Capítulo 27 - Falidos (Beatriz)

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- O que é isso? – perguntei indignada depois que o policial já tinha me algemado.

- Algemas conhece? - perguntou o policial e eu reconheci o policial. Era o mesmo policial que nos prendeu no dia da confusão de dia dos namorados.

- Claro Que eu sei o que é uma algema. Eu não sou burra. – falei e o policial ficou olhando para mim provavelmente me reconhecendo também. - Você não pode me algemar como uma criminosa. O único crime acontecido aqui foi o assassinato do meu cartão de crédito. 

- Beatriz fica quieta. - falou o Gustavo me encarando. - Só vai piorar a sua situação.

- Não me manda ficar quieta caipira. - falei. - Ele colocou algemas nos meus braços. Como se eu fosse uma criminosa e eu não sou.

- Eu estou conhecendo você. – falou o policial e olha só ele também se lembrou de mim. – É a maluca do dia dos namorados que foi atrapalhar o pedido de casamento do ex namorado.

- O policial feioso. – falei e então sorri. – Como vai você?

- Eu vou bem. – falou o policial e o Gustavo nos olhou surpresos. – E você não toma jeito hein garota? Só se metendo em confusão.

- A culpa foi dela moço. – falei fazendo cara de cachorrinho sem dono e o policial riu.

- Meu nome é Daniel. - falou o policial rindo.

- Quem diria. - falou o Gustavo me zoando. - A patricinha já está conhecida na policia.

- Não zoa não que você está sendo preso também. - falei.

- Por sua culpa, claro. - falou o Gustavo e eu ia responder, mas fui interrompida por alguns gritos histéricos.

- Me soltem. Tirem as mãos de mim. - gritava a vendedora esperneando enquanto dois policiais a seguravam pelos braços e o outro a algemava. - Ei vocês não podem me prender. Eu sou a vítima.

- Com licença senhorita. - falou um policial e em seguida algemou a mãe do Gustavo. 

- Porque algemou ela policial? - perguntou o Gustavo e agora era ele quem estava indignado e com razão afinal a mãe dele não tinha nada a ver com toda essa confusão. Esses policiais são uns abusados mesmo. - Ela não participou da briga e nem eu. 

- São testemunhas. Eu disse que vai todo mundo preso. - falou o policial e outro policial algemou o Gustavo. 

- Isso é um absurdo. - falou o Gustavo e ele também estava quase perdendo a paciência. - Eu não tenho nada a ver com isso. Eu ajudei a separar a briga. 

- Filho se acalma. Nós vamos passear no carro da polícia. - falou a Fernanda e riu enquanto o Gustavo a olhava sem entender nada.

- Sua mãe tomou algum alucinógeno? - perguntou o policial Daniel. 

- Não. A loucura é natural mesmo. - falou o Gustavo e eu acabei rindo apesar de todo o meu nervosismo. A mãe do Gustavo era muito louca. - Beatriz da próxima vez eu deixo você se lascar sozinha.

- Não pedi para você se intrometer seu intrometido. – falei e todos fomos levados para os carros de polícia.

Não demorou muito para que chegássemos a delegacia e ficamos todos sentados na sala de espera esperando sabe-se la o que.

- Não acredito que eu fui presa por causa dessa perua. – falei ainda muito indignada.

- Eu que não acredito que fui presa por sua causa sua mimadinha. - falou a vendedora. 

- Melhor ser mimada do que mal amada. – falei.

- Mal amada? Querida eu ainda vou sair daqui e beijar a boca desse gato aí do seu lado. - falou a vendedora e mordeu o lábio enquanto o Gustavo arregalou os olhos. - Gustavo né? Tô apaixonada. 

Brincando de CupidoOnde histórias criam vida. Descubra agora