Mais um dia estava começando e eu e o William estávamos em casa tomando café da manhã sozinhos somente com a companhia do silêncio. Essa casa tao vazia e silenciosa parecia tao estranha que nem parecia ser a nossa casa.
- Bia eu vou sair para procurar emprego. - falou o William finalmente quebrando o silêncio e em seguida tomou um gole de seu leite.
- Como é o nome do filme? - perguntei fazendo um cara pensativa e ele me olhou confuso. - A espera de um milagre.
- Como você é pessimista. - falou ele revirando os olhos.
- Sou realista. - falei. - Quem vai querer nos contratar sendo que a gente não sabe fazer nada?
- Não custa nada tentar. - falou o William. - Eu pedi carona para o Léo e ele disse que me leva. Vamos a uma agência de empregos.
- Isso é legal. Tomara que consiga algo. - falei. - Eu vou ficar aqui limpando a casa. Vou ter que aprender a fazer isso e terei que aprender a cozinhar também. Ainda bem que existe YouTube. A Laura vai vir me ajudar a fazer um currículo para poder mandar pela internet.
- Perfeito. - falou o William. - Quem sabe você não consegue algo.
- Como você disse não custa tentar. - falei e nós continuamos tomando o nosso café da manhã tranquilamente.
Quando terminamos o café não demorou muito para que escutassemos uma buzina em frente ao prédio. Na verdade nós ouvíamos muitas buzinas em frente ao prédio ao longo do dia, mas essa buzina estava insistente.
- Será que é o Léo buzinando? - perguntou o William.
- Se for ele, ele tem que se adaptar. - falei. - Não dá para ele ficar buzinando na frente de um prédio e querer que a gente adivinhe que é ele. Isso só funcionava lá em casa porque era uma casa só.
- Todos vão ter que se adaptar. - falou o William e o telefone dele começou a tocar. E ele logo atendeu. - Alô?
- Will você está surdo? - perguntou o Léo no telefone. - Faz uma meia hora que eu estou buzinando aqui na frente do prédio.
- Léo seu maluco não moramos mais em uma casa. - falou o William. - O que mais ouvimos durante o dia na frente desse prédio são buzinas.
- Tá. Eu já estou aqui. - falou o Léo. - Desse logo hein.
- Já estou indo Léo. - falou o William e logo eles encerraram a ligação.
- Ele estava bravo? - perguntei.
- Ele não fica bravo comigo apesar de fazer parecer que está. - falou o William já se levantando da mesa. - Eu vou indo.
- Vai lá. - falei me levantando da mesa também. - Boa sorte Will.
- Obrigado Bia. - respondeu o William e sorriu. - Boa sorte para você também.
- Obrigada. - falei com um sorriso e o William saiu do apartamento.
Agora, sozinha em casa, eu olhei para os lados meio confusa sem saber por onde começar e o que fazer, mas logo vi uma pilha de roupas sujas que estava em cima do sofá.
- Eu preciso lavar roupa. - falei respirando fundo e em seguida soltei o ar. - Ok. Não deve ser tão difícil. É só colocar sabão na máquina e girar o botãozinho. O resto ela faz. Eu posso fazer isso.
Sendo assim eu separei as roupas claras das roupas escuras e depois coloquei as roupas claras na máquina para lavar primeiro. Ainda bem que eu sabia ao menos que as roupas brancas deveriam ser lavadas separadas das coloridas porque seria uma tragédia se eu estragasse todas as roupas claras na hora de lavar.
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Brincando de Cupido
JugendliteraturO que você faria se levasse um pe na bunda bem no dia do seu pedido de casamento? O que você faria se pedisse alguém em casamento e essa pessoa dissesse não? Beatriz sempre foi uma moça rica e mimada, mas tudo começa a mudar quando ela leva um pé na...