Eu acordei com a claridade do sol que estava entrando na caverna avisando que já tinha amanhecido e mais um dia estava começando.
Abri os olhos com um pouco de dificuldade até me acostumar com a claridade e assim que abri os olhos completamente vi que uma cobra se aproximava de nós.- Aí socorro. - gritei me encolhendo toda no canto da caverna e o Gustavo acordou assustado com meus gritos e já se levantou rapidamente.
- Beatriz o que foi? - perguntou ele me olhando e a cobra agora estava muito perto de mim que já estava com os olhos arregalados.
- Gustavo tem uma cobra aqui. - falei e ele começou a procurar a cobra com os olhos, mas logo viu a cobra que estava bem perto da minha perna.
- Beatriz não se mexa. - falou o Gustavo com certo medo.
- O que? - perguntei achando uma loucura o que ele estava me pedindo para fazer. - Como assim não se mexa? Eu vou ficar aqui esperando ela me picar?
- Se fizer movimentos bruscos ela vai se assustar e irá atacar. - falou o Gustavo e pela cara dele parecia que seu medo só aumentava.
- E se eu ficar aqui não terei nem uma chance de escapar. - falei e quando mexi a perna ameaçando me levantar a cobra me picou. E eu gritei com a dor da picada.
- Não. - gritou o Gustavo arregalando os olhos enquanto eu gritava fazendo um escândalo e a cobra fugiu provavelmente assustada com os gritos.
- Bia. - falou o Gustavo e se agachou ao meu lado. - Porque não ficou imóvel?
- Eu estava desesperada. - falei agora já chorando. - Eu não quero morrer. O que eu vou fazer Gustavo?
- Você não vai morrer. - falou o Gustavo. - Tenta se acalmar, por favor.
- Falar para eu me acalmar é fácil. – falei enquanto fazia caretas. – Só que você não entende que mandar uma pessoa se acalmar só a deixa mais nervosa ainda.
- Ficar nervosa só vai ajudar o veneno a se espalhar mais rápido caso a cobra seja venenosa. – falou o Gustavo e eu o olhei com medo e já deixando algumas lágrimas rolarem. - Tenho que levar você para a fazenda o mais rápido possível.
- Eu não consigo me acalmar. - falei chorando muito.
- Vai ter que conseguir. - falou o Gustavo me olhando com preocupação. - Bia, por favor, é importante que tente se acalmar. Você disse que se sente segura quando eu estou por perto então pensa que esta segura comigo e se acalma.
- Você acha que consegue encontrar o caminho agora? - perguntei.
- Eu vou tentar. - falou o Gustavo. - Com a claridade do dia ficará mais fácil achar o caminho.
- Você não devia chupar o local da picada para tentar tirar o veneno? - perguntei. - Não que eu queira a sua boca encostada em alguma parte do meu corpo.
- Consegue me provocar ate nas piores horas. - falou o Gustavo e deu um sorriso fraco apesar da preocupação estampada no rosto.
- Eu gosto de te zoar. - falei dando um sorriso fraco. - Mas e ai vai chupar o local da picada?
- Isso é coisa de filme. - falou o Gustavo. - Não ajuda em nada a tirar o veneno da sua corrente sanguínea.
- Como você sabe de tudo isso? - perguntei impressionada.
- Eu fiz um curso de primeiros socorros. - falou o Gustavo. - O ideal seria que você ficasse com essa perna para cima, mas precisamos chegar a fazenda para você tomar o soro antiofídico. Eu posso carregar você.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Brincando de Cupido
Teen FictionO que você faria se levasse um pe na bunda bem no dia do seu pedido de casamento? O que você faria se pedisse alguém em casamento e essa pessoa dissesse não? Beatriz sempre foi uma moça rica e mimada, mas tudo começa a mudar quando ela leva um pé na...