a gritar e um cara da gangue que não conheceu ela deu uma coronhada e ela desmaiou, fiquei com muita raiva dele, mas não podia fazer nada agora porque eu tinha que fugir da polícia. Falamos pros policiais que estávamos com uma refém e entramos em dois carros diferentes, eles seguiram o outro carro e eu consegui sair sem ninguém ver e fui para o esconderijo. Assim que chegamos no esconderijo eu dei um soco bem dado no rosto de Francis (foi ele quem deu uma coronhada em Nat), começou a escorrer sangue do nariz dele
Francis: Ai porra. Por que você fez isso?
Henry: Retribuindo a coronhada que você deu em Nat. Reze pra que nada demais tenha acontecido com ela ou você vai ter mais consequências do que um simples soquinho.
Francis: Foi mal cara, eu não sabia que era ela.- ele falou e saiu da sala em direção ao banheiro
Coloquei Nat deitada no sofá e fui buscar gelo pra colocar na cabeça dela, passou em torno de uma hora e o pessoal que foi perseguido pela polícia chegou.
Henry: E ai. Como vocês estão?
Josh: Cada vez está ficando mais difícil escapar da polícia, desta vez conseguimos despistar eles, mas não sei se vamos ter a mesma sorte na próxima vez que isso acontecer.
Henry: Temos que começar a ter mais cuidado e calcular muito mais os nosso planos.- nessa hora Nat começou a se mexer e eu vi que ela estava acordando- Vão lá pro escritório, daqui a pouco eu chego lá,- eles acenaram com a cabeça e saíram
Nat: Onde eu estou? O que aconteceu comigo? Por que minha cabeça está doendo? Por que você está na minha frente? Por que...- interrompi
Henry: Calma, uma pergunta de cada vez. Vou responder todas, mas preciso que você não faça muito esforço, você levou uma pancada muito forte na cabeça e precisa de repouso.
Nat: Eu não quero repouso, eu quero ir pra casa, eu quero que você saia da minha frente, minha vida estava tão boa até você aparecer. Por que você sempre estraga tudo?- me despedaçou total
Henry: Nat, eu quero te explicar o que aconteceu naquele dia da escola...- ela me interrompe se levantando bruscamente
Nat: EU NÃO QUERO SABER DE NADA!- ela fica tonta e cai, eu seguro ela e deito novamente
Henry: Eu te entendo, já que você não quer me escutar, eu peço que você fique aqui e descanse mais um pouco, pode subir pro meu quarto se quiser, primeira porta a direita, só tem ele e o quarto de Josh lá, entendeu?
Nat: Sim.
Henry: Ok, pode subir pra lá, fique a vontade.- abri a carteira e coloquei uma certa quantia do lado dela- quando você se sentir melhor pode sair e pegar um táxi.
Nat: Não preciso do seu dinheiro, meu marido...- interrompi-a novamente
Henry: Foda-se o seu marido, você vai aceitar o dinheiro e pronto. Peço desculpas por ter te trazido pra cá, mas eu precisava sair e tenho certeza que você reconheceu minha voz, só peço que você não conte nada, nem sobre mim e os caras, nem sobre a localização do esconderijo.
Nat: Eu nunca contaria.
Henry: Ok, vou pro escritório agora, fique tranquila porque se a reunião terminar eu não vou ficar aqui, então pode ficar no meu quarto até a hora que você quiser. Adeus Nat.
Sai antes dela me responder e deixei-a lá, se ela não queria me ouvir eu que não iria começar a falar mais.
Nossa reunião fluiu bem, conseguimos fazer a divisa de quanto ia ficar pra cada um (um bom dinheiro), não fui olhar se Nat ainda estava lá, fui direto pra minha casa, entrei debaixo do chuveiro e chorei muito, ainda bem que ninguém veio pra cá, sem querer ser machista, mas como eu ia explicar pros meus comparsas que eu estava chorando depois de termos feito um roubo bem sucedido. Foi melhor eu ficar sozinho, quando sai do banheiro fui direto pra minha cama e com pouco tempo adormeci.
Nat narrando
Depois que Henry saiu da sala eu fui pro quarto dele, não quis escutar nenhuma explicação dele porque não queria mexer em uma ferida que estou tentando fechar, fui tomar um banho quente pra relaxar e decidi que depois do banho eu ia embora, mas ainda estava me sentindo um pouco tonta e me deitei na cama, mas me arrependi na mesma hora que fiz isso, o cheiro dele estava por toda parte, tentei resistir ao máximo, mas não consegui segurar o choro, minha vida estava toda ao contrário do que eu queria. Eu sei que é coisa de imaginação de menininha, mas quem não quer encontrar o "príncipe encantado", se mudar pra um "palácio", ter a família perfeita? A minha vida estava horrível, na escola minhas notas estavam caindo; eu tive que casar com um cara que eu nem conhecia e que já tinha uma namorada; o cara que eu amei, amei não, ainda amo, ficou com a garota que eu mais odeio na minha vida; meus pais não me apoiam em nada que eu faça. Com esses e outros pensamentos acabei adormecendo na cama de Henry.
Acordei desnorteada e olhei a hora em um relógio que tinha na parede, eram 4:30 da manhã, já estava mais do que na hora de ir pra casa, conhecia pouco da região (porque era perto da escola), mas o suficiente pra saber que na esquina tem um orelhão, peguei minhas coisas e liguei pra Mat.
*Ligação on*
Mat: Alô?
Nat: Oi Mat, você pode mandar um táxi pra mim.
Mat: Ai meu Deus Nat, onde você está? Eu vou te buscar.
Nat: Não precisa vir, pode ficar ai com Mandy, só manda um táxi pra mim, pra praça que tem a duas quadras da escola.
Mat: Fiquei ai, chego rapidinho.
Nat: Mas Mat...
*Ligação off*
Ele desligou na minha cara, fui pra pracinha perto da escola que era na outra rua. Esperei uns dez minutos e o carro de Mat encosta, ele desce e vem na minha direção.
Mat: Você está bem? O que eles fizeram com você?
Nat: Calma, eles não fizeram nada comigo, só me levaram do banco mesmo. Mas como você sabe?
Mat: Eu trabalho na policia, eles tinham que me contar que minha esposa tinha sido sequestrada por assaltantes de banco.
Nat: Eles não fizeram nada comigo, colocaram uma venda em mim e me trouxeram pra cá, deixaram esse dinheiro pra pegar um táxi e falaram que era pra tirar a venda depois que o carro saísse.- que mentira mais idiota
Mat: Você viu o rosto de algum deles? Falaram algum nome ou alguma coisa que ajude a identifica-los? Eles te deram dinheiro?
Nat: Se falaram alguma coisa do tipo eu não prestei atenção porque eu estava apavorada. Sim, eles me deram dinheiro e eu perguntei porque e um me disse que eles não estavam interessados em mim, e não queriam me fazer mal, eu tinha sido só a passagem deles pela polícia.
Mat: Depois você vai ter que ir na delegacia prestar esclarecimentos, mas agora vamos pra casa, você deve estar cansada e com sono.
Nat: Muito.- mentira
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Amor ao Crime
RomansaNatasha (Nat), uma jovem de 17 anos, conhece Henrique (Henry) na escola, brigam muito, mas mesmo assim percebem que se gostam. Mas Nat não sabia que Henry escondia um segredo que talvez não fosse muito bem aceito pela sociedade, e quando ela descobr...