Capítulo 30 - Regina em ação (Beatriz)

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Acordei com o William ligando o som na maior altura como ele costuma fazer sempre e eu, como sempre, cai da cama com o susto.
- Que droga eu ainda quebro o aparelho de som desse menino. - falei me sentando no chão, mas logo em seguida me levantei.

Quando cheguei na sala de jantar todos já estavam a mesa tomando o café da manhã e eu logo me juntei a eles.
- Bom dia família. - falei sorrindo.
- Bom dia filha. - falou o meu pai e sorriu.
- Bom dia irmãzinha. - falou o William e sorriu também.
- Bom dia. - falou a minha mãe e ela estava séria.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntou o meu pai percebendo que ela estava mais seria que o normal.
- Papai ela sempre está de mau humor pela manhã. - falei, mas também tinha percebido que ela estava muito mais séria do que sempre.
- Precisamos conversar sério. - falou ela.
- Sobre o que? - perguntou o meu pai já ficando preocupado. - Aconteceu alguma coisa?
- Eu vou embora. - falou ela e agora ela tinha conseguido chamar a atenção de todos.
- O que? - perguntou meu pai surpreso e todos olhamos para ela também surpresos. - Como assim vai embora?
- Eu não vou ficar vivendo nessa situação com vocês. - falou ela.
- Nós somos uma família. - falou meu pai a olhando. - Temos que enfrentar juntos as dificuldades.
- Fred a verdade é que eu tenho um caso com o sócio que deu o golpe na empresa e ele fez isso para que eu largasse você para ficar com ele. - falou ela aparentemente sem nenhum peso na consciência e meu pai já ficou com os olhos marejados enquanto eu e o William ficamos de boca aberta.

- Que brincadeira é essa Regina? - perguntou ele segurando as lágrimas.
- Não tem brincadeira nenhuma. - falou ela. - Essa é a verdade e eu amo ele. Não posso mais continuar aqui ainda mais nessa situação.
- Você vai abandonar a sua família por dinheiro e um marido mais novo? - perguntou o William abismado. - Você vai abandonar os seus próprios filhos?
- Eu sempre fui uma péssima mãe nem sei por que estão surpresos. - falou ela sem dar muita importância.
- Você algum dia me amou ou só se casou comigo por interesse? - perguntou o meu pai.
- Foi por interesse. - falou ela. - Você era um bom homem e era rico então porque não?
- Como você pode ser tão falsa? - gritou o meu pai se levantando da mesa e já deixou as lágrimas rolarem. - Sempre disse que me amava, mas na verdade você amava o meu dinheiro.
- Eu não queria te magoar, mas é impossível. - falou ela só para tentar amenizar um pouco a situação, mas é claro que não funcionou.
- Se não quisesse me magoar você nunca teria feito isso. - gritou o papai. - Como você pode?
- Eu não queria ser pobre para sempre. - falou ela o encarando.
- Trabalhar é uma boa opção para subir na vida. - falou ele. - Mas você preferiu me dar o golpe do baú. Agora entendo porque trata os nossos filhos tão mal. E agora eu percebo que eles são a única coisa boa que você me deu e ainda bem que eu fui capaz de dar a eles amor por nós dois.
- E vai continuar dando. - falou ela sem nenhum tipo de remorso ou peso na consciência. Como ela pode ser assim tão má e com a própria família?

A essa altura eu e o William já estávamos chorando abismados com o que ela tinha feito. Nós só não imaginávamos que tudo ainda podia piorar mais.

- Você não sente nenhum remorso por abandonar os seus filhos assim? - perguntou o papai.

- Eu não sinto não. - falou ela e então teve coragem de dar um sorriso cínico. - E sabe por que eu não sinto remorso algum?

- Não eu não sei Regina. - falou o papai.

- Eu acho que já está na hora de vocês saberem de toda a verdade. - falou ela mantendo o sorriso sínico.

- Do que você esta falando? - perguntou ele.

- Eu nunca estive grávida Fred. - falou ela.

- O que? - perguntou o papai e a olhou confuso. - Como assim? Eu vi você grávida e nossos filhos estão bem ali.

Brincando de CupidoOnde histórias criam vida. Descubra agora