Capítulo 13

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Nat narrando

Quando terminamos de assistir o filme e puxei o braço de Val e falei no ouvido dela:

Nat: Amiga o que foi aquilo? Parecia que vocês iam se engolir.

Val: Acho que essa foi uma das melhores escolhas que Henry fez.

Nat: Então deu certo?

Val: Deu mais do que certo, ele já me chamou para sairmos amanhã.

Nat: Uou, tem iniciativa, gostei. Vamos se não eles vão reclamar de ficar nos esperando tanto.

Encontramos eles lá na frente, e insistimos em irmos comer batata frita, eles não aceitaram de primeira, mas depois que eu e Val dissemos que se eles não fossem nós iriamos sozinhas eles toparam, pedimos batata e milk-shake pra acompanhar (dupla perfeita). Passamos um tempo conversando, fomos pra casa de Val, ela pegou os materiais e fomos pra minha casa, os meninos dormiram na cama de casal do quarto de hóspedes (ri muito) e eu e Val dormimos na minha cama.

Eu e Val acordamos e fomos pra cozinha fazer o café da manhã, lá tinha um bilhete, peguei e li em voz alta pra Val escutar também.

Olá meninas.

Eu e Josh já fomos pra casa, não nos matem. Vim pegar o meu material que esqueci ontem e Josh veio para o centro dos Allens. Se vocês puderem avisar ao porteiro alguma coisa, por exemplo, que o pneu do carro estourou, porque vou chegar um pouquinho atrasado.

Henry

Val deu altas risadas por causa da desculpa esfarrapada de Henry, mas não podia deixar ele levar falta por minha casa, afinal de contas foi eu que não deixei ele sair ontem da minha casa, porque já estava ficando tarde.

Avisei ao porteiro assim que cheguei na escola, ele não engoliu muito bem, mas disse que ia abrir sim. Me senti aliviada, pelo menos ele não iria perder um dia de aula, já que ele tinha que manter notas e comportamento exemplar pra disfarçar o seu "trabalho".

Na hora do intervalo eu não consegui falar com ele porque eu estava resolvendo uma coisa sobre o trabalho em trio que a professora mandou fazermos tipo uma continuação. Quando as aulas terminaram eu estava indo esperar Henry no refeitório com Val, assim que chegamos no pátio (que é do lado do refeitório) eu vi uma das piores cenas da minha vida, como aquilo podia doer tanto? Eu pensava que o coração só doía quando estávamos tendo um enfarto ou coisa assim, mas me enganei.

Val: Amiga vamos embora, você não merece ver uma coisa dessas.

Nat: Eu vou matar esse desgraçado.- puxei ela pelo braço e não conseguia enxergar quase nada por causa das lagrimas nos meus olhos

Val: Eu te ajudo, eu até pensei que ele era diferente.

Nat: Eu deveria desconfiar, um cara lindo aparece na minha vida, do nada eu me apaixono perdidamente por ele, quando está tudo dando certo aquela vaca da Renata Palvin vem e rouba ele de mim.

Val: Como América Singer disse a Celeste Newsome antes dela morrer: você não precisa de nenhum homem pra conquistar nada na vida, você tem garra, tem talento. Metade das pessoas deste país dariam qualquer coisa pra ter o que você teria.

Nat: Ai amiga, só você e Kiera Cass pra me fazer sorri depois de eu ter sido corneada.

Val: Vou te levar pra um lugar pra você esquecer dele.

Nat: Não, por favor, agora não, só me leva pra casa.

Ela fez como eu pedi e me levou pra casa, assim que eu cheguei senti o meu celular vibrando dentro da bolsa e quando peguei vi que era Henry.

Val: Amiga, porque você não atende e escuta o que ele tem pra falar?

Nat: Eu não acho que deveria, mas vou dar essa chance.

*Ligação*

Nat: Alô?

Henry: Oi minha ruivinha, cadê você? Você sumiu de repente.

Nat: Eu não estava muito bem e Val me trouxe pra casa.- falei me segurando muito pra não chorar

Henry: Você tá onde? Eu vou ai. Está em casa?

Nat: Olha Henry eu acho melhor não, já estou aqui com Val, se eu precisar de alguma coisa ela pode me ajudar. Tchau.

*Termino da ligação*

Não esperei ele responder e desliguei o telefone, na mesma hora eu soltei o choro que estava segurando e Val me abraçou e não sei quanto tempo passamos ali, até que eu escuto a campainha tocar.

Val: Amiga, eu vou ver quem é.

Nat: Se for Henry, não deixe ele entrar, diz que eu estou dormindo.- ela assentiu e saiu.

Demorou um tempo sem eu escutar barulho nenhum até que escuto alguém subindo a escada, ainda bem que Val dispensou ele, a porta ia abrindo...

Nat: Então amiga quem er...- jurava que era Val, mas eu estava enganada era a pessoa que eu menos queria ver na face da Terra

Henry: Como assim você não quer falar comigo? O que foi que eu te fiz?

Nat: Eu não estou muito bem agora, você poderia sair?- Val entra no quarto

Val: Amiga eu tentei impedir mas não consegui.

Henry: Val por favor saia, eu preciso falar a sós com Nat.- ela olhou pra mim esperando algum tipo de resposta e eu assenti com a cabeça e ela saiu- Será que você pode começar a falar?

Nat: Eu acho que o nosso namoro tem que acabar.- como doeu falar aquilo, mas era necessário

Henry: Mais que porra que aconteceu com você? Por que você quer fazer isso agora?

Nat: Eu só quero terminar, não dá mais pra mim.- sei que assim eu não estava sendo convincente então pensei em algo que machucaria ele- Eu tenho a plena certeza que eu não te amo mais.- só que eu não sabia que isso ia me machucar também

Henry: Ontem você estava normal, e hoje está assim. O que foi que te aconteceu, eu fiz alguma coisa errada? Se foi, desculpa, não era minha intenção.

Nat: Ah, então quer dizer que não foi sua intenção beijar a puta da Renata Palvin no meio do refeitório na frente de todos. Faça-me um favor.

Henry: Er... Ah... Olha eu posso explicar, nã...- interrompi

Nat: Eu não quero saber de explicação, você sabe por que eu não gosto dela? Por que ela beijou um menino que eu gostava à alguns anos atrás, e a mesma cena se repete na minha frente, você ainda aca que tem o que explicar.

Henry: Mas ruivinha eu...- interrompi novamente

Nat: Nunca mais me chame assim! Sai da minha casa, por favor.

Henry: Nat me escu...

Nat: Henry, SAI DA PORRA DESSA CASA AGORA!

Amor ao CrimeOnde histórias criam vida. Descubra agora