Capítulo 22 - Patricinha em apuros (Beatriz)

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Eu acordei com a claridade do sol que estava entrando na caverna avisando que já tinha amanhecido e mais um dia estava começando.
Abri os olhos com um pouco de dificuldade até me acostumar com a claridade e assim que abri os olhos completamente vi que uma cobra se aproximava de nós.

- Aí socorro. - gritei me encolhendo toda no canto da caverna e o Gustavo acordou assustado com meus gritos e já se levantou rapidamente.

- Beatriz o que foi? - perguntou ele me olhando e a cobra agora estava muito perto de mim que já estava com os olhos arregalados.

- Gustavo tem uma cobra aqui. - falei e ele começou a procurar a cobra com os olhos, mas logo viu a cobra que estava bem perto da minha perna.

- Beatriz não se mexa. - falou o Gustavo com certo medo.

- O que? - perguntei achando uma loucura o que ele estava me pedindo para fazer. - Como assim não se mexa? Eu vou ficar aqui esperando ela me picar?

- Se fizer movimentos bruscos ela vai se assustar e irá atacar. - falou o Gustavo e pela cara dele parecia que seu medo só aumentava.

- E se eu ficar aqui não terei nem uma chance de escapar. - falei e quando mexi a perna ameaçando me levantar a cobra me picou. E eu gritei com a dor da picada.

- Não. - gritou o Gustavo arregalando os olhos enquanto eu gritava fazendo um escândalo e a cobra fugiu provavelmente assustada com os gritos.

- Bia. - falou o Gustavo e se agachou ao meu lado. - Porque não ficou imóvel?

- Eu estava desesperada. - falei agora já chorando. - Eu não quero morrer. O que eu vou fazer Gustavo?

- Você não vai morrer. - falou o Gustavo. - Tenta se acalmar, por favor.

- Falar para eu me acalmar é fácil. – falei enquanto fazia caretas. – Só que você não entende que mandar uma pessoa se acalmar só a deixa mais nervosa ainda.

- Ficar nervosa só vai ajudar o veneno a se espalhar mais rápido caso a cobra seja venenosa. – falou o Gustavo e eu o olhei com medo e já deixando algumas lágrimas rolarem. - Tenho que levar você para a fazenda o mais rápido possível.

- Eu não consigo me acalmar. - falei chorando muito.

- Vai ter que conseguir. - falou o Gustavo me olhando com preocupação. - Bia, por favor, é importante que tente se acalmar. Você disse que se sente segura quando eu estou por perto então pensa que esta segura comigo e se acalma.

- Você acha que consegue encontrar o caminho agora? - perguntei.

- Eu vou tentar. - falou o Gustavo. - Com a claridade do dia ficará mais fácil achar o caminho.

- Você não devia chupar o local da picada para tentar tirar o veneno? - perguntei. - Não que eu queira a sua boca encostada em alguma parte do meu corpo.

- Consegue me provocar ate nas piores horas. - falou o Gustavo e deu um sorriso fraco apesar da preocupação estampada no rosto.

- Eu gosto de te zoar. - falei dando um sorriso fraco. - Mas e ai vai chupar o local da picada?

- Isso é coisa de filme. - falou o Gustavo. - Não ajuda em nada a tirar o veneno da sua corrente sanguínea.

- Como você sabe de tudo isso? - perguntei impressionada.

- Eu fiz um curso de primeiros socorros. - falou o Gustavo. - O ideal seria que você ficasse com essa perna para cima, mas precisamos chegar a fazenda para você tomar o soro antiofídico. Eu posso carregar você.

Brincando de CupidoOnde histórias criam vida. Descubra agora