Nat narrando
A primeira coisa que fiz no quarto foi tirar as roupas da minha mala, enquanto isso Henry saiu e não sei para onde foi; depois fui tomar um banho pra relaxar (ao som de Play Hard-David Guetta), quando terminei me lembrei que tinha deixado a roupa em cima da cama, fui saindo do banheiro e vi que Henry não tinha voltado ainda corri e tranquei a porta, quando estava quase terminando de me arrumar alguém tenta abrir a porta.
XXX: Nat, você tá ai? Abre a porta.- era Henry
Nat: Espera eu tô vestindo uma roupa.
Henry: Então pode abrir assim mesmo.
Nat: Deixa de ser idiota.
Terminei de colocar a minha roupa e abri a porta.
Henry: Que pena, perdi o espetáculo. Era pra ter aberto mais cedo.
Nat: Deixa de ser idiota!
Henry: Se eu fosse você eu trocaria de roupa e colocaria uma mais formal.
Nat: Pra que? Eu quero dormir.
Henry: Não, você dormiu o caminho todinho e agora nós vamos jantar.
Ele falou e entrou no banheiro, escutei a água caindo, então supus que ele estava tomando banho (lógico), eu troquei de roupa (coloquei um vestido roxo coladinho de manga curta de renda e na metade da coxa; uma sapatilha preta; uma maquiagem simples e uma trança no cabelo), e fiquei sentada na cama falando com Val pelo Whatsapp enquanto esperava Henry. Quando ele saiu do banheiro estava só de cueca boxer preta e enxugando o cabelo com a toalha, não posso negar que aquele corpo me chamou muita atenção, mesmo a barriga dele não sendo definida era linda, os músculos do braço se ressaltando com a força pra enxugar o cabelo, as pernas bem proporcionais ao corpo. Me perdi totalmente naquele corpo até que ele me faz voltar a si quando pigarreia.
Henry: Gosta do que está vendo?
Nat: Er... eu... claro que não, não faz o meu tipo, eu prefiro os que tem o tanquinho bem definido, me dê licença, aqui está quente, vou lhe esperar lá fora.
Que loucura foi aquela, de uma hora pra outra subiu um calor pelo meu corpo, que eu não estava me aguentando, sentei em um banquinho do corredor esperando Henry sair do quarto. Quando ele saiu estava divino (uma camisa rosa com mangas dobradas até o cotovelo, uma calça jeans preta e um sapato social também preto), me levantei.
Henry: Que tal? Gostou?
Nat: Dá pro gasto. Pelo menos você não vai ficar com um trapo do meu lado.- menti um pouquinho
Henry: Poxa magoou, Vamos logo que eu estou morrendo de fome.
Fomos ao restaurante do hotel e pegamos o cardápio, eu pedi um filé de peixe e ele pediu um bife com salada, pra acompanhar ele fez questão de pedir uma garrafa de vinho branco, enquanto comíamos, ele sempre ficava dando umas olhadas meio estranhas que eu não entendi direito, mas deixei pra lá. De sobremesa pegamos tapioca de doce de leite. O garçom trouxe a conta e quando eu peguei Henry tomou da minha mão.
Henry: Faço questão de pagar.
Nat: Mas não foi só você que comeu, então eu quero pagar pelo menos o que eu consumi.
Henry: Não, fui eu que te convidei então eu pago, faço questão.- eu ia rebater que eu tinha que pagar, que não ia aceitar isso dele –Mas se você faz tanta questão de pagar alguma coisa, o que você achar de irmos tomar um sorvete na praia?
Nat: Pode ser.- até onde ele ia levar aquela história?
Saímos andando mesmo em direção à praia, era só uma quadra de distância do hotel, no meio do caminho ele tentou pegar a minha mão, mas eu achei melhor não ter essa intimidade com ele, já que em um dia ele me deu um beijo e no outro me ignorou. Quando chegamos na praia, fomos em direção ao quiosque comprar o sorvete. Tudo estava simplesmente lindo, a praia não tinha quase ninguém, a lua estava cheia, tudo perfeito mesmo. Ficamos uns 30 minutos sentados na areia (o que foi difícil com meu vestido), percebi que as vezes ele me olhava e quando eu olhava pra ele, ele desviava a atenção, até que não aguentei mais esse silêncio.
Nat: No avião você me disse que ia me contar o que aconteceu, acho que já está na hora de começar.
Henry: Não, agora não é o momento certo, não quero estragar essa semana, prometo a você que no dia em que vamos viajar de volta eu te conto, pelo menos assim se você não quiser me ver mais já estamos voltando pra casa e não vamos ficar no mesmo quarto.
Nat: Eu acho que você está me enrolando e isso tudo foi frescura sua.
Henry: Pode ter certeza que não é isso, eu só preciso que você confie em mim. O que você acha de darmos um mergulho?
Nat: Você tá louco, eu nem coloquei meu biquíni.
Henry: Sem problema, vai de lingerie mesmo, você deve ficar linda.
Nat: Ah, então está explicado, isso tudo foi um plano seu de me ver só com sutiã e calcinha, sabia que eu não ia deixar você pagar a contar sozinho, ia me trazer pra praia e ia me fazer essa proposta, sabendo que eu nunca ia recusar um convite de ir pra água.
Henry: É, digamos que foi um pouco planejado sim.
Nat: Posso garantir, até apostar que você está de sunga.
Henry: Então aposte uma grana alta porque assim você fica rica, porque eu tô com sunga sim, e aí, vamos? –ele falou e estendeu a mão pra mim, peguei sua mão e tirei o vestido e a sapatilha, ele tirou a roupa e o sapato e estava com uma sunga verde bem coladinha (ainda bem que estávamos indo pra água, porque eu estava começando a ficar com calor, kkk).
Passamos uns 10 minutos até que eu me viro em direção à nossa roupa que deixamos na areia e tinha um cara remexendo na minha bolsa e na carteira de Henry, eu gritei pra ele deixar lá e ele pegou tudo que estava lá, jogou os documentos na areia e saiu correndo com nossas roupas (ainda bem que deixamos os telefones no quarto). Saímos da água e pegamos os documentos.
Nat: Eu não acredito que eu vou ter que voltar pro hotel assim.
Henry: Pelo menos você está linda.
Nat: Deixa de ser ridículo, porque a culpa disso ter acontecido foi sua.
Henry: Como assim minha? Você se esqueceu de que ele também levou minha roupa e minha carteira? Não percebeu que eu estou só de sunga pra voltar pro hotel assim também?
Nat: É eu sei, mas se você tivesse me deixado dividir a conta com você, eu não estaria aqui agora. Eu fiquei achando que eu tinha que recompensar você.
Henry: Pode ter certeza que com essa visão que eu estou tendo, me sinto totalmente recompensado, estou até achando que vou pagar as nossas refeições durante toda semana.
Nat: Idiota. –bati no ombro dele- Vamos logo, tô começando a ficar com frio.
Voltamos pra hotel e por incrível que pareça as pessoas não acharam estranho eu e Henry com essas roupas, não vi ninguém fazendo cara estranha nem xingando. Quando entrei no quarto ia tomar banho, mas Henry me empurrou pra cama e correu pro banheiro gritando: Eu vou primeiro.
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Amor ao Crime
DragosteNatasha (Nat), uma jovem de 17 anos, conhece Henrique (Henry) na escola, brigam muito, mas mesmo assim percebem que se gostam. Mas Nat não sabia que Henry escondia um segredo que talvez não fosse muito bem aceito pela sociedade, e quando ela descobr...