Capítulo 14

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Nat narrando

Escutei a porta da frente bater e Val entrou logo em seguida, me abracei nela e chorei muito, não sei até que hora ficamos assim, mas adormeci nos braços dela.

No outro dia acordo com Val perguntando se eu ia pra escola, eu não estava com vontade nenhuma, mas ela me lembrou que o trabalho tinha que ser apresentado hoje, eu não podia deixar as meninas na mão, me levantei, me arrumei, comi o café da manhã que Val tinha feito e fomos pra aquele cenário de The Walking Dead que é a escola.

Cheguei e percebi que Val estava procurando ele, mas pelo visto ele estava atrasado que eu também não achei ele, ou então ele estava fazendo algo melhor do que estudar, o projeto de puta (Renata) estava lá na sala toda sorridente contando pros carrapatos (seguidoras) dela como foi o beijo que ele tinha dado em Henry, tentei não prestar atenção na conversa. Mas pra acabar com minha felicidade ele chegou com uns 10 minutos depois, fechei o rosto e não olhei pro lado dele. Na hora da apresentação eu fiz de tudo pra não olhar pra ele, mas quando eu tinha que olhar pra alguém do lado dele percebi que ele não tirava o olho de mim. Apresentamos e tiramos 5 pontos que era a nota mais alta. Na hora da apresentação de Henry ele não tirava o olho de mim, até quando a professora fez uma pergunta à ele, não tirava o olho de mim, isso me incomodou muito. Mas também só esperei a aula terminar e fui correndo pra casa, Val também decidiu ir comigo, mesmo eu insistindo muito pra ela não perder a aula e se prejudicar ela disse que não ia me deixar só em um momento igual a esse.

Ficamos a tarde comendo brigadeiro, pipoca e assistindo filme. De noite meu telefone tocou e eu não quis olhar quem era, mas Val foi ver se era importante.

Val: Amiga, é a sua mãe.

Estranhei, tinha falado com minha mãe fazia dois dias e ela disse que estava tudo bem e estava querendo marcar um dia pra nos encontrarmos, achei meio estranho mas achei que fosse saudade, mas ligar hoje de novo.

#Ligação on#

Nat: Mãe?

Beth: Oi filha, tudo bem?

Nat: Tudo mãe, o que aconteceu?

Beth: Nada filha, só queria saber se você poderia vir aqui em casa pra conversarmos um pouquinho.

Nat: Pode ser amanhã? É porque hoje teve uns problemas aqui e Val tá aqui comigo também.

Beth: Pode sim filha, mas você vai perder aula amanhã?

Nat: É mãe, os problemas têm a ver com a escola, achei melhor passar pelo menos um dia um pouquinho longe.

Beth: Ok filha, estou te esperando aqui amanhã. Beijo

Nat: Beijo mãe, tchau.

#Termino da ligação#

Val: O que foi amiga?

Nat: Nada de importante, ela só está querendo falar comigo, eu vou lá na casa dela amanhã.

Val: Olha eu tenho uns problemas em casa e tenho que ir, você vai ficar bem?

Nat: Vou sim, pode ir, amanhã eu te ligo pra dizer o assunto da conversa da minha mãe.

Val: Ok amiga, até amanhã, fica bem. Não liga pra aquele ridículo.

Nat: Tá bem amiga, tchau.

Ela foi embora e eu fui dormir, passei um tempinho embolando na cama, mas consegui ter um sono tranquilo. Acordei de 8 horas, tomei banho, fiz panquecas pra tomar café, sai de casa de 9:30, e fui pra casa da minha mãe, cheguei lá e ela tava com meu pai na frente de casa cuidando do jardim, estacionei o carro na garagem da casa, ainda bem que tinha uma vaga a mais.

Beth: Bom dia minha filha.

Carlos: Bom dia filha.

Nat: Bom dia mãe, pai. Tudo bem?

Carlos: Tudo sim, vamos entrar pra tomar um chá.

Beth: Boa ideia, eu vou colocar a água pra esquentar.

Nat: Pra mim não precisa, eu acabei de comer.

Entramos, minha mãe fez o chá e nos sentamos no sofá.

Nat: O que vocês querem falar comigo?

Beth: Eu não sei se você vai acha um assunto muito interessante.

Carlos: Eu acho que você não sabe, mas nesses seis, sete meses que você saiu de casa as coisas pioraram muito aqui em casa.

Nat: Eu não sabia, porque vocês não me disseram? Eu poderia ajudar vocês de alguma forma.

Beth: Não precisou, teve um amigo nosso que nos ajudou.

Carlos: Você sabe como nós te amamos muito, né?

Nat: Sei sim.- estranhei, por que quando eu era mais nova eles não ligavam tanto pra mim assim

Beth: Você se lembra do Tales, foi ele que nos ajudou.- acenei com a cabeça, lembrei que desde quando eu era pequena eu me lembro dele brincando comigo e com o filho dele, só não estava lembrada do nome do filho dele.

Carlos: E do filho dele Mateus? Você se lembra?- acenei novamente, e me lembrei que era Mateus mesmo

Nat: Mas me digam uma coisa. Como foi que ele ajudou vocês? Em troca de que?

Beth: É nessa parte que você entra.- comecei a estranhar essa conversa.

Nat: Como assim?

Carlos: Ele ficou muito feliz em nos ajudar, mas para isso ele queria algo em troca, tentamos negociar o pedido dele, mas não conseguimos, e também não dava pra ficarmos sem o dinheiro.

Nat: E o que era que ele queria mesmo?

Beth: O Mateus se formou a uns dois anos em direito e agora ele está na policia da cidade.

Nat: E o que eu tenho a ver com isso?

Carlos: Tales alegou que ele trabalhando em um lugar tão desgastante como na polícia ele não ia ter tempo pra conseguir uma esposa.

Nat: Eu não me importo que um cara não vai conseguir uma mulher porque está trabalhando, certo está ele, amor hoje em dia não está valendo a pena.

Beth: Você pode não se importar, mas o trato que ele fez conosco foi que ele nos ajudaria se você se casasse com Mateus.

Nat: O quê? Eu não vou casar com ele! Eu vou pensar no meu futuro, terminar o ensino médio e fazer minha faculdade de engenharia.

Carlos: Você não tem escolha, ele tem um contrato assinado por nós garantindo que você vai se casar com Mateus, e como você é menor de idade vai nos obedecer e vai se casar com ele sim!- sabia que tinha algo de errado em toda aquela babação deles

Nat: VOCÊS NÃO PODEM ME OBRIGAR A CASAR COM QUEM EU NÃO QUERO!

Beth: Mas você vai ter que casar se não vamos todos presos.

Nat: Como assim vamos todos presos?

Beth: Nós somos responsáveis por você até você completar dezoito anos, e assinamos um contrato como se fosse uma permissão pra você casar, e se você não se casar é considerado quebra de contrato e como o seu nome e o nosso estão incluídos no contrato...

Nat: ...todos nós vamos presos.

Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora